Tudo se recicla... ou não?
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domingo, 8 de novembro de 2015
Cláudio Daniel, em A escritura como tatuagem, vem com um lance meio pós-moderno tipo assim:
“o neobarroco não é uma vanguarda; não se
preocupa em ser novidade. Ele se apropria de fórmulas anteriores, remodelando-as,
como argila, para compor o seu discurso; dá um novo sentido a estruturas
consolidadas, como o soneto, a novela, o romance, perturbando-as. O ponto de
contato entre o neobarroco e a vanguarda está na busca de vastos oceanos de
linguagem pura, polifonia de vocábulos. No lugar da mímesis aristotetélica,
do registro preciso, fotográfico da paisagem exterior, esta é recriada e
retalhada como objeto de linguagem, numa reinvenção da natureza mediante o
olhar”.
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