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domingo, 3 de dezembro de 2017

Poema em prosa, de Moisés Monteiro de Melo Neto

Sou o que penso que sou, pois essência não se opõe à aparência. Infiel? Ser infiel pode significar ser feliz? Ah! Preciso tanto de paz quanto de volúpia; sabe? Muitas vezes, as sensações estão mesmo é na superfície e para sentir é preciso respirar para fora, pois é melhor acusar o mundo do que a nós mesmos...


O lançamento do livro “Teatro da Cultura Popular: uma prática teatral como inovação pedagógica e cultural no Recife”

A classe teatral prestigiou e aplaudiu o lançamento de Rudimar Constâncio
O livro “Teatro da Cultura Popular: uma prática teatral como inovação pedagógica e cultural no Recife”


Um sucesso, a noite de ontem: uma ode à cultura do povo, o lançamento do livro “Teatro da Cultura Popular: uma prática teatral como inovação pedagógica e cultural no Recife”, neste sábado (02/12) no Sesc Santo Amaro. A obra, assinada pelo historiador Rudimar Constâncio, foiapresentada ao público em uma ação que incluiu apresentações culturais de grupos pernambucanos.

Fruto do Movimento de Cultura Popular, uma atividade genuinamente local criada na década de 60 sob a gestão de Miguel Arraes, o Teatro da Cultura Popular vai ampliar, com o livro, sua literatura acadêmica. O que era estudo de mestrado na Universidade da Madeira, em Portugal, ganhou corpo e cresceu. Tamanha potencialidade, ganhou livro, que é apoiado pelo Sesc, Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e investido pela deputada Laura Gomes.

Sandra Possani, Moisés Monteiro de Melo Neto, Rudimar Constâncio, Carlos Lira e Lu Forcini, no lançamento 


A partir da inquietação “será que a práxis do Teatro de Cultura Popular se configurou como inovação pedagógica no campo da pedagogia do teatro?”, o estudo se propôs a compreender as vertentes e concepções políticas, pedagógicas e estéticas do TCP. O grupo, que atuava no bairro de Casa Amarela, exerceu influência no País e se voltou a estudar e levar o teatro às camadas sociais mais populares e massificadas. “Eles conceberam uma pedagogia teatral completamente nova e comprometida com o povo e sua cultura. Quebrou paradigmas e se aprofundou em várias linguagens”, explica o autor.
Para comprovar a presença e o impacto do entrelace do movimento à pedagogia, o estudo se debruçou em pesquisa histórica e documental, com uso de publicações nos primeiros anos da década de 60, depoimentos e texto de espetáculos desenvolvidos pelo grupo, como o “Julgamento em Novo Sol”. “O grande legado foi provocar conscientização nas pessoas, fazê-las pensar de forma crítica para perceberem movimentos opressores. E, mesmo quase 60 anos depois, é uma temática presente à realidade que estamos vivendo”, defende.

A partir das  17h, o público assistiu à intervenção Palhaçaria, da Luinar Produções; o Grupo Sesc de Violinos, com jovens apresentando repertório com clássicos eruditos e populares; espetáculo de dança Maculelê, da Escola Técnica Epitácio Pessoa; Grupo Coco Vermelho, do Tereiro Ilê Azé Zangô; Caboclinho Tupã, do Alto José do Pinho. A partir das 19h, o encontro abriu espaço para a discotecagem de AmandaC e samba de Andréia Luiza e Grupo Pérola.

Enfim, o Lançamento “Teatro da Cultura Popular: uma prática teatral como inovação pedagógica e cultural no Recife (1960-1964)”, foi importantíssimo, nesgte tempos de vacas magras para as letras de Pernambuco e também para o Teatro local.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Cais José Estelita vai ser entregue aos Ricos: Projeto Novo Recife foi liberado!

Escandalosamente o Cais José Estelita vai ser entregue aos Ricos.

Disfarçado de bom, na verdade o Projeto Novo Recife é um teatro de guerra que vai mexer com uma área que poderia ser preservada para o povo, para uma classe média tão carente de lugares assim.

Dizem que foi um testa de ferro (uma marca bem famosa de alimento) que comprou há quase dez anos, por uma bagatela a ser paga em suaves prestações.

Do jeito que a corrupção anda no Brasil, o negócio vai longe.

Não sei como foi liberado.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Dom Casmurro, publicado em 1900, será levado ao ar, em formato de radionovela, no Recife



O ciúme é um afeto que participa da construção do sujeito, mas há mecanismos neuróticos nele; reprimi-lo ou não? Eis a questão. O medo da perda do objeto ou a raiva daquele que pode roubar o objeto, leva muitos a atitudes cruéis. É o caso de Bentinho, do livro Dom Casmurro, arroz de festa nas aulas do Ensino Médio. O livro é narrado em primeira pessoa por um advogado que acusa a esposa (Capitu) de adultério. Patriarcalismo ou paranoia contra impulso de infidelidade? A rádio Folha vai levar essa polêmica até os seus ouvidos na próxima sexta-feira, às 17h.



Um dos mais queridos livros da literatura brasileira, Dom Casmurro, publicado em 1900, será levado ao ar, em formato de radionovela, nesta sexta-feira, dia 1 de dezembro, às 17h, com adaptação e direção do dramaturgo Moisés Monteiro de Melo Neto (que já dirigiu várias peças neste projeto da RÁDIO FOLHA, ao lado da atriz e jornalista Patrícia Breda). 

MOISÉS MONTEIRO DE MELO NETO é Bento Santiago, o Dom Casmurro do romance de Machado de Assis, sexta-feira, na RÁDIO FOLHA


Com enredo  calcado no ciúme, o texto descortina um mundo em que o poder patriarcal é absoluto e destrutivo. O pequeno grupo familiar (parentes e dependentes), que a escritura de Machado engendra, capta e representa aspectos da realidade social e humana: O homem egoísta e descompromissado atuando no palco da vida social. O enigma de Capitu equivale ao nosso sorriso da Mona Lisa: traiu ou não o marido com o melhor amigo dele? 


No elenco: Patrícia Breda (Capitu), Moisés Neto (jovem Bentinho), Anderson Bandeira (Ezequiel), Marcos Toledo (Escobar), Jacielma Cristina(Sancha). Marise Rodrigues(Prima Justina), Jota Ferreira (José  Dias) e Douglas Duan (Narrador, Bento, o velho Casmurro). Na edição Anderson Ricardo.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

UM MINUTO PARA DIZER QUE TE AMO, peça no Recife é comentada por Clara Camrotti


A professora e pesquisadora Maria Clara Camarotti analisa UM MINUTO PARA DIZER QUE TE AMO, a peça: 

 Todas as poéticas são validas, todas as formas de fazer artes podem existir e coexistir, toda e qualquer forma de dizer eu te amo são necessárias.
As vezes perco tempo com preocupações de transformar a forma o jeito mais lapidado possível, para que aja domínio, perfeição. Tudo que ela precisa ser é verdadeira, o resto acompanha seu pulsar. por isso digo a cada um façam, façam, da sua maneira, do seu jeito, seja ele preciso ou borrado, apropriado ou experimental, façam arte, nunca se sabe onde ele pode vibrar. 
Provocada essa semana pela a instiga do filme Manifesto com Cate Blanchett, fiquei dias a pensar sobre os meus moveres artísticos, afinal porque passo pelo que passo, diante da escolha que fiz em me exercer no mundo primordialmente como artista, o que quero dizer com a arte que faço, qual meu manifesto? 
E nos meus pensamentos sinto o tempo ir, sensação de perda de tempo, onde to hoje, aonde to dando e investindo esse bem tão precioso que é meu tempo?
E com tudo isso rodeando uma Clara confusa e perdida fui até ela, a arte.
Ontem fui assistir ao espetáculo Um Minuto Para Dizer Que eu Te Amo. A principio era para acompanhar alguém que, para viver certos encontros hoje, necessita de ajuda, de suporte, a espontaneidade nela hoje se manifesta diferente. Tava cansada, pensei em desistir, mas via nos olhos dela a vontade do diferente de uma rotina, de um reencontro com algo que já foi tão seu. 
Então la chegamos,e onde eu pensei que podia perder tempo, minutos que poderiam ser vividos com descanso, com trabalho, com farra, com prazeres, com emoções outras, recebi um minuto injetado de tempo, tempo das memorias, dos afetos, dos trabalhos, das doações, tempo do escorrer do suor, tempo do cair da lagrima, tempo do dizer as palavras contidas, tempo de deixar o medo vim a tona, tempo do abraço, do toque, do carinho que quase não acontece mais, tempo de pensar e sentir, o que tem acontecido. 

Moisés Monteiro de Melo Neto, Douglas Duan, Edes, Navarro, Ferr, Ivanise, Célia, Rudimar Constâncio Samuel Lira; UM MINUTO PARA DIZER (teatro no Recife)





E com esse minuto reverberou uma conversar que a muito se tentava e não ocorria, eu e ela a se olhar e dizer. Ela que sente a tristeza do tempo passar e um pouco de si ir embora gradativamente, e eu que vivo na angustia do tempo que avança e não se concretiza. Uma que busca manter em si o tempo que viveu e que sempre a fez certa de si, onde tudo vivenciou, na maior plenitude de ser quem ela é, sem desculpas ou desvios. A outra que tenta encontrar quem realmente é, onde pode existir, pertencer, como ser. E nesse minuto eu e ela nos olhamos, e ela na sua dor de perda disse e eu na tristeza da minha insuficiência revelei. Eu te amo.
Não sei até quanto esse minuto se sustentará entre nós, até quando esse momento existirá, pode até ser que já se tenha ido, mas não importa, pois ele aconteceu. 
Não quero fazer nenhum tipo de analise, como profissional de teatro, não quero dizer o que gosto ou não, quero apenas agradecer o Eu te Amo que recebi. 
Gratidão profunda pela entrega desse tempo a todos que estavam e ali fizeram. Rudimar ConstâncioCarlos LiraCélia Regina RodriguesVanise Souza, Edes di Oliveira, Douglas Duan, Lucas Ferr, Moises NetoSandra PossaniPaulo HenriqueLeila FreitasSamuel Lira, Séphora Silva, Vinicius Vieira, João Guilherme, Claudio LiraElias Vilar, Manuel Carlos, Ana Julia, Luiz de Lima Navarro e todos os que se deream nessa construção.
Para quem quiser se dar tempo, assistam o espetáculo hoje, amanha e domingo no Teatro Marco Camarotti, as 19h30

Halberys Morais reflete:
"Um olhar atento ao redor"

UM MINUTO PARA DIZER QUE TE AMO, é um espetáculo que todos necessitam conhecer e desvendar sua grandeza.
Encerra hoje no Teatro Marco Camaroti, as 19:30 h.
Um espetáculo que ao chegar em casa te faz pensar e repensar sobre o Mal de Alzheimer, mas o amor desmistifica tudo e te faz olhar além, enxergando todas singularidades ali existentes.
Ao entrar no Teatro somos tomados pela primazia da Caixa cênica, todo um quadro sendo forrado por voal, ali dentro será contada a historia do casal que se ama, mas são acometidos pelo Alzheimer. O tecido Branco ja puxa pela paz, a pureza em estado de representação que aqueles personagens vestem, todos a contar sua história. O público é convidado a conhecer aquelas lembranças, as histórias de vida, a navegar por cada sentimento que aqueles personagens permeiam em sua narrativa.
Falar da dramaturgia que Moises Neto através do texto de Luiz de Lima Navarro é algo magnífico. A história daquele casal que vão contando suas memórias é primoroso, o filho que a todo momento esta com o pai,a cuidadora Amélia que sempre está atenta a Guida e o espectro costurando todas as tessituras do enredo.
O piano ao fundo faz pano para os atores ir alem, é o fio com suas melodias a embalar as cenas, aquelas músicas possuindo seu caracter maior da vida, vive-la cada minuto ao maximo, como se fosse o último.
A direção de Rudimar Constâncio é sublime, os caminhos escolhidos foram acertados em primazia, levando a obra sua maior eficiência do tocar o público e refletir sobre esta doença. A poeticidade que cada cena carrega é emocionante, a potencialidade existente em cada ator, foi levada ao seu estado máximo, utilizando-se das ferramentas necessárias.Corpo,voz e psicologia das personagens foram genuínos para este trabalho.
A maquiagem exercia tamanho fulgor a obra. Os traços mais acentuados mostravam as agravuras do tempo estampadas sobre a pele. Vinicius Vieira mostrando todo o poder que a maquiagem tem quando é bem executada e conceituada para um trabalho poético como este.
Carlos Lira dando um banho de interpretação e encantando a todos com sua presença cênica, completando 40 de carreira com trabalhos ininterruptos, Celia Regina Rodrigues como Guida, uma senhora que seus traços físicos ja demonstrava suas fragilidades, acompanhada sempre de sua cuidadora Amélia interpretada por Vanise Souza, que em cada gesto prestava amor a Guida, seja desde dar os medicamentos ou cantar canções para ela.
Douglas Duan que voz maravilhosa, o comprometimento é nítido a cada trabalho.
Este jovem ator, mas que ja tem uma potencialidade muito enriquecedora Lucas Ferr, o personagem em cima de uma sapatilha de ponta mostra a tentativa do equilíbrio que permeia por todos nós. Edes di Oliveira que trabalho lindo desenvolvido.
Eu Sempre digo " As lembranças são o martírio da Alma". E este trabalho mostra a busca constante delas. Estas lembranças que as vezes escorrem feito areia pelas nossas mãos.
Parabéns a todos os envolvidos!
Trabalho que precisa correr mundo a fora, UM MINUTO PARA DIZER QUE TE AMO é tempo para dizer tudo que sente, o hoje é efêmero, o ontem ja passou e o amanhã é o novo de cada dia.
Evoé !

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

NOVEMBRO em outras comFIGURAÇÕESJomard Muniz de Britto (ainda JMB)

    NOVEMBRO em outras comFIGURAÇÕESJomard Muniz de Britto (ainda JMB)
Olhando o céu poderemos ver quase        todas estrelaçõesdo cotidiano.                     Se nosso texto pode parecer algo            enigmático, é claro que não vamos esquecer os mistérios do mundo.           Nossos deuses e deusas, nossas dúvidas, tudo que nos cerca, alimenta e até mesmo  deslumbra por todas cores e dores.          DORINHAS, nossos a m o r e sssssss.               Repensemos o bem-querer, plural desejo           de nos reinventar além dos NÓS.                   Não apenas plural de subjetividades.                N Ó S cegos. Luminosos e sublimados.        Esses nós que se perpetuam entre          fábulas e familiaridades da PÓLÍTÍCÁ.....      Quase todos que não admitem conviversem o P O D E R de alguns contra TODOS?   Nós dos desamparados. Não dementes.       Olhando sempre para o céu dos poderosos       é impossível continuar sobrevivendo.                Sem os falsos pudores dos talvez                   biógrafos  financiados bem e mal pelo             E S T A D O. Das províncias brasilíricas.       Esquecendo Aristóteles e/ou Marx até         Brasília em sufoco politiqueiro...                   Sem medo de ser infeliz com tamanho      patriotismo, pactos e palavreados.           Novembro recomenda outras coragens.      Tudo pelo sal da terra e dos mares.         Múltiplas sensualidades. Densos afetos.          Aos 75 anos, Paulinho da Viola brilha           por Dedé Aureliano e Teca Calazans.       Entre natais e carnavais, novembro          enfrentando TEMERidades e globalismos.
Recife, 13 de novembro de 2017          

domingo, 5 de novembro de 2017

Moisés Monteiro de Melo Neto fará palestra sobre o romance MINHA AMANTE EM LEIPZIG, de César Leal, esta semana)

L’alta fantasia – (César Leal)
Vem mar! Com tuas ondas
com teu cristal de nuvens
algas e barbatanas
e oceânicos lumes
com o rumor incessante
de tantas negras ondas
e os medos que no abismo
causam tua enorme sombra!
Vem com a inteira corte
de monstros e sereias
e vidas incontáveis
e o peso das areais
e as almas dos navios
- que em teus abismos dormem –
e os fortes Almirantes
que eternizam os nomes.
Embora aqui te invoque
sempre temo tua força
e esse ruído cósmico
que sopra de tua boca.

César Leal e Moisés Monteiro de Melo Neto (que fará palestra sobre o romance MINHA AMANTE EM LEIPZIG, do primeiro, esta semana)

MINHA AMANTE EM LEIPZIG, capa do livro de César Leal


Assisti, ontem, no Recife, ao espetáculo Suassuna – O Auto do Reino do Sol e gostei

Ontem, (banhados por uma lua cheia na costa atlântica enebriante) fomos ao assistir “Suassuna – O Auto do Reino do Sol” com o pessoal da Barca dos Corações Partidosa vontade deles é homenagear os 90 anos do nascimento de Ariano Suassuna (1927-2014). Tudo se passa no sertão paraibano, onde ele nasceu e retratou nas suas obras. Conheço o diretor Luiz Carlos Vasconcelos e Bráulio Tavares de perto, já Chico César: conheço de ouvido. Na plateia estavam dona Zélia, gentilíssima, sempre, linda e musa do Armorial, havia também os outros parentes.  “Não sei, só sei que foi”: a peça não é biográfica mas tem trechos arianescos (a cena da Virgem Maria é um tiro (na gíria do palco).


Trama : Iracema e Lucas, que pertencem a famílias inimigas: ela é sobrinha do comerciante de minérios Major Antonio Moraes (citado em Auto da Compadecida e Romance da Pedra do Reino), Lucas é membro da família Fortunato, criadora de gado. Entre o cômico e o lírico: fogem, pedem abrigo num circo gerenciado por (“ senhora é meu relógio parado”)Sultana, que segue rumo a Taperoá, terra de Ariano, na Paraíba. O texto de Bráulio pede mais de meia hora par e tome alegoria quase caricata de retirantes, sol... seca, o apu pedra e fim do caminho.  Os palhaços parecem saídos de cartoons encantadores. Palhaços, quando conheci Vasconcelos ele  tinha um circo em João Pessoa e ele fazia um palhaço.  A gente percebe bem quando as músicas são mais de Beto Lemos e Alfredo Del Penho, com letras de Bráulio, de quando tem a pegada de Chico Cesar mais forte. A cenografia de Sérgio Marimba escorrega entre o clean e o problemático, a  luz de Renato Machado poderia oferecer mais; figurinos de Kika Lopes e Heloisa Stockler são um prazer aos olhos. A sensação final é de um bom espetáculo.

Bráulio Tavares e Moisés Monteiro de Melo Neto


Uma encenação de Luiz Carlos Vasconcelos
Texto: Bráulio Tavares
Música: Chico César, Beto Lemos e Alfredo Del Penho
Idealização e Direção de Produção: Andrea Alves
Com a Cia. Barca dos Corações Partidos: Adrén Alves, Alfredo Del Penho, Beto Lemos, Fábio Enriquez, Eduardo Rios, Renato Luciano e Ricca Barros.
Atriz convidada: Rebeca Jamir
Artistas convidados: Chris Mourão e Pedro Aune
Cenografia: Sérgio Marimba
Iluminação: Renato Machado
Figurinos: Kika Lopes e Heloisa Stockler
Design de som: Gabriel D’Angelo
Assistente de direção: Vanessa Garcia
Coordenação de Produção: Leila Maria Moreno
Produção Executiva: Rafael Lydio



domingo, 29 de outubro de 2017

Dinho Ouro Preto (Capital Inicial) e o Presidente Temer

O Capital Inicial fez show, ontem, em Nova York. Antes de cantar Que País é Esse?, do Legião Urbana, Dinho deu seu recado sobre o governo do Brasil."O poder corrompe e o Brasil é maior e melhor que seus representantes. O que o Temer fez, foi corromper o direito à democracia. Sempre antes de cantar essa música, tenho de dedicar a alguém. Dedico então a ele", falou Dinho, citando o nome do Presidente novamente.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Madonna ajoelha-se no Brasil, beija Caetano Velos e diz que o ama

RISOS E SISOS Madonna, que mora em Portugal, por questões de "segurança", veio para uma festa e reverenciou o baiano. enquanto o tropicalista é acusado de pedofilia por Alexandre Frota, ator de última classe, de se casar com Paula, com quem tem dois filhos, já adultos ( quando ela tinha 13 anos);





“Me sinto honrada de apresentar o Caetano. Não conversem, não comam…”, durante o casamento da modelo brasileira Michelle Alves e o empresário Guy Oseary.  

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

SOBRE VEREDA DA SALVAÇÃO (PEÇA DE JORGE ANDRADE)


E estas personagens, hein? Se o autor chega até o âmago ou desliza em viés sociológico imantando certo  realismo problemático a ponto de descambar quase na sugestão de um enigmático expressionismo, caberia assim ao diretor, com o seu ponto de vista, conseguir a unidade e o equilíbrio necessários para uma encenação segura ao  reproduzir o texto no palco, enfrentando o contraste com o óbvio panfletarismo (que neste caso parece kamikasi). A fronteira do incesto, RELIGIÃO E POLÍTICA FAMÍLIA, associações explosivas para detonar  rotina e acomodação. É possível mostrar o poético, a ansiedade de qualquer direção cênica de materializar todas as hipóteses que poder ser sugeridas por um  trabalho engajado nessa hora tão complicada de bancadas ruralista ganhando direito ao trabalho escravo no Brasil, em troca de votos aos corruptos que tomaram o Brasil de assalto (!)com a febre política que deveria dominar também o teatro (que está entorpecido por AUXÍLIOS GOVERNAMENTAIS, dos editais (amordaçadores ) da cultura?  o teatro Como secar texto e trabalhar a veracidade humana dessa peça?  nessa presença de gente no palco.usar Stanislavski (como actor´s studio norte-americano);  buscar “naturalidade” desconstruir visão marxista ingênua com propósitos utilitaristas da arte; analisar acirramentos de posições ideológicas da vida brasileira, agora e de então (anos 50) (como um todo)  ; traçar estratégias de autodefesa diante de cobranças extra-artísticas, hoje e sempre; procurar expressão cênica própria do CIT, intuir o processo; se a violência policial é pouco mostrada realmente no palco durante a peça: isso vai ser ampliado ou o drama tem outro foco? Isso é “ defeito”; como trabalhar aí o realismo sabendo que o palco é tudo(?) (im)pura  convenção, como “representar” o que a realidade inspirou? Incitar os intérpretes a um verismo absoluto, na criação de uma atmosfera tensa  entre palco e plateia ? ameaçar a plateia tendo em vista a situação de pré-fundamentalismo e retrocesso mental que se espalha pelo Brasil/ Mundo? Erguer-se contra as misérias do cotidiano? E esse massacre pela polícia de um grupo de trabalhadores  rurais; comemoração da Semana Santa, conduzido pelo líder messiânico (Joaquim)... (?)
Cabe Jerzy Grotovski, Peter Brook, Artaud, no meio de alegorias entrançadas e destroçadas nas mãos de um dramaturgo que via o GRITO munchiano de forma tão corrosiva? Podemos falar assim para representar Dolor?
As regiões da memória do paulista Jorge Andrade , ao enfocar rastros da nossa cultura do meio rural traz dos grotões da terra uma força descomunal e ao mesmo tempo fraca em suas restrições fanáticas, mergulha-as em estranho primitivismo que as universaliza sem cristalizá-las, mantendo-as em fricção de terror e êxtase (como na Santa Tereza de Bernini);  estudar suas profundas observações nos faz lembrar a  maior parte de suas criações, inclusive quando o foco é gente de dinheiro, em ruína  (ou não) como em  A moratória  (que aborda a ruína de uma família proprietária de cafezais no interior do estado de São Paulo, em decorrência da crise financeira e da produção cafeeira, por volta dos anos de trânsito da década de 1920 para a 1930)

(Manoel), (Artuliana), (Ana),(Geraldo), (Onofre), (Durvalina), (Conceição), (Germana), (Pedro), (Daluz): um xadrez que vai se resolvendo dramaturgicamente...

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

UM MINUTO PARA DIZER QUE TE AMO: Peça sobre o Mal de Alzheimer estreia em Recife. Dirigida por Rudimar Constâncio, com texto de Luiz Navarro e dramaturgismo de Moisés Monteiro de Melo Neto, a peça é produzida por Matraca Grupo de Teatro

Abordando de forma poética e contemporânea o Mal de Alzheimer, com um enredo que coloca em cena um homem velho com o seu filho e uma mulher e sua cuidadora, separados pela doença, o espetáculo “Um minuto pra dizer que te amo” estreia nesta quarta-feira (18) no palco do Teatro Marco Camarotti, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. Dirigido por Rudimar Constâncio, a montagem, mais uma produzida pela Matraca Grupo de Teatro, do Sesc Piedade,  ficará em cartaz até o dia 21 deste mês, sempre às 19h30. Os ingressos custam R$ 15 (comerciário, dependente e meia) e R$ 30 (público em geral). 

Amor, amizade, dedicação e companheirismo são alguns dos sentimentos que permeiam o universo de duas mulheres: a mãe de Lúcio e Amélia, uma cuidadora contratada, que, por meio da música, criou pontes capazes de trazer de volta as lembranças da mãe de Lúcio. Ao mesmo tempo, acontece o encontro de pai e filho, no mesmo espírito de amor e respeito. As cenas se consolidam em uma trajetória de vida, memória, narrativa e morte. 

“Os personagens embarcam numa aventura lúdica em busca das melhores lembranças e se deparam com conflitos e com a certeza de que só um amor incondicional é capaz de transformar todas as adversidades que a doença lhes impõe. Na peça, destacamos a poeticidade da vida e de sentimentos comuns aos seres humanos, independente de possuir ou não o Mal de Alzheimer”, explica o diretor Rudimar Constâncio.

A montagem foi produzida em um processo colaborativo com o método Viewpoints, envolvendo seis pessoas com diferentes pontos de vista sobre a peça. O trabalho resultou na escolha de 12 cenas. O texto é de Luiz de Lima NAvarro, em criação colaborativa com os atores e ainda as inserções e debates com o dramaturgo Moisés Neto. 
“Trouxemos para o palco não somente a abordagem sobre a doença, mas uma discussão conceitual em relação à memória e à narração, em seus vários aspectos, o que foi essencial para a formação desse espetáculo”, afirma Constâncio. Os atores vêm se dedicando há 10 meses ao processo de criação de seus personagens e cenas. O elenco é composto por Carlos Lira, Célia Regina, Vanise Souza, Edes di Oliveira, Douglas Duan e Lucas Ferr. O grupo presta homenagem aos 40 anos de carreira do ator Carlos Lira (foto).


Serviço:
Espetáculo “Um minuto pra dizer que te amo”
Data: 18 a 21 de outubro
Horário: 19h30
Local: Teatro Marco Camarotti, Sesc Santo Amaro, Rua 13 de maio, nº 455.
Ingressos: R$ 15 (comerciário, dependente e meia) e R$ 30 (público em geral)
Informações: (81) 3216.1616





UM MINUTO PARA DIZER QUE TE AMO: Abordando de forma poética e contemporânea o Mal de Alzheimer, com um enredo que coloca em cena um homem velho com o seu filho e uma mulher e sua cuidadora, separados pela doença, o espetáculo “Um minuto pra dizer que te amo” ocupa o palco do Teatro Marco Camarotti, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. Dirigida por Rudimar Constâncio, com texto de Luiz Navarro e dramaturgismo de Moisés Monteiro de Melo Neto, a montagem é produzida por Matraca Grupo de Teatro, do Sesc Piedade.. Os ingressos custam R$ 15 (comerciário, dependente e meia) e R$ 30 (público em geral).





“Trouxemos para o palco não somente a abordagem sobre a doença, mas uma discussão conceitual em relação à memória e à narração, em seus vários aspectos, o que foi essencial para a formação desse espetáculo”, afirma Constâncio. Os atores vêm se dedicando há 10 meses ao processo de criação de seus personagens e cenas. O elenco é composto por Carlos Lira, Célia Regina, Vanise Souza, Edes di Oliveira, Douglas Duan e Lucas Ferr.

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Amor, amizade, dedicação e companheirismo são alguns dos sentimentos que permeiam o universo de duas mulheres: a mãe de Lúcio e Amélia, uma cuidadora contratada, que, por meio da música, criou pontes capazes de trazer de volta as lembranças da mãe de Lúcio. Ao mesmo tempo, acontece o encontro de pai e filho, no mesmo espírito de amor e respeito. As cenas se consolidam em uma trajetória de vida, memória, narrativa e morte.

Moisés Monteiro de Melo Neto, Luiz Navarro, Rudimar Constâncio, Samuel Lira, artistas e técnica no ensaio geral da peça UM MINUTO PARA DIZER QUE TE AMO: A linguagem fica entre o expressionismo alemão e o surrealimo. E isto pode ser percebido na movimentação corporal, nos pigmentos do cenário



Rudimar destaca o texto desta estreia, de autoria do pernambucano radicado em Goiás, Luiz de Lima Navarro, em criação colaborativa com os atores, além de discussões com o dramaturgo Moisés Monteiro de Melo Neto - que escreveu intertextos e mais dois personagens, o pianista e o espectro; a peça busca traçar um panorama poético e atual sobre o Mal de Alzheimer - uma doença que está ligada a outros temas, como vida, morte, narrativa e memória

"A linguagem fica entre o expressionismo alemão e o surrealismo. E isto pode ser percebido na movimentação corporal, nos pigmentos do cenário", ressalta Rudimar Constâncio.


Dirigida por Rudimar Constâncio, com texto de Luiz Navarro e dramaturgismo de Moisés Monteiro de Melo Neto, a montagem é produzida por Matraca Grupo de Teatro.


“Os personagens embarcam numa aventura lúdica em busca das melhores lembranças e se deparam com conflitos e com a certeza de que só um amor incondicional é capaz de transformar todas as adversidades que a doença lhes impõe. Na peça, destacamos a poeticidade da vida e de sentimentos comuns aos seres humanos, independente de possuir ou não o Mal de Alzheimer”, explica o diretor Rudimar Constâncio.

A montagem foi produzida em um processo colaborativo com o método Viewpoints, envolvendo seis pessoas com diferentes pontos de vista sobre a peça. O trabalho resultou na escolha de 12 cenas. São elas: “O silêncio de Deus ou fim que vira começo”, “À espera da barca…”, “Maria Guida, hoje e amanhã”, “O menino”, “A elevação do Alzheimer”, “Reminiscência”, “Morrendo a cada segundo, ou o voo dos vaga-lumes”, “Delírio e morte”, “A barca da vida”, “Delírio e mentira”, “Das estrelas ou preciso de um céu”

Serviço:
Espetáculo “Um minuto pra dizer que te amo”
Data: 18 a 21 de outubro
Horário: 19h30
Local: Teatro Marco Camarotti, Sesc Santo Amaro – Rua Treze de Maio, nº 455
Ingressos: R$ 15 (comerciário, dependente e meia) e R$ 30 (público em geral)
Informações: (81) 3216.1616


DEPOIMENTOS:
Alessandra Nilo coração? "Um Minuto para dizer que te amo" e eu chorando uma hora e vinte, do início ao fim, me dando conta de que mesmo com uma vida tão intensa, talvez eu também morra sem memórias. Porque pode acontecer com qualquer um, comigo inclusive. E se eu esquecer tudo? E se eu perder minha história? E se eu ficar vazia e deixar de fazer sentido para mim mesma? E se eu revelar meus segredos, em meio aos delírios? Que medo. Só quem vive isso sabe. Eu não sei. E quem adivinha o futuro, afinal? Só sei que saí do Teatro mais disposta a declarar amores, a chutar o pau da barraca, a fazer as pazes, a abraçar mais forte, a mergulhar mais fundo. E decidi escrever um diário, para tornar alguns momentos de fato inesquecíveis. Comecei ontem mesmo, antes que esquecesse tudo isso e a vida voltasse ao normal. A arte nos faz refletir tanto... Grata

Jomeri PontesPara o artista, teatro é pesquisa, estudo, esforço, concentração, dedicação, seriedade, comprometimento, assiduidade, pontualidade, abdicação, criatividade, inovação, união, brodagem, preparação, dureza, ralação, acima de tudo profissionalismo. Quem acha que dar pintas - seja lá em que sentido for - é fazer teatro, pegou o ônibus errado. Um exemplo de bom teatro, o teatro bem feito, sério, bem dirigido, bem encaixado, assentado nos pilares do teatro-pesquisa de extremo profissionalismo e bom gosto, pode ser conferido, neste momento, no Recife, com a peça "Um minuto pra dizer que te amo". A montagem em cima do excelente texto de Luiz de Lima Navarro, que retrata com maestria, muita poesia e amor as agruras e o desespero de quem sofre com alzheimer, tem um belíssimo trabalho de dramaturgia de Moises Neto, direção magistral de Rudimar Constâncio e um elenco competentìssimo em cena, encabeçado por ninguém menos queCarlos Lira, em mais uma de suas inesquecíveis atuações. Dão cores ao excelente espetáculo, ainda, as atrizes Célia Regina Siqueira (uma monstra em cena) e Vanise Souza, e os atores Edes di Oliveira, Douglas Duan e Lucas Ferr (prestem atenção neste rapaz, dono de um talento impressionante). A música do espetáculo é ao vivo, muito bem executada e cantada por todos os atores. O cenário é um charme à parte, que se descortina, literalmente, para a plateia. Esta, extasiada, aplaude efusivamente de pé ao final porque feliz com o que acaba de ver. Como é bom sair do teatro satisfeito, com a sensação de que valeu a pena ir assistir a um espetáculo. E é assim com "Um minuto para dizer que te amo". Todos de parabéns! Recomendo!

 Breno Fittipaldi "Um Minuto Pra Dizer Que Te Amo", sensível trabalho que precisa ser visto. Elenco de amigos queridos com interpretações que arrebatam. Recomendo demais. Viva o amor. Mil beijos doces

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

MANIFESTO DA POESIA ILUSIONISTA DO RECIFE



Queremos uma ação poética de consumo; não escreveremos mais sobre temas e sim sobre  fatos (externos ou emocionais), exploraremos significados e contradições possíveis e atuantes observando elementos que confiram a suas  realidades e, claro,  existência(s);
Depois de  ter o vocabulário (da área, não o do autor), partiremos para a sintaxe de manipulação (do vocabulário)  numa pragmática que parta do vocabulário até o (pré) texto;
Incentivaremos o leitor a praticar tal  processo;
Nosso  poema será  autocentrado, mas submetido à realidade social, sem perder a  subjetividade lírica!?
Daremos vez  também ao poema autobiográfico, mesmo anárquico, afinal desejo e memória terão, em nossa poesia, um viés de  experimentalismo que envolva o caráter público-político, tal autocentramento (auto-espelhamento?)  exporá  o objeto poético à verdade (pós-kantianamente falando: o que  é o Real? Translacanianamente o que é o simbólico e enfim: o imaginário?) do grupo e, claro do sujeito poético (kkkkkkkkkk);
Propomos a fragmentação do discurso, o fluxo de consciência, a intertextualidade intensa!
Somos o cotidiano, a auto-ironia, o existencial, o social e (oh!) o...político!
Nossas obras são (im)puras fragmentação e deglutição;
Queremos justapor imagens em enunciação meio caótica, louvando e destruindo a rebeldia  através  da intervenção na problemática do cotidiano;
Queremos mais vida, corpo, cultura em sentido bem mais amplo, louvando e destruindo, simultaneamente, a indústria cultural!
Queremos refletir o jogo do século XXI, seu atrito, tensão (não apenas na linguagem poética, mas no nosso visual , nossos corpos, sexos, jeito de comer e falar, sempre!
Guerrilha, de novo! Pela gozo do CIBERDESEJO, já!
Sim à linguagem fragmentada das cibernéticas passeatas/ cruzadas, com suas POSTAGENS -relâmpago, em CIBERRETÓRICA descentralizadora;
Propomos a revolução do conhecimento, a dissolução regenerativa de qualquer possível consciência política!
Queremos uma revolução não só formal, mas o estilhaçar da própria gênese de todos os fenômenos; retrabalharemos signos, metáforas, símbolos; queremos o poeta como imperador e escravo colonial, no CIBERCOLISEU, espaço poético virtual em que a vida possa se cumprir SATILIRICAMENTE;
Tela-praça, portátil/fixa, doa em quem doer (é bom que seja no outro, não em você!);
Luta e fúria: viver é guerra!
Viva o poemas esgrimista! Touché!
Propomos INTERSECCIONADAS  coexistências, isto é: o CRUZAMENTO: tempo VERSUS  poesia: presença versus eterna ausência antifreudiana materna da pátria ou do ser que pariu o poeta e/ou o leitor.
Urgência no COLAR dos fragmentos da INESPERADAMENTE NUA unidade!
Que o corte recupere sua autonomia: Poesia–cirurgia!
Pela  invencionice destabocando o papai e mamãe pós-marxista!
Contra o tratamento da elegância e delicadeza,  sim à exploração da eterna e trágica solidão do homulher luciferinos, pré-edênicos nesta vida tão cheia de... palavras, olhares de cobiça!
Pelo desnudamento total da verdade, pois a mentira triunfou até agora de qualquer modo através da linguagem áspera dos tribunais populares e eruditos!
Se você disser que é mentira será mentira sua...
Malvados, tremei!  KKKKKKKKKKKKKKKKKKK


Recife,  dezembro de 2012      
                                    
Moisés Monteiro de Melo Neto

sábado, 14 de outubro de 2017

O Manifesto Regionalista faz 90 anos. Ainda fez sentido?

Olhando para esta foto de Ariano e Chico fiquei aqui pensando: 

Ariano Suassuna encontra Chico Science no Recife


Num mundo cada vez mais misturado e embalado em redes, vale a pena falar de Nordeste independente? Pãos ou pães: questão de opiniães, diz o peculiar Guimarães (regionalista universalizante e cheio de além) Rosa. Ah! Saudade do Futuro, eu juro. Vamos rasurar fronteiras ou deixo logo de besteira? Não fique magoado, vou falar do passado. Em 2016, o Manifesto Regionalista do Recife completou 90 anos. Este Movimento, nas palavras de Mauro Mota: teve e tem uma filosofia, tais as vigências dos seus métodos a de suas diretrizes.


 Por mais que, sob o domínio de facciosismos interestaduais, alguns historiadores sociais ou literários o excluam ou reduzam em comentários e até citações, o "Movimento Regionalista de 1926" no Recife, comandado pelos estudos de Gilberto Freyre (que a esquerda ainda não perdoa e nós arregalamos também os olhos para o que ele fez no período 1964-79) e por Gilberto Freyre em pessoa, significou o início de uma fase nova na cultura brasileira, aí tida, não em termos de localização geográfica ou cronológica, mas em termos do espírito mais autenticamente brasileiro, que ganharia espaço, tempo e seguidores nas diversas regiões brasileiras, sem perda das características de cada uma. 





Em nota de 1952, o autor do "Manifesto do Movimento de 1926" define o Regionalismo, como criação pura no que assumiu de complexo em suas combinações novas de idéias porventura velhas, sistematização brasileira, realizada por um grupo de homens do Recife, não só de novos critérios regionais de vida, de estudo e de arte como de vagas e dispersas tendências para-regionalistas já antigas no Brasil, mas quase sempre absorvidas pelo caipirismo ou deformadas em aventuras de pitorescos ou cor local, está, de modo geral, para a cultura brasileira, que libertou dos excessos de centralização, como o Federalismo está, em particular, para a vida política do país, descentralizada, embora sob alguns aspectos erradamente descentralizada pelo ideal da República. Essa definição corresponde a uma realidade, a que o Movimento deu corpo, vida, expressão e expansão. A esta altura, além de estudá-lo nas origens, seria de mais interesse estudá-la nas conseqüências, através do levantamento de território e implicações. Um dos mais importantes domínios é o domínio sobre o tempo. Enquanto nem se fala mais em outras tentativas renovadoras ou assim apresentadas, vale perguntar: a chama de 26 continua acesa diante das novas gerações?