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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Um profissional em relações públicas afirma-se escrevendo e atuando


(palestra proferida pelo Prof. Moisés Neto na Escola Superior de Relações Públicas – Esurp, como aula de encerramento)

            O RP ao administrar o relacionamento e a comunicação do cliente, trabalha com a opinião pública, daí a necessidade de um bom texto e de estar atualizado com várias informações em muitas áreas. Uma das suas tarefas é humanizar a imagem dos seus clientes. Tem sido assim desde 1914, quando Ivy Lee cunhou este termo (Relações Públicas) nos EUA.  No Brasil, o primeiro Curso foi em 1953, na Fundação Getúlio Vargas e já apontava para o fato de que caberia ao RP harmonizar expectativas entre o seu cliente e os diversos públicos: conciliar, afinar, ajustar, sintonizar, através de uma gestão estratégica  de relacionamentos.  E como se dá isso?  Através da comunicação de textos.  Elaboração de slogans, etc. É importante também a atitude performer da oratória nestes casos. A desenvoltura.  Para isso o RP tem que tirar partido de vários recursos (dicção, postura, comando...)
Trata-se de um trabalho em conjunto: uma boa ideia e como apresentá-la. Então a busca pela cultura geral, o lançamento de propostas, o bom-senso, o controle emocional, a criatividade ao elaborar estratégias, tudo isso se mistura à imagem do RP com suas técnicas de comunicação verbal e não-verbal. Faz-se necessário trabalhar suas dificuldades no que diz respeito ao seu perfil intercomunicativo (barreiras a transpor).
Para se manter bem informado é preciso ler: jornais, livros, revistas e estar sempre conectado a sites, blogs (a blogosfera é uma aliada fundamental do RP), enfim: fazer parte de uma grande rede. Da sua capacidade de criação e interpretação (nos mais diversos gêneros textuais, literários), vem o seu sucesso, cabendo ao RP solucionar e não ser problemático: “Usar” o produto do cliente, conhecê-lo, para poder ter base sólida em sua estratégia de ação. Ser cúmplice, promover o bom relacionamento entre as interfaces. Organizar bem uma equipe, saber que o cliente tem sempre razão, mas isso nem sempre acontece.
Procuramos em nossas aulas observar regras de produção de textos, dicção, postura, como se comunicar em público, utilizando, para isto, vários gêneros e modalidades de escritura, reconhecimento de um público-alvo (de acordo com a ocasião).
Levamos em consideração a qualidade de reputation manager (gerente de reputação) do RP (num mundo onde a cada dia estes profissionais se tornam tão fundamentais). A ESURP assume noções de responsabilidade social, sustentabilidade, gestão qualificada, comprometimento, inovação, transparência, formação de opinião. Sabendo que cabe ao RP lidar com funcionários, fornecedores, poder governamental e público em geral, tratamos de estabelecer pontos de apoio que facilitem a carreira deste profissional que tem a árdua missão de manter  boas relações entre as pessoas.
Produtos, parceiros, tudo trabalhado em conjunto numa época em que os meios de comunicação estão em constante mudança: o que cabe ao RP?  Articular, através de um texto e visualização eficientes, informações, e, ter sempre uma carta  na  manga para  lidar com o mercado, que exige respostas rápidas e eficientes  diante dos problemas em diversos setores. No mundo do vale-tudo dos adversários, cabe ao RP buscar o que há de comum entre as partes, zelando pela reputação e imagem do seu cliente, às vezes até como coordenador de uma equipe (que inclui o jurídico, o pessoal da tecnologia, etc.): e como?  Evitando meias-verdades, não tomando nada como “pessoal”, fazendo a si mesmo todas as perguntas, antes que elas surjam (vindas dos outros) e ciente de que: se, não quiser que ninguém “saiba” de algo, é melhor não fazê-lo.
A comunicação do RP deve mostrar segurança e leveza, ao mesmo tempo deve estar permeada de determinação, lembrando que toda crise é também oportunidade para crescimento. Deve ser texto de quem luta para divulgar “boas ideias”, de quem faz as coisas “acontecerem”, de quem pesquisa e se aprimora para escrever bem e atuar no mercado  de modo convincente e  eficaz  diante de obstáculos e desafios, driblando aspectos negativos, assumindo  posicionamentos, utilizando bem suas ferramentas,  instrumentos, executando  estratégias, blindando, dando apoio, auxílio técnico e profissional ao cliente e até neutralizando (com o poder da imagem e do discurso) as opiniões contrárias,  tudo dentro da mais discreta confidencialidade.
Ativo e participativo: é como nós, que formamos a ESURP, queremos você, caro RP, ou secretário, dono de um estilo próprio. Pronto para uma troca comunitária e recíproca no mundo de hoje, onde a mídia é tão fundamental.
Twitter, Orkut, Facebook e o que mais vier. De posse ou não do melhor blackberrie, ou com o mais atual modelo de Iphone, o que vai importar mais é o seu raciocínio (ao navegar nessas e em outras possíveis novidades) e a consciência para saber lidar com novas e antigas “regras” das Relações Públicas diante da Responsabilidade Social Corporativa (educação, meio ambiente, compromissos com a sociedade).

Ajudar você a aprimorar sua comunicação diante do público, eis a nossa meta. Por uma vida social saudável, consciente, bem escrita e bem transmitida nesta nova década que se inicia (os anos 10) com as marcas da sustentabilidade social, econômica, cultural e ambiental. Que seja você um bom profissional com projetos para toda a vida, com a ousadia de quem se apoia no passado e ousa o futuro, sempre. 

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