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quinta-feira, 15 de junho de 2017

HOJE NO SÍTIO TRINDADE, QUADRILHAS JUNINAS DO RECIFE: o show continua! Recife, 15 de Junho 2017



1 QUADRILHA ZÉ MATUTO | ESPETÁCULO 2017 “O GALOPE DO RECIFE ASSOMBRADO” Inspirado na obra de Gilberto Freire, Assombrações do Recife Velho e na obra de Carneiro vilela, A emparedada da Rua Nova.
Resumo do Tema A história do Recife esta rodeada de lendas urbanas que fazem parte do imaginário e da história do povo pernambucano. O rio Capibaribe guarda em suas águas histórias de pescadores. Os sobrados, ruas e praças mantem em suas edificações marcas de um tempo onde as pessoas acreditavam seriamente em eventos sobrenaturais. São inúmeros bairros e monumentos históricos cheios de mistérios esperando para serem desvendados. A Cruz do Patrão, o Riacho do Prata, a Praça chora menino e a Rua Nova são locais por onde no passado, dizem os recifenses, se viam criaturas do outro mundo, visagens e malassombros. Segundo Gilberto Freire no conto O Riacho da Prata,a noite de São João é propicia a estes eventos:“ Na noite de São João, hei de banhar-me no açude, nessa noite é benta a água, para tudo tem virtude”.(Assombrações do Recife Velho) Nestas noites é mais facil as aparições de personagens como o Boca de Ouro, A Emparedada da Rua Nova ou de alguem que levou uma carreira da Perna Cabeluda. Desta maneira, mantendo a linha de criação da quadrilha Zé Matuto com pesquisa e embasamento histórico, ela se “reinventa” sem perder a sua caracteristica mais marcante, a de produzir espetáculos cada vez mais regionais, cada vez mais pernambucanos.
2 Junina mandacaru SINOPSE

O sertão está em festa! Um inverno de dar gosto. A colheita foi farta e o verde se estende por toda parte. Dorotéia está muito feliz, não vê a hora da festa começar. Quem sabe nesta noite não encontrará seu grande amor? Tia Nanã, porém, muito ranzinza, proíbe a festa na Fazenda Felicidade.
Tia Joaninha, que é boa, conta para Dorotéia que existe um lugar onde a festa de São João é linda, basta esperar o arco-íris aparecer e seguir o caminho até as brenhas de Jeritacó. Neste reino existe um poderoso mágico que pode realizar qualquer sonho.
Ao lado dos seus “brinquedos” inseparáveis Dorotéia, segue pelo arco-íris em busca da festa de São João. Como num sonho, seus amigos vão em busca de seus desejos, embarcando numa aventura nordestina.
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3 JUNINA   NA  EMENDA TEMA:O  BAILE  NO  BORDEL   ENCANTADO
( Inspirado  em  obras  da  literatura  de  cordel  e  causos  populares) RESUMO  DO  TEMA
Um  grande  baile  é  organizado  no   bordel  mais  famoso  da  região  para  escolher  um  noivo  para  o  casar  com  Gabriela, a  quenga  virgem, tudo  regado  á  muita  dança, poesia  e  música  de  artistas  regionais
SINOPSE:Gabriela  é  a  quenga  virgem  da  cidade  de  Mato  Seco. Filha  de  D.  Santa, mulher  fervorosa  e  devota  da  igreja, mas  foi  criada  por sua  irmã   Rosa , a  dona  do  bordel   mais  famoso  da  cidade:  O  BORDEL  ENCANTADO.
Rosa   criou  Gabriela  com  muito  zelo,  mas  mesmo  assim, todos  na  cidade  falavam  da  pobre  moça, pelo  fato  de  ter  sido  criada  num  cabaré, lugar  onde  moram  as  moças  que  fazem  a  alegria  dos  homens  da  cidade, daí  o  falatório  contra  a  pobre  coitada “ a  quenga  virgem “.
Para   acabar  de  vez  com  esse  falatório , Rosa  resolve fazer  um  concurso  para  escolher  um  noivo  para  Gabriela.
O   campeão, teria  a  honra  de  casar  com  a  sua  filha  e  dar  um  nome  `a  quenga  virgem. 
Como  presente  de  casamento, dará  uma  grande  festa  para  selar  a  união.
O  casamento  foi  um  dos  maiores  e  mais  famoso  evento  da  região e  dizem  até,  que  o  baile  durou  sete  dias.
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RAPOSART; TEMA ACORDE ON Resumo sobre o tema A PERSONAGEM AMELNHA VOLTA A SUA CIDADE NATAL PARA MARCAR O CASAMENTO DE SUA IRMÃ MAIS VELHA, MAS CHEGANDO LÁ SE DEPARA COM UM CENÁRIO TOTALMENTE DIFERENTE DO QUE ELA ESPERAVA, COM A AJUDA DE PERSONAGENS IRREVERENTES, UM ACORDEON MÁGICO E MUITA FÉ AMELINHA FARÁ DE TUDO PARA CASAR SUA IRMÃ E AINDA TRAZER DE VOLTA AS BRINCADEIRAS DE SÃO JOÃO.
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ARROCHA O NÓ: RESUMO DO TEMA
SÃO JOÃO XANGÔ MENINO A quadrilha vem tratar de um tema de real importância que perdura desde a antiguidade até os dias atuais - a intolerância religiosa; contando a história de um amor que é impedido pelas diferenças de credo de uma cidade; Trazendo como pano de fundo o sincretismo religioso de São João, no Catolicismo e no Candomblé pelo Orixá Xangô.
O projeto não vem defender religião, julgar certo ou errado, nem questionar a fé... Vem apenas impulsionar ao público receptor e também interno a uma reflexão sobre a real situação da atualidade acerca dos valores pessoais, e respeito ao próximo.
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CAFUNDÓ.  “SINÓPCIA” DO TEMA Depois ele trabalhar a terra e plantar as sementes, nada mais alegre do que colher os frutos, celebram a fartura das colheitas. Devotos de Sao João conta a história do desaparecimento do sol, que se escondeu deixando a terra escura e triste. - O noivo e a noiva iam se casar à luz de uma fogueira, mas se perdem. A boneca de milho não madurece ern espiga e o pássaro Uanami não canta mais. Só há uma maneira de trazer a alegria de volta, realizar o casamento e dançar quadrilha achando o sol. Os personagens passam por várias provas nessa busca sem perder a coragem, a fé e o sonho. Baseado em brincadeiras populares, devotos de São João e uma adaptação do livro BANDEIRA DE SÃO JOÃO que encantará públicos e jurados e todos os cantos.
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A Junina Chiclete com Banana em 2017 vem com seu espetáculo resgatar a tradição das quadrilhas juninas, trazendo à tona o colorido e alegria que um quadrilheiro sente no período junino resgatando através do seu repertório a magia das quadrilhas juninas de antigamente.


TEMA

NO MEU TEMPO...
- Vovô o que o senhor está fazendo uma hora dessas aqui fora?
- Ha minha neta, eu estava pensando aqui no meu tempo!

         No meu tempo a festa junina tinha um clima gostoso. Meu nome é Antônio e eu vou lhe contar que no meu tempo nas festas juninas a melhor coisa pra mim era dançar quadrilha, a vila ficava em festa a meninada ajudava na decoração e eu ficava encarregado de organizar a quadrilha que no meu tempo era muito diferente.
         Tinha que ter casamento matuto com direito a moça fogosa e noivo fujão que logo depois de ser casado a força já que não tinha mais jeito se juntava com os amigos pra dançar as quadrilhas.
         A festa durava a noite toda, era uma alegria só, eu ficava muito orgulhoso em ver minha quadrilha junina animando a vila.
         No Meu Tempo todos brincavam em segurança, dançar quadrilha para nós era só alegria, o povo animado brincava o mês inteiro, mais quando chegava no fim do ciclo junino ficávamos tristes, pois era chegada a hora de nos despedirmos das festividades juninas, a única coisa que nos animava era saber que em alguns meses estaríamos todos juntos novamente para dançar quadrilha.
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A Quadrilha Junina Explosão Sertaneja vem contando a historia de Jeremias, um vaqueiro nordestino assassinado depois de uma entrega de gado a um grande fazendeiro Coronel Antonio pai de Rosa, onde o mesmo realizará uma grande festa em comemoração ao casamento de sua filha, e a entrega dos gados. O vaqueiro Jeremias após sua morte terá sua entrada proibida no paraíso, pois ele terá que perdoar aquele que tirou sua vida, e voltando a porta do céu o mesmo ainda não poderá entrar pois precisará adquirir o perdão de sua esposa, que por não saber o que tinha acontecido fica-lhe jogando maldição .Ao final sua esposa descobre o que tinha acontecido e o perdoa ,os dois terá um ultimo encontro que sera emocionante... 
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TEMA : DOIS CORAÇÕES UM SONHO DE AMOR RESUMO DO TEMA A Junina Matutinho 2017 vai contar a historia de Carolina e Luiz duas crianças que tinham um sonho , sonho esse de serem noivos da quadrilha quando adultos. Eles dançavam na quadrilha mirim a quadrilha era tradicional e durante o ensaio juraram um ao outro que quando estivessem mais velhos iriam realizar o sonho. O que eles não sabiam é que o destino iria separar os dois ainda crianças. Luiz teve que ir para capital com seus pais , já Carolina ficou no interior na despedida Carolina da de presente uma flor para Luiz e pede que que ele guarde de lembrança , a flor que ela levava sempre na cabeça e ele como forma de gratidão lhe dar um beijo. Anos depois na festa de 25 anos da quadrilha Carolina seria a noiva da quadrilha mais estava triste, pois mesmo passado o tempo ela não teria esquecido Luiz , o qual teriam jurado serem noivos juntos da Junina Matutinho. No dia de São João a quadrilha vai fazer o baile para comemorar seu aniversario , sabendo disso la na capital Luiz quer correr e voltar para sua antiga cidade, além de gostar da quadrilha ele não teria esquecido Carolina , sabendo que Luiz iria voltar Carolina fica felicissima com a noticia e decide procurar Luiz no baile e fazer o convite para ele ser o noivo da quadrilha junto com ela , quando se encontram ela faz o pedido de ser noivo com ela , o moço além de aceitar declara-se para meiga moça que corresponde o seu amor levando os então ao casamento.
SULANCA: O CASAMENTO DE ROSA Resumo sobre o tema Na pequena cidade de FLORES, Rosa ( belezinha ) está pra se casar, e tem um sonho: se casar na noite de SÃO JOÃO, na igreja de SANTO ANTÔNIO, ter uma linda festa no pátio da igreja, e o mais importante: UM BUQUÊ DE NOIVA mais lindo do mundo. Para escolher o buquê, Rosa pede ajuda às suas 3 grandes amigas: ROSINEIDE, ROSYMERE e ROSILDA. Só que elas não sabem que Perpétua, a solteirona da cidade fará de tudo pra atrapalhar o casamento de Rosa com Florisvaldo. Será que Perpétua conseguirá aplicar seu plano maléfico? Só assistindo a JUNINA...

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BRIGÕES TEMA: OURIÇADA
   O espetáculo que esta sendo preparado para 2017 vem mostrar de formas cênicas e lúdicas as a cultura, a arte e as estórias da festa da ouriçada que é realizada por pescadores e  marisqueiras nativos da Praia de Suape dentro de  uma festa junina com seus ritmos e folguedos. Com muito encanto o espetáculo da quadrilha junina Brigões de Suapevem de forma cultural e folclórica apresentar o que temos de mais envolvente em nossa festa juninas, Em especial os registrados na memória desta  gente desse pedaço do Brasil.
        A brigões em seu espetáculo vai mostrar as vivencias nativa das tradições na realização da festa da Ouriçada na concepção do povo praieiro da comunidade de Suape.
        Trabalharemos com os atrativos de uma festa que no passar dos anos atrai muitos visitantes e turistas para a nossa região, dando informações da importância dessa data para a comunidade e Região.
       A Quadrilha Junina Brigões de Suape, vem no intuito de continuar sendo um grupo forte dentro e fora de Pernambuco por isso, apostamos no tema do espetáculo e acreditamos no sucesso desta proposta. A quadrilha desenvolve trabalho com a comunidade local buscando os jovens ociosos para junto da arte e da cultura contribuindo socialmente para o desenvolvimento do cidadão. O grupo é formado por integrantes  jovens e adolescentes da nossa comunidade e região.     
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Chinelar 2017 Release do Tema A festa do pau da bandeira é realizada em algumas cidades do nordeste, em especial na cidade de Barbalha no CE. É uma festa em devoção aos santos do ciclo junino: são Antônio, são João e são Pedro. Os homens entram na mata, cortam uma árvore, tiram o tronco, de preferência que esteja reto,e seguem em procissão por toda cidade, asteando- o no centro todo decorado por fitas e por bandeiras com imagens dos santos. Reza a lenda que a pessoa que toca o mastro durante o cortejo, consegue casar. Tendo em vista, que o mastro é abençoado, por conta de , antes do tronco ser retirado da mata , os homens ajoelham - se, rezam e não cospem no chão durante o ato. Em 2017 a junina Chinelar apresenta o tema intitulado:"O mastro", que conta a estória de uma moça que toca o no mastro e resolve casar em plena festa do pau da bandeira , na cidade de Barbalha.
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LUZ DO CANDEEIRO
Rua Ana Rosa Cordeiro de Melo, s/n, Rosanópolis - Caruaru – PE




Caruaru, 11 de maio 2017.


PROJETO – RESUMO DO TEMA 2017

        A quadrilha surge com o tema "As cores do São João através do barro" retratando um artesão e seus bonecos, e o encanto do amor pela sua boneca (Menina dos seus olhos), mas nesta história entra o menino levado "Zezinho" que faz acontecer a magia, juntos descobri um mundo imaginário cheio de cores, vida e emoção. Assim o artesão "Marcos Antônio" apaixonado pela arte do barro e por sua boneca Aurora vivem um lindo casamento encantado e Zezinho o seu maior sonho, ter todos os bonecos alegres e coloridos. Vamos nos divertir nesta linda e emocionante história - AS CORES DO SÃO JOÃO ATRAVÉS DO BARRO.
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RELEASE DO TEMA DA QUADRILHA JUNINA MESTRE ZÉ 2017
Para o ano de estreia da quadrilha no ciclo junino decidimos abordar um fator social dentro da festa junina como forma de chamar atenção da sociedade para esse mal que assola a todos e que muitas vezes é esquecido que é a violência contra mulher, como fonte de inspiração tivemos um poema de um autor desconhecido por título, hoje recebi flores que nos deu base para pesquisa e adaptação do tema para o junino, porém de forma educativa e sem apologias a tal prática que para nós é repugnante. Iremos enfatizar que tal ato existe em todas as situações, mas que para o mesmo existe solução que é a denúncia mostrando que amor e desamor andam lado a lado, mas que primeiramente a mulher deve se amar e continuar derrubando as barreiras do preconceito expandindo seus horizontes na vida social, profissional e, sobretudo pessoal.
Dentro desse contexto criamos a história de Maria da Graça. Uma mulher sonhadora e batalhadora que adorava tocar e cantar, talento herdado do seu pai. De família pobre sempre tocava na praça da cidade de Esperança para juntar gorjetas e ajudar seus pais até que conheceu José Carlos um homem importante e que estava na cidade a negócios, ambos se apaixonaram e logo se casam. Como diz o ditado que no começo são flores e nos finais espinhos em pouco tempo de casamento José Carlos já se impôs dizendo que mulher dele tem que cozinhar lavar e passar em meio a uma discussão ele comete o ato da violência e logo Maria da Graça procura seus direitos e resolvi denunciÁ-lo. Apesar de tanto amor entre os dois o final dessa história irá surpreender a todos, pois enquanto umas resolvem receber flores outras as descartam de sua vida.
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S I N O P S E

Caminheiros sem destino, o destino é Deus quem dá. Sempre em paz comigo mesmo, coração só pra cantar*. Retirantes, romeiros, cangaceiros, mambembes, ciganos, brincantes... andantes que perderam o medo de se perder, encontro de quem caminha junto. Seguem num sonho-sina-saga, os passos de Viramundo, rumo às terras de Benvirá. Na estrada: encontros, encruzilhadas, sortes, embates, amores... O sentido, o norte, a direção: nascimento de São João. A estrela guia, a fogueira anuncia, nasce o menino. Chegança de matulão abarrotado: presentes em forma de canto, dança e louvação. A noite canta pro mundo e eu canto pra São João**, embalando o menino pro mundo não se acabar... até o sol de amanhã, pra ele acordar e “seguir o passeio” de um novo caminhar.

*Orélia - Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga
** Relógio, Caixinha e Pião – Thomaz Pedroso e Dudu Alvez



P E R S O N A G E N S

Viramundo (marcador) – Rulio Vangellis
Juca Tito (noivo) – Halisson Santana
Orélia (noiva) – Gabriela Menezes
Cigana (Aurora) – Leila Nascimento
Anjo – Anderson Carvalho
Isabel – Flávia Silva
Zacarias – Anderson Almeida




A R G U M E N T O


O INÍCIO... A ESTRADA... O ENCONTRO...
Juntando gentes de sonhos e fé, a estrada não é só um percurso, um caminho. É um lugar metáfora, pátria andejante e peregrina, arregimentando um povo que de tão diverso, chega a ser igual!
Portais do sem fim são cruzados pelos guardiões dos devaneios: os andarilhos... E eles se descobrem no pó da estrada.
Sorte ou azar? Sei lá! Deus é que é o senhor do destino!  Não carece ler a mão!
Mas, fique à vontade, faça do seu jeito, nunca foi demais ousar, ser atrevido!
São muitos, são todos... Tem os que retiram... Também os que fazem versos... Aqueles que fogem da lei, ou quem sabe, do desamor. Há os que encenam quimeras e os que propagam a fé! 
Descrever essa peleja da vida estradeira é vasculhar, num tempo de memória, a migração perene do ser. Aqui acolá, se achando e se perdendo, obstinado menestrel da existência, na poesia da viola e da cantiga.

VIRAMUNDO... MESTRE DE CERIMÔNIA... AQUELE QUE É...
Êh, mundo virado!  Êh, Viramundo! 
É ele mesmo o Senhor do levante! 
Deslumbrado e fervorosamente deslumbrante, aferrado pregoeiro da verdade e da utopia, que assinala o caminho e desvenda o mundo inteiro, como lugar de morada.
Um “encantado”, misturando transcendência e concretude... “A Loucura: Sol que não deixa o juízo apodrecer”...
 Mestre de Cerimônia dessa AnDança e pai da alforria.
Anunciador arrebatado e profético do fogo e do menino bendito!
Entonce se a gente veve é lutando, entonce a gente deve se arreuni!
Pra viver, sorrir, encontrar e transbordar.

O CANTADOR... ENCANTO ESTRADEIRO...
Porém, não é só de mistério que se faz o estradar. Moda de viola, encantos e encontros constituem inspirações para o cantador, e ele, amigo de jornada e prosa farta, diz a loa, enfeita o verso, e faz da palavra PARTIDA o seu mote.
Agora é ir marchando. É o Mundão de Deus que abraça o povo andante, sem medo do que surgirá. E por derradeiro, se sabe que virá do bom e dos contrários!... Mas tudo faz parte da vivência e do brinquedo. Até noiva que foge porque resolveu que ainda não é tempo de casar.

TEM NOIVA QUE SURPREENDE... DESISTE DE CASAR...
Sim, é dolorido, mas forçoso, saber que tem um tempo de perder pra se achar!
Partir quase nunca se define com serenidade. A bússola é quase sempre, o coração do caminhante.  Encruzilhada, quatro cantos, uma escolha, onde caminhos e descaminhos se confundem.
E, na buliçosa ânsia de avançar, aprender a cada palmo do caminho que:
O que dá pra rir dá pra chorar, questão só de peso e de medida, problema de hora e de lugar, mas isso são coisas da vida!

E O CORTEJO CRESCE... E CHEGA GENTE QUE SEDUZ E ENDOIDECE!
Surpresas e arrebatamentos se sucedem... Os raios do sol feito um farol, trazem Aurora cintilante, fascínio, quimera e magia pra os olhos insones que a acolhem e ficam presos aos seus segredos e enigmas.

A PASSAGEM E A CERTEZA DE ONDE SE QUER CHEGAR...
Comboio abraçando os ventos rumo a Benvirá!
- Virá Bem, terra da bem-aventurança, onde a abastança consiste em existir... Assim seja e assim será! Uma morada ancorada em solo fértil e alastrada em braços de uma mesma raiz. 
Em nome da fé, que nunca falha, surge o anunciador daquele que virá para anunciar. 
Anjo de luz, ginete sereno, arqueiro da alegria e da Boa Nova. 

... Mensageiro do Senhor...
Revigorados sejam os laços de amor, cumplicidade e folia,
Encontrado seja o menino sagrado,
Dono da fecundidade e da festa...
Amém!
Busca, entrega paixão, é o fogo fátuo queimando voraz!

AURORA, O CAMINHO E A ILUSÃO...
Vara a noite, corre o dia, a estrada se avoluma e a travessia se expõe como forma de chegar... Mas como em cada ser vivente habita os todos humanos, o caldeirão já fervente, tempera com, doce e amargo, mentiras e cobiças o claro, escuro dos avessos que lutam dentro de nós... Misturam-se paladares e formas diversas de ser!
Assim a Aurora anoitece, esquece que é resplendor, endoidece de vaidade e só por puro capricho, desvia o rumo do ofício.
Porém, como já é manifesto, a própria sacralidade habita também no profano e no mais pequeno de nós, assim, depois do caso passado, do susto e da reação, é a própria Aurora encantada, que traz a tocha do fogo, distinguindo o lugar certo da fogueira de São João.

A SAGA HUMANA... FÉ... CRENÇA... FESTA E VIDA...
A estrela anuncia o menino nasceu!
Salve São João! São João dos Carneirinhos... De cabelo enroladinho a fazer festa no céu. Seus mastros, seu fogaréu, balões, bois e bandeiras, casamentos, advinhas, agouros e ladainhas, danças, cantos, procissões. Tudo em você é encontro e motivo pra festejar.
Tem casório, louvação, tem presente e MATULÃO!



OFERTÓRIO... DOAÇÃO...
Matulão... Uma palavra pouco usada, de sentido, tão vasto e tão pequeno, que muitas vezes nem é entendido! Quem sabe, talvez, num dicionário de apreço e de lembranças, se encontre seu lugar e a sua definição.
É que não se traduz pela palavra, talvez se compare ao anseio do mambembe e caminheiro, que faz dessa bagagem pura essência transbordante de festa.
Eis o nosso compromisso, assim cumprido: Matulão abarrotado do que somos.

ESTE É SÃO JOÃO...
São João está dormindo, não acorda não!
A curiosa cantiga apela ao dono da festa que durma.  Repousa menino travesso, enquanto dure a brincadeira! Mas que estranheza é essa?
Como diz a voz do povo, e isso não é segredo, caso a criança acorde querendo brincar, a terra incendeia! Então o silêncio é refrão que embala o pequenino no colo da mãe.
São João está dormindo a folia se alastrando, rompendo a barra do dia... E no meio disso tudo num emaranhado de lógicas, lá se vai mais um ciclo, uma aura de encanto, um tempo de louvação, a espera de outro junho pra recriar a função.
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SANFONEAR TEMA 2017
A rabeca ou rebeca é um instrumento musical de cordas friccionadas, que se assemelha muito ao violino. Mas apesar da semelhança entre os dois, a rabeca é considerada um instrumento com identidade, sonoridade e formas bem peculiares, próprias.
Existem algumas referências bem antigas relacionadas ao uso do instrumento em festas populares no Brasil, desde o período da colonização.
Portanto, pode-se até dizer que as rabecas passaram a fazer parte do cenário da música brasileira (e no forró segundo alguns pesquisadores), primeiro que a sanfona.
Hoje em dia existem até orquestra de Rabecas no Brasil, A Orquestra de Rabecas Cego Oliveira - CE e a Orquestra de Rabecas de Pedras de Fogo-PB são alguns exemplos da ascensão e da visibilidade que esse instrumento tem ganhado no Brasil e até fora do país.
Portanto, com a volta da Quadrilha Junina Sanfonear em 2017, iremos fazer e brincar “UM SÃO JOÃO RECADO”, Onde a Rabeca terá um grande destaque nos arranjos e solos das músicas, até a parte final do espetáculo onde haverá um casamento perfeito de sons (Rabeca e Sanfona), bem como, dos noivos. Mostrando com isso a importância da Rabeca para dar melodia a tantos sons de brincadeiras populares do nosso Nordeste e do nosso país, e muitas vezes é um instrumento que não ganha ênfase.














 





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