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sábado, 22 de novembro de 2014

JOÃO DENYS ARAÚJO LEITE: Plateia sobre o palco, idade média, idade mídia no Recife



Denys adentrou o barroco com a intimidade de um amigo, recriou o medieval em estertor  do século XV ao hoje nunca mais. Na peça que assisti hoje, no Teatro de Santa Isabel, Recife, sentado em posição de lótus (no palco  com 120 pessoas), Deus convoca o personagem coletivo Todomundo a prestar contas de todos os atos de sua existência. 
Peça explora o universo barroco / Divulgação

Mas para quem pensa que nosso Denys está em ato de contrição, ele vai logo partindo para outra:  “uma obra impura, entre católicos, evangélicos, espíritas, budistas, judeus, maometanos, xangozeiros, umbandistas a provocar o improvável baile ecumênico em nome de Deus e da subida à Casa do Criador.Nossa peça híbrida, plena de corpos alegóricos e alegorias, caracteriza-se pela citação e pela homenagem. Reaviva e reafirma o barroco sem nenhum pudor; reforça a sua amplidão de assuntos, sua dilatação de temas, seu poder a-histórico, sua dimensão miscigenada, sua interpenetração e acomodação a nossa cultura, brasileira, latina, contemporânea”. Adoro Denys.

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