Acordei no meio de um sonho, para
a vida, de repente, nos primeiros minutos mornos da manhã, depois de uma
fragmentada noite fria, que mais parecia uma emboscada na chuva e que me deixou
gripado, nesse belíssimo inferno; abri a janela e tudo estava tão bonito que
dava vontade de morder e eu me senti piedoso como um leão faminto; assim,
diante da pior ânsia de viver (crua, como paixão ruim), estou agora mesmo,
aqui, com esse meu coração bom e humano, sem vontade de discordar de ninguém,
só com essa espécie de poder, como amante que se protege do perigo de viver sem mundo dentro de si. Arde,
arde, arde, ó fogo do meio-dia, depois de tanta umidade!
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