Pesquisar este blog

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

MOENDO CARNE HUMANA: Moisés Neto tempera o melhor do pior dos nossos dias no Recife

"Pó de Lua", de Clarice Freire, filha do escritor e cineasta Wilson Freire, é a bola editorial da vez, com influência do cordel e desenhos da autora, fazendo alinha “visual writing” (!), misturando ilustrações e versos rimados; a autora é publicitária e isso tem tudo a ver com sua obra, by the way: os poemetos já receberam mais de um milhão de curtidas no Facebook!
Do Festival de Cinema de Gramado vêm novidades: Alceu com sua Luneta do Tempo trouxe dois prêmios Kikito, um pela direção de arte e outro pela sua trilha sonora especiialmente composta para o filme.
Até a  última ponta: Dilma foi chamada de “assassina” no velório de Eduardo Campos. E, assim que o arcebispo ia acabando a missa, João Campos, bem próximo à Presidente do Brasil, ergueu a mão fechada e gritou exaltado: “Eduardo Guerreiro do Povo Brasileiro!”. Lá embaixo alguns gritavam também: “justiça!”. A Globo transmitiu  por quase 12 horas seguidas tudo o que acontecia, o que atraiu milhares de pessoas. O dia estava cinzento, o rio Capibaribe refletia o azul do céu na sua lama enegrecida de maré seca, às 4 da tarde. No cemitério de Santo Amaro houve queima de fogos por meia hora.
O mundo gira: o vírus Ebola está deixando apavorada muita gente. No Recife, cheia de gente chegando da África (quase não há fiscalização e o comercio de rua está atraindo não só trabalhadores de outros estados e cidades, mas até de outros continentes que aqui podem comercializar tranquilamente) quer seja para trabalhar ou estudar. Os hospitais estão traçando estratégias para qualquer emergência.
O Ira! Apresentou-se no teatro RioMar com ingressos esgotados (Maria Rita, Ivete Sangalo e outros cancelaram tudo por causa do velório de Eduardo). “Flores em você", “Envelheço na cidade" e outros hits levaram a plateia a curtir demais  o guitarrista Edgar Escadurra e Nazi, que fizeram as pazes depois de tanta troca de munição, acompanhados por uma banda afiada. Quando detonou uma nova canção, desculpou-se  dizendo que era nova mas não era “chata”. Pode?
Na TV, a novela O Rebu tem bom texto de George Moura e seu grupo. 


O Rebu tem cenas tórridas

Numa cena Jesuíta Barbosa mata seu amigo de infância na favela por causa de dinheiro e ao vê-lo baleado se contorcendo de dor, chorando solta essa pérola: “morre que passa”.
Ação! O filme “Não pare na Pista” não é exatamente um grande filme, mas pelo meio da história tem coisas que merecem atenção. O maldito Paulo Coelho, ainda execrado pela Academia, o professor Janilto Andrade já escreveu um livro ensinando a desprezá-lo, o autor é retratado no longa.
O amigo americano: o jovem negro Michael Brown, 18 anos, assassinado pela polícia em Ferguson, Saint Louis, capital do Missouri, desencadeou uma crise e uma onda de protestos que tiraram Obama das suas férias. Racismo em xeque.
Daqui ninguém sai vivo! Morreu Sevcenko, historiador brasileiro especialista em cultura e história contemporânea, autor de “Literatura como Missão”, dia 13 de agosto, aos 61 anos.
FRASES marcantes: “A morte não é um acontecimento da vida. A morte não pode ser vivida” (Ludwig Wittgenstein)
“Fazer comédia é fingir otimismo” (Robin Williams)


Nenhum comentário:

Postar um comentário