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sábado, 29 de abril de 2017

CAIXA CULTURAL TRAZ BECKETT AO RECIFE ANTIGO, UAU!

Data: 04/05/2017 a 13/05/2017


Horário: 
Horário da Bilheteria: a partir das 10h do dia 03/05, para as apresentações de 04 a 06/05, e do dia 10/05, para as apresentações de 11 a 13/05/2017 
Local: Teatro 
Entrada: Não será permitida a entrada após o início do espetáculo 
Valor do Ingresso: R$ 10 e R$ 5 (meia para estudantes, professores, funcionários e clientes CAIXA e pessoas acima de 60 anos) 



Com mais de 50 anos de carreira, o ator Renato Borghi divide o palco com Elcio Nogueira Seixas e juntos também comemoram 20 anos de atividades ininterruptas do Teatro Promíscuo, criado pela dupla. As apresentações acontecem sempre às 20h e os ingressos, a R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), estarão à venda a partir das 10h do dia 3 de maio, para as sessões de 4 a 6, e do dia 10 de maio, para as apresentações de 11 a 13. A classificação indicativa é 16 anos. A temporada inclui, ainda, a palestra ilustrada “Borghi em Revista”, no dia 03 de maio, às 19h. A entrada é gratuita, com senhas distribuídas a partir das 18h. O texto de Beckett será apresentado na íntegra, porém a concepção da peça adquire força e coerência próprias, uma vez que a cenografia, por exemplo, utiliza-se de objetos decorativos e pessoais de Borghi, como fotografias e móveis que compõem o espaço. Além disso, estão presentes na encenação, de forma inusitada e original, os pais dele: Maria de Castro Borghi (como Nell) e Adriano Borghi (como Nagg). A estreia da montagem aconteceu em janeiro do ano passado, em São Paulo. A equipe de criação é formada por Isabel Teixeira (direção), Karlla Girotto (direção de arte), Aline Meyer (trilha sonora) e Alessandra Domingues (luz), além dos atores Renato Borghi e Elcio Nogueira Seixas. “A ideia de transformar a residência em refúgio teatral não deixa de ser um manifesto em tempos de escassez, incerteza e pessimismo. Porém, um manifesto repleto de humor negro. Como diz a personagem Nell, a certa altura do texto: ‘Não há nada mais engraçado que a infelicidade”, observa Elcio Nogueira Seixas. Apropriação - A opção pela apropriação de objetos da casa real do ator no espaço cênico levou em conta quatro pilares para a sua construção: atores/personagens – a rotina dos seres e seus relacionamentos é evidenciada; deserto/metrópole - o paradoxo sociocultural da vida contemporânea nas grandes cidades - quanto mais habitadas, mais vazias e desprovidas de sentido; lar/teatro, sendo o lar a prisão que traduz o pânico do contato real com o outro na era da conexão “eterna” e, por fim, realidade/imaginário, em que a casa do ator nada mais é que a ideia da casa do ator. A concepção do espetáculo não está necessariamente presa ao imóvel real. Após a primeira temporada, o espaço de representação foi inteiramente “copiado” (uma reprodução cenográfica do local), incluindo paredes, teto, pisos, portas e janelas, tal como o público o vê na montagem original. Através desta técnica, o apartamento poderá ser “transportado” e “remontado” em qualquer espaço, desde teatros a salas expositivas. Por esta razão, a equipe deu ao projeto o nome de “Hamm-Home Theatre” (Hamm é a personagem de Renato Borghi). História do projeto - A base para a atual criação teve origem em 1999, na série de workshops realizados pelo Teatro Promíscuo “Beckett – O começo está no fim”. A mesma equipe -– Renato Borghi, Elcio Nogueira Seixas, Isabel Teixeira e o tradutor de “Fim de Jogo”, o professor e pesquisador especialista na obra do autor, Fábio Rigatto de Souza Andrade - se reuniu para dar corpo ao atual projeto “beckettiano”, seguindo as mesmas perspectivas levantadas à época: fim das utopias; fim das esperanças demasiadas no progresso da humanidade. “Tematicamente, o projeto ‘Fim de Jogo – Hamm/Home Theatre 2016’ segue a trilha iniciada em 1999 e propõe a exploração do que é rejeitado; que não funciona; não se encaixa; não produz; não vende; enfim, de tudo que é varrido da civilização para o terreno do invisível. Longe de serem abstratas ou desinteressantes, as “inutilidades” são o maior produto que a sociedade de consumo pode gerar e constituem um objeto de estudo mais que evidente”, declara Isabel Teixeira. BECKETT - O dramaturgo e escritor irlandês Samuel Beckett nasceu em 13 de abril de 1906 e morreu em 22 de dezembro de 1989. Foi um dos fundadores do teatro do absurdo e é considerado um dos principais autores do século XX. Graduou-se em literatura na Trinity College, de Dublin, em 1927, e, no ano seguinte, começou a lecionar - primeiro em Paris, depois na Irlanda. Sua obra foi traduzida para mais de trinta idiomas. Escreveu, além de obras narrativas, diversas peças teatrais, Em 1969, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura. “Fim de Jogo” foi escrita em 1955-1957, na atmosfera do pós-guerra, originalmente em francês e depois em inglês. Sinopse O velho Hamm (Renato Borghi) está cego e paralítico. Seu parceiro Clov (Elcio Nogueira Seixas) tem uma estranha enfermidade que o impede de sentar-se. Junto deles, habitam outros dois mutilados, Nagg (Adriano Borghi) e Nell (Maria de Castro Borghi), pais de Hamm. Os quatro personagens dividem um abrigo, refugiados de uma terra devastada que Clov espia com uma luneta através de pequenas janelas. Não há pistas sobre que espécie de apocalipse criou tamanha desolação. No jogo da sobrevivência, Hamm dá as ordens, enquanto Clov cuida da cozinha e outras questões de ordem prática. A peça começa quando o jogo se aproxima do fim

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