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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

80 anos da morte de dois bandidos


Bonnie Elizabeth Parker, a famigerada norte-americana e seu namorado Clyde, líderes de assaltantes.. Ela e seu companheiro viraram lenda e inspiraram obras de arte. Por quê?
São contemporâneos do nosso casal Maria Bonita  e Lampião.
Quando vi o filme com Faye Dunaway e Warren Beatty, dirigidos por Arthur Penn, achei aquilo meio poético. Como acontece com Lampião e Bonita.
Pernambuco e Eua, unidos por sincronicidade.
Marginais a quem a sociedade não deu trégua e tornou superstar.
Do sertão à terra do Tio Sam: bang bang.
Revolta e perseverança numa estrada violenta.
Um réquiem maldito.
Banditismo por uma questão de classe, diria Chico Science.

Bonnie teve uma infância pobre e difícil com a mãe e os dois irmãos, depois que seu pai morreu quando ela tinha quatro anos, provocando a mudança da família de sua cidade natal de Rowena, Texas.
Apesar da infância na mais absoluta pobreza, ela era uma ótima aluna de inglês e redação, escrevia poemas, venceu um concurso e a trabalhou escrevendo introduções de discursos para políticos.

Seu primeiro marido Roy Thornton foi condenado a cinco anos de cadeia por roubo pouco tempo depois encontrou Clyde Barrow, um bandido com a sua mesma idade, aí ela largou tudo para seguir o rapaz. Ah! Que história, não? Foram  quatro anos de mitificação pela mídia americana.
Do mesmo modo que nosso casal Maria e Lampião, os dois foram mortos numa emboscada da polícia (1934), poucos anos depois seria a vez dos nossos cangaceiros. Morreram por uma causa. 

Deus me livre.

Escute essa música com Brigitte Bardot e Gainsburg:




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