Data:
04/05/2017 a 13/05/2017
Horário:
Horário da Bilheteria: a partir das 10h do dia 03/05, para as apresentações de
04 a 06/05, e do dia 10/05, para as apresentações de 11 a 13/05/2017
Local:
Teatro
Entrada: Não será permitida a entrada após o início do espetáculo
Valor
do Ingresso: R$ 10 e R$ 5 (meia para estudantes, professores, funcionários e
clientes CAIXA e pessoas acima de 60 anos)
Com mais de 50 anos de carreira, o
ator Renato Borghi divide o palco com Elcio Nogueira Seixas e juntos também
comemoram 20 anos de atividades ininterruptas do Teatro Promíscuo, criado pela
dupla. As apresentações acontecem sempre às 20h e os ingressos, a R$ 10
(inteira) e R$ 5 (meia), estarão à venda a partir das 10h do dia 3 de maio,
para as sessões de 4 a 6, e do dia 10 de maio, para as apresentações de 11 a
13. A classificação indicativa é 16 anos. A temporada inclui, ainda, a palestra
ilustrada “Borghi em Revista”, no dia 03 de maio, às 19h. A entrada é gratuita,
com senhas distribuídas a partir das 18h. O texto de Beckett será apresentado
na íntegra, porém a concepção da peça adquire força e coerência próprias, uma
vez que a cenografia, por exemplo, utiliza-se de objetos decorativos e pessoais
de Borghi, como fotografias e móveis que compõem o espaço. Além disso, estão
presentes na encenação, de forma inusitada e original, os pais dele: Maria de
Castro Borghi (como Nell) e Adriano Borghi (como Nagg). A estreia da montagem
aconteceu em janeiro do ano passado, em São Paulo. A equipe de criação é
formada por Isabel Teixeira (direção), Karlla Girotto (direção de arte), Aline
Meyer (trilha sonora) e Alessandra Domingues (luz), além dos atores Renato
Borghi e Elcio Nogueira Seixas. “A ideia de transformar a residência em refúgio
teatral não deixa de ser um manifesto em tempos de escassez, incerteza e
pessimismo. Porém, um manifesto repleto de humor negro. Como diz a personagem
Nell, a certa altura do texto: ‘Não há nada mais engraçado que a infelicidade”,
observa Elcio Nogueira Seixas. Apropriação - A opção pela apropriação de
objetos da casa real do ator no espaço cênico levou em conta quatro pilares
para a sua construção: atores/personagens – a rotina dos seres e seus
relacionamentos é evidenciada; deserto/metrópole - o paradoxo sociocultural da
vida contemporânea nas grandes cidades - quanto mais habitadas, mais vazias e
desprovidas de sentido; lar/teatro, sendo o lar a prisão que traduz o pânico do
contato real com o outro na era da conexão “eterna” e, por fim,
realidade/imaginário, em que a casa do ator nada mais é que a ideia da casa do
ator. A concepção do espetáculo não está necessariamente presa ao imóvel real.
Após a primeira temporada, o espaço de representação foi inteiramente “copiado”
(uma reprodução cenográfica do local), incluindo paredes, teto, pisos, portas e
janelas, tal como o público o vê na montagem original. Através desta técnica, o
apartamento poderá ser “transportado” e “remontado” em qualquer espaço, desde
teatros a salas expositivas. Por esta razão, a equipe deu ao projeto o nome de
“Hamm-Home Theatre” (Hamm é a personagem de Renato Borghi). História do projeto
- A base para a atual criação teve origem em 1999, na série de workshops
realizados pelo Teatro Promíscuo “Beckett – O começo está no fim”. A mesma
equipe -– Renato Borghi, Elcio Nogueira Seixas, Isabel Teixeira e o tradutor de
“Fim de Jogo”, o professor e pesquisador especialista na obra do autor, Fábio
Rigatto de Souza Andrade - se reuniu para dar corpo ao atual projeto
“beckettiano”, seguindo as mesmas perspectivas levantadas à época: fim das
utopias; fim das esperanças demasiadas no progresso da humanidade.
“Tematicamente, o projeto ‘Fim de Jogo – Hamm/Home Theatre 2016’ segue a trilha
iniciada em 1999 e propõe a exploração do que é rejeitado; que não funciona;
não se encaixa; não produz; não vende; enfim, de tudo que é varrido da
civilização para o terreno do invisível. Longe de serem abstratas ou
desinteressantes, as “inutilidades” são o maior produto que a sociedade de
consumo pode gerar e constituem um objeto de estudo mais que evidente”, declara
Isabel Teixeira. BECKETT - O dramaturgo e escritor irlandês Samuel Beckett
nasceu em 13 de abril de 1906 e morreu em 22 de dezembro de 1989. Foi um dos
fundadores do teatro do absurdo e é considerado um dos principais autores do
século XX. Graduou-se em literatura na Trinity College, de Dublin, em 1927, e,
no ano seguinte, começou a lecionar - primeiro em Paris, depois na Irlanda. Sua
obra foi traduzida para mais de trinta idiomas. Escreveu, além de obras
narrativas, diversas peças teatrais, Em 1969, recebeu o Prêmio Nobel de
Literatura. “Fim de Jogo” foi escrita em 1955-1957, na atmosfera do pós-guerra,
originalmente em francês e depois em inglês. Sinopse O velho Hamm (Renato
Borghi) está cego e paralítico. Seu parceiro Clov (Elcio Nogueira Seixas) tem
uma estranha enfermidade que o impede de sentar-se. Junto deles, habitam outros
dois mutilados, Nagg (Adriano Borghi) e Nell (Maria de Castro Borghi), pais de
Hamm. Os quatro personagens dividem um abrigo, refugiados de uma terra
devastada que Clov espia com uma luneta através de pequenas janelas. Não há
pistas sobre que espécie de apocalipse criou tamanha desolação. No jogo da
sobrevivência, Hamm dá as ordens, enquanto Clov cuida da cozinha e outras
questões de ordem prática. A peça começa quando o jogo se aproxima do fim
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