Bonnie Elizabeth Parker, a famigerada norte-americana
e seu namorado Clyde, líderes de assaltantes.. Ela e seu companheiro viraram
lenda e inspiraram obras de arte. Por quê?
São contemporâneos do nosso casal Maria
Bonita e Lampião.
Quando vi o filme com Faye Dunaway e
Warren Beatty, dirigidos por Arthur Penn, achei aquilo meio poético. Como
acontece com Lampião e Bonita.
Pernambuco e Eua, unidos por
sincronicidade.
Marginais a quem a sociedade não deu
trégua e tornou superstar.
Do sertão à terra do Tio Sam: bang bang.
Revolta e perseverança numa estrada
violenta.
Um réquiem maldito.
Banditismo por uma questão de classe,
diria Chico Science.
Bonnie teve uma infância pobre e difícil
com a mãe e os dois irmãos, depois que seu pai morreu quando ela tinha quatro
anos, provocando a mudança da família de sua cidade natal de Rowena, Texas.
Apesar da infância na mais absoluta
pobreza, ela era uma ótima aluna de inglês e redação, escrevia poemas, venceu
um concurso e a trabalhou escrevendo introduções de discursos para políticos.
Seu primeiro marido Roy Thornton foi
condenado a cinco anos de cadeia por
roubo pouco tempo depois encontrou Clyde Barrow, um bandido com a sua mesma
idade, aí ela largou tudo para seguir o rapaz. Ah! Que história, não? Foram quatro anos de mitificação pela mídia
americana.
Do mesmo modo que nosso casal Maria e Lampião, os dois foram mortos numa emboscada da polícia (1934), poucos anos depois seria a vez dos nossos cangaceiros. Morreram por uma causa.
Deus me livre.
Deus me livre.
Escute essa música com Brigitte Bardot e
Gainsburg:
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