O ciúme
é um afeto que participa da construção do sujeito, mas há mecanismos neuróticos
nele; reprimi-lo ou não? Eis a questão. O medo da perda do objeto ou a raiva
daquele que pode roubar o objeto, leva muitos a atitudes cruéis. É o caso de
Bentinho, do livro Dom Casmurro, arroz de festa nas aulas do Ensino Médio. O
livro é narrado em primeira pessoa por um advogado que acusa a esposa (Capitu)
de adultério. Patriarcalismo ou paranoia contra impulso
de infidelidade? A rádio Folha vai levar essa polêmica até os seus
ouvidos na próxima sexta-feira, às 17h.
Um dos mais queridos livros da literatura brasileira, Dom Casmurro, publicado em 1900, será levado ao ar, em formato de radionovela, nesta sexta-feira, dia 1 de dezembro, às 17h, com adaptação e direção do dramaturgo Moisés Monteiro de Melo Neto (que já dirigiu várias peças neste projeto da RÁDIO FOLHA, ao lado da atriz e jornalista Patrícia Breda).
MOISÉS MONTEIRO DE MELO NETO é Bento Santiago, o Dom Casmurro do romance de Machado de Assis, sexta-feira, na RÁDIO FOLHA
Com enredo calcado no
ciúme, o texto descortina um mundo em que o poder patriarcal é absoluto e
destrutivo. O pequeno grupo familiar (parentes e dependentes), que a escritura
de Machado engendra, capta e representa aspectos da realidade social e humana:
O homem egoísta e descompromissado atuando no palco da vida social. O enigma de
Capitu equivale ao nosso sorriso da Mona Lisa: traiu ou não o marido com o
melhor amigo dele?
No elenco: Patrícia Breda (Capitu),
Moisés Neto (jovem Bentinho), Anderson Bandeira (Ezequiel), Marcos Toledo
(Escobar), Jacielma Cristina(Sancha). Marise Rodrigues(Prima Justina), Jota
Ferreira (José Dias) e Douglas Duan
(Narrador, Bento, o velho Casmurro). Na edição Anderson Ricardo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário