A RUA BARREIROS , no Pina, Recife, em frente ao Teatro Barreto Júnior, há algum tempo parece que FOI VENDIDA. Vamos ocupá-la e proibir a construção de uma torre do turbocapitalismo corrupto e corruptor? (foto: Amanda Spacca)
Eles estão tendo problemas na construção por causa do cano de esgote da antiga rua.
No projeto do teatro estava incluída uma praça na frente dele (onde agora está o canteiro de obras da torre)
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domingo, 29 de novembro de 2015
sábado, 28 de novembro de 2015
Quem tem medo de Evita?
Eva Perón segundo Copi
por Gessica
Beda
Desenhista de comics, dramaturgo, escritor de
ficção, ator, transgressor, irônico, critico ... Raul Natali o Roque Damonte Botona
cuja identidade literária é COPI dentre suas criações para teatro temos seu
primeiro texto Un Angel para la Señora Lisca, La Journée d’une rêv Entre suas
obras teatrais há dois monólogos (Loretta Strong e La Heladera), que Copi
representou. Podemos ver todas suas características presentes em eva peron.
Seria apenas mais uma representação da
manipulação burguesa, se ele não tivesse escolhido como nome e personagem
central da trama Eva Peron. Mais ao longo do texto a denomina como evita como
escolheu ser chamada disse em um de seus discursos:
“Quando escolhi ser "Evita" sei
que escolhi o caminho do meu povo. Agora, a quatro anos daquela eleição, fica
fácil demonstrar que efetivamente foi assim. Ninguém senão o povo me chama de
"Evita"[8] . Somente aprenderam a me chamar assim
os "descamisados".
Os homens do governo, os dirigentes políticos, os embaixadores, os homens de
empresa, profissionais, intelectuais, etc., que me visitam costumam me chamar
de "Senhora"; e alguns inclusive me chamam publicamente de
"Excelentíssima ou Digníssima Senhora" e ainda, às vezes,
"Senhora Presidenta". Eles não vêem em mim mais do que a Eva Perón.
Os descamisados, no entanto, só me conhecem como "Evita". Eu me
apresentei assim pra eles, por outra parte, no dia em que saí ao encontro dos
humildes da minha terra dizendo-lhes que preferia ser a "Evita" a ser
a esposa do Presidente se esse "Evita" servia para mitigar alguma dor
ou enxugar uma lágrima. E, coisa estranha, se os homens do governo, os
dirigentes, os políticos, os embaixadores, os que me chamam de
"Senhora" me chamassem de "Evita" eu acharia talvez tão
estranho e fora de lugar como que se um garoto, um operário ou uma pessoa
humilde do povo me chamasse de "Senhora". Mas creio que eles próprios
achariam ainda mais estranho e ineficaz. Agora se me perguntassem o que é que
eu prefiro, minha resposta não demoraria em sair de mim: gosto mais do meu nome
de povo. Quando um garoto me chama de "Evita" me sinto mãe de todos
os garotos e de todos os fracos e humildes da minha terra. Quando um operário
me chama de "Evita" me sinto com orgulho "companheira" de
todos os homens. “
Fica clara a imagem a qual ele quer
questionar a Evita . Mulher perfeita? mãe do povo? santa evita? O trabalho de
distanciamento crítico operado no texto é o que permite repetir, mas com
diferença, criando assim esta outra imagem de Eva, que é a versão ridicularizada
e grotesca da “original”(HUTCHEON, 1985, p. 19). Não só vitimando a figura
mítica dela mais os discursos em torno dela.
Nas primeiras cenas já podemos observar o
texto rápido, apresentando a discursão de Evita e sua mãe a principio por um
vestido de presidente apresentando a
possibilidade de mudança de comportamento ao colocar o figurino como uma atriz
ao procurar a roupa de um personagem. Expondo já na primeira cena o câncer de
forma manipuladora fazendo referência ao câncer uterino o qual levou o
falecimento em 1952. Apresentando
também o cenário que vai sendo desenhado em toda a peça o palácio onde ela
morava, um quarto com corredor e muitas portas
sua mãe e representada com um personagem a principio moldado por seus
interesses nos surpreende tramas com Ibiza
chegando a chingar sua própria filha.
Ibiza um personagem muito interessante da
trama tem um cunho estrategista e apaziguador das brigas entre mãe e filha,
Peron traz a representatividade da imagem do Juan Domingo
Perón diante da figura de Evita como total
aproveitador da imagem da mulher tendo sempre afirmativas em suas respostas ou
lembranças de algo vivido sem nenhuma profundidade sentimental na maioria das cenas em silencio se
posicionando apenas na cena final um
enorme biffe sobre a imagem pregada de Evita a Evita do povo que contrasta perfeitamente
com a imagem demostrada pelo autor por fim temos a empregada que sem dúvida e
um personagem que ganha várias interpretações a princípio apenas a clássica
imagem da empregada submissa e obediente mais depois ao se declarar peronista
representa bem a visão popular diante de Evita mesmo diante de realidade
continua a idolatrando e acaba por fim em seu lugar morta e exposta a multidões
que não desconfiam de nada mesmo ao ver a imagem da empregada vestida com sua
roupa e peruca; reafirmando mais uma vez que o povo não seguia a imagem da
evita e sim o discurso ,sua imagem
ressignificada..
O desejo de Evita expor sua superioridade
fazendo um baile apesar do plano de
fingir sua morte traz um outro enfoque a
trama fanny que não aparece na trama
apenas nos comentários dos outros personagens traz a tona características
calculistas estrategistas ,excêntricas ,da Evita , ou até mesmo a manipulação de sua mãe utilizando sua
suposta conta na Suíça mostrando a verdadeira intenção de sua mãe essas a
ações continuadas, vertiginosas; a
narração e seu ritmo bombardeiam o leitor pela sucessão de imagens e pelas
reviravoltas nos eventos ,rápido como uma troca de foco numa câmera no cinema
toda essa movimentação para o baile se quebra com o assassinato da enfermeira, o leitor percebe
que tudo fazia parte do plano original de fingir a morte de evita .COPI afirmar e reafirma de várias formas a
personalidade de Evita e dos outros personagens nos dá ideia de que todos eles se conhecem
profundamente mais os leitores não, e sempre haverá surpresas o texto acaba de
forma desenhada reafirmando tudo que afirmou durante todo o texto uma espécie
de comedia irônica com uma impressão de
suspenção no tempo como Nas tiras
desenhados por COPI .
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Incenso, de Marco Hanois, dentro da temática "Cinema, Escola e o Imaginário Brasileiro"
O CIneclube Cidadania tem o prazer de apresentar próxima quinta (03/12) a partir das 14hs, o curta pernambucano (20min) Incenso, de Marco Hanois, dentro da temática "Cinema, Escola e o Imaginário Brasileiro. O filme encerra as exibições do ano letivo de 2015 e é o terceiro de uma sequência de debates sobre o imaginário brasileiro com os alunos das turmas do 7ºano e as professoras de Português e História da Escola João Barbalho.
"Agora é a vez de refletir sobre a cultura pernambucana, dentro do imaginário brasileiro, e a importância de debatê-la por meio do cinema que vai para a escola e convida estudantes e educadores a aprenderem juntos de uma forma mais descontraída, participativa e prazerosa", acrescenta a jornalista e coordenadora geral do Cineclube Cidadania, Ana Cláudia Vasconcelos, Para iluminar o debate, vamos contar com a presença do Professor Doutor em Literatura, Moisés Monteiro de Melo Neto (Moises Neto), que também participou da realização do filme, como assistente de direção. Participem! A sessão acontece na Sala de Tecnologia da escola e é aberta a todos e todas! Emoticon smile
Inteiramente baseado na obra do escritor pernambucano Ascenso Ferreira (todos os diálogos foram retirados de seus poemas devidamente autorizados pela sua viúva Lourdes Ferreira), o roteiro "Incenso" foi criado em 2000. No ano de 2005, Marco Hanois e sua obra “Incenso”, receberam o prêmio no Concurso Ary Severo e Firmo Neto de roteiros, promovido anualmente pela Fundação de Cultura da Cidade do Recife. De janeiro a outubro de 2006 foram iniciadas a pré-produção e filmagem do curta-metragem. Para tal contou ainda com os apoios culturais da CHESF - Companhia Hidrelétrica do São Francisco, Prefeitura de Olinda e Ministério da Educação, através da FUNDAJ - Fundação Joaquim Nabuco. A iniciativa privada também investiu no projeto através dos apoios do Hotel DORISOL, Recife Praia Hotel e o TAP - Teatro de Amadores de Pernambuco. Durante a etapa de filmagem, foi possível contar ainda com a doação dos cachês dos Atores Tuca Andrada (TV Record), Bruno Garcia (TV Globo), Alexandre Zachia (TV Globo), Aramis Trindade (TV Globo), Reinaldo de Oliveira (TAP) e as atrizes Mônica Feijó (TV Globo), Simone Figueiredo e Diva Pacheco, que protagonizou a novela "A lua me disse" (TV Globo/2005) e foi uma das fundadoras da Sociedade Teatral de Nova Jerusalém.
SINOPSE Numa imaginária cidade da Zona da Mata de Pernambuco, na década de 30, a vida, os costumes, as crenças, o jeito de ser, pensar e falar das pessoas comuns. O Coronel, o Padre, o Catimbozeiro, o Cachaceiro, a Beata e uma série de tipos que compõem um contexto cultural e humano. A voz do povo do Nordeste do Brasil, captada pelo poeta Ascenso Ferreira e adaptada para o cinema. O contraste entre o arcaico e o moderno, simbolizado pela Usina, pelo Cinema e o Zeppelin, uma sociedade dividida em classes, um povo emotivo, sentimental e místico, como os versos de Ascenso Ferreira, numa viagem ao coração da alma brasileira.
A Escola João Barbalho fica na Rua do Hospício, nº 737, Boa Vista, Recife (Em frente ao Parque 13 de maio).. Maiores informações, ligar para: (81) 99602 7170 - Ana Cláudia Vasconcelos.
O cartaz é uma recriação do webmaster e coordenador operacional do Cineclube Cidadania, Mavi Tavyterã Pugliesi
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Relendo a obra teatral de Hermilo Borba Filho
Coleção Teatro Selecionado
De Hermilo Borba Filho, com organização de Leda Alves e Luis Augusto Reis.
A edição em três volumes com 12 peças da produção dramática do autor, compositor e teatrólogo pernambucano Hermilo Borba Filho (1917-1976) faz parte da comemoração aos 90 anos do nascimento de um dos maiores nomes do teatro brasileiro.
Volume 1
Nesta obra estão reunidas quatro peças do autor, que compreendem o período de 1944 a 1948. São elas João Sem Terra, dedicada a Paschoal Carlos Magno, o Auto da mula-de-padre e as tragédias Electra no circo e O vento do mundo.
238 páginas
Nesta obra estão reunidas quatro peças do autor, que compreendem o período de 1944 a 1948. São elas João Sem Terra, dedicada a Paschoal Carlos Magno, o Auto da mula-de-padre e as tragédias Electra no circo e O vento do mundo.
238 páginas
Volume 2
A segunda parte reúne A barca de ouro, publicada em 1949, a peça para bonecos A cabra cabriola, publicada em 1948, o musical As Moscas, de 1960, e a comédia O cabo fanfarrão, escrita em 1961.
208 páginas
A segunda parte reúne A barca de ouro, publicada em 1949, a peça para bonecos A cabra cabriola, publicada em 1948, o musical As Moscas, de 1960, e a comédia O cabo fanfarrão, escrita em 1961.
208 páginas
Volume 3
Este livro compreende obras escritas e publicadas nas décadas de 1960 e 1970. A donzela Joana, de 1964, sintetiza o olhar maduro sobre os caminhos a serem trilhados pelo teatro do Nordeste. No ano seguinte, Hermilo escreveu a comédia Um paroquiano inevitável, pela Imprensa Universitária do Recife e O bom samaritano, esta publicada postumamente em 1976. Este volume também reproduz a famosa Sobrados e Mocambos, publicada em 1972, que surgiu a partir de sugestões, nem sempre seguidas, de Gilberto Freyre.
332 páginas
Este livro compreende obras escritas e publicadas nas décadas de 1960 e 1970. A donzela Joana, de 1964, sintetiza o olhar maduro sobre os caminhos a serem trilhados pelo teatro do Nordeste. No ano seguinte, Hermilo escreveu a comédia Um paroquiano inevitável, pela Imprensa Universitária do Recife e O bom samaritano, esta publicada postumamente em 1976. Este volume também reproduz a famosa Sobrados e Mocambos, publicada em 1972, que surgiu a partir de sugestões, nem sempre seguidas, de Gilberto Freyre.
332 páginas
Muito bom
Questões sobre Literatura Brasileira Contemporânea. Prof. Moisés Monteiro de Melo Neto
Preaparei estas questões para vocês, espero que gostem:
1.
Leia o
texto e responda
TESTAMENTO DO HOMEM SENSATO
CARLOS PENA FILHO
Quando eu morrer, não faças disparates
nem fiques a pensar: Ele era assim...
Mas senta-te num banco de jardim,
calmamente comendo chocolates.
Aceita o que te deixo, o quase nada
destas palavras que te digo aqui:
Foi mais que longa a vida que eu vivi,
para ser em lembranças prolongada.
Porém, se um dia, só, na tarde em queda,
surgir uma lembrança desgarrada,
ave que nasce e em voo se arremeda,
deixa-a pousar em teu silêncio, leve
como se apenas fosse imaginada,
como uma luz, mais que distante, breve.
Marque a
alternativa correta sobre o poema:
a)
Tipicamente modernista, abolição dos modelos tradicionais de fazer
poema.
b)
Tom otimista e melancólico.
c)
Trata-se de um soneto. Há uso de rimas.
e)
Poema com influência da primeira geração do modernismo.
2.
No trecho abaixo, MAURO MOTA, faz uma crítica
a que tipo de situação?
BOLETIM SENTIMENTAL DA GUERRA NO
RECIFE
Meninas, tristes meninas,
de mão em mão hoje andais.
Sois autênticas heroínas
da guerra, sem ter rivais.
Lutastes na frente interna
com bravura e destemor.
(...) E os presentes? Os presentes
eram vossa tentação.
Coisas que causavam aqui
inveja e admiração:
bolsas plásticas, a blusa
de alvas rendas do Havaí,
bicicletas "made in USA",
verdes óculos "Ray Ban".
Era um presente de noite
e outro dado de manhã,
verdadeiras maravilhas
da indústria de Tio Sam.
Meninas, tristes meninas,
de mão em mão hoje andais.
Sois autênticas heroínas
da guerra, sem ter rivais.
Lutastes na frente interna
com bravura e destemor.
(...) E os presentes? Os presentes
eram vossa tentação.
Coisas que causavam aqui
inveja e admiração:
bolsas plásticas, a blusa
de alvas rendas do Havaí,
bicicletas "made in USA",
verdes óculos "Ray Ban".
Era um presente de noite
e outro dado de manhã,
verdadeiras maravilhas
da indústria de Tio Sam.
a)
Modernização do Recife.
b)
Prostituição no Brasil.
c)
Ao amor contemporâneo.
d)
Ao relacionamento entre soldados e moças durante a 2ª guerra
em terras brasileiras.
e)
À futilidade de certas garotas.
3. Sobre a obra de Osman Lins:
Leia o trecho do RETÁBULO DE SANTA JOANA CAROLINA e marque a alternativa incorreta:
“A velhice é feito um caranguejo, não
envelhecemos por igual. Ela vai estendendo, dentro de nós, suas patas. Às
vezes, começa pela espinha, outra pelas pernas, outra pela cabeça. Em mim,
começou pelos sonhos: dei para sonhar, quase todas as noites, com as pessoas de
antanho. (Em Joana, esse caranguejo estendeu de uma vez as suas patas.
Atacou-lhe os rins e o rosto...)”
a) O
texto trabalha com elementos inovadores.
b) Podemos
falar de um “TEMPO MÍTICO – CIRCULAR”, não-linear, religando personagens a
dimensões cósmicas.
c) É
como se as horas fossem eternas e, paradoxalmente, efêmeras.
d) Trata-se
de um texto bastante convencional.
e) O
texto nada traz de inovação.
3.
DALTON TREVISAN: O microconto.
Leia o texto e marque a alternativa incorreta:
Assustada, a velha pula da cadeira, se debruça na cama:
– João. Fale comigo, João.
Geme lá no fundo, abre o olhinho vazio:
– Bruuuxa... diaaaba...
– Ai, que alívio. Graças a Deus.
– João. Fale comigo, João.
Geme lá no fundo, abre o olhinho vazio:
– Bruuuxa... diaaaba...
– Ai, que alívio. Graças a Deus.
a)
No Brasil, um dos
primeiros exemplares de
“microconto”, chamado pelo seu autor de ministória,
foi de Dalton Trevisan, em 1994.
b)
Podemos afirmar que o texto acima poderia ser um destes
microcontos.
c)
Em trinta palavras o narrador apresentou
personagens em movimento dentro de determinado espaço.
d)
O espaço surge caracterizando o básico de uma
narrativa.
e)
Não podemos encontrar no texto nenhum traço de
humor.
- ARIANO SUASSUNA
“Eu vi a Morte, a moça Caetana,/ com o manto
negro, rubro e amarelo./Vi o inocente olhar, puro e perverso,/ e os dentes da
Coral da desumana// Eu vi o Estrago, o bote, o ardor cruel(...) Ela virá, a
Mulher aflando as asas,/ com os dentes de cristal, feitos de brasas(...) só
assim verei a coroa da Chama e Deus, meu Rei,/ assentado em seu trono do
Sertão”.
Ariano Suassuna (Sonetos: “A
Moça Caetana” e “A Morte”)
Sobre Ariano e sua obra.
Marque a alternativa incorreta:
a)
Trata-se de um autor regionalista.
b)
Nos seus textos prevalece a comédia, embora não seja esse o caso
do trecho acima.
c)
É autor de A farsa da boa
preguiça, que pelo título deve ser um romance farsesco, como o são Fernando e Isaura e O auto da compadecida.
d)
O poema acima é de cunho religioso e tem traços regionalistas.
e)
Ariano destaca-se como dramaturgo.
5.
Leia o trecho e marque a alternativa incorreta:
“E o
rim não é meu? Logo eu que ia ganhar dez mil, ia ganhar. Tinha até marcado uma
feijoada pra quando eu voltar, uma feijoada. E roda de samba pra gente rodar (..) E o rim
não é meu, sarava? Quem me deu não foi Aquele-lá-de-cima, Meu Deus,Jesus e
Oxalá? (...) O esquema é bacana. Os caras chegam aqui levam a gente para Luanda
ou Pretória. (...) Puta oportunidade só uma vez na vida”. (Contos Negreiros, Marcelino
Freire)
a)
Na obra Contos Negreiros, Marcelino Freire aborda temas como,
tráfico de órgãos.
b)
A paisagem urbana é o cenário principal de seus cantos (contos).
Recife e São Paulo, as zonas de prostituição, morros, favelas e pontos
turísticos, tornam-se palcos para a exposição de uma realidade complexa e
miserável.
c)
Na cidade são representados negros, índios, traficantes de órgãos e de
drogas, e turistas sexuais.
d)
São narrativas (contos e crônicas) em linguagem coloquial,
memorial e, às vezes, musical, baseada na oralidade (ladainhas e canções
nordestinas).
e)
O trecho em questão mostra a pobreza, o comércio ilegal, o corpo
como moeda, o que de certo modo, torna este tipo de literatura um modo
escapista de texto para atrair o leito a um não-engajamento com este tipo de
situação.
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Paris declara guerra
Gandhi nos ensina: olho por olho e ficaremos todos cegos.
A raiz do mal é a ganância, a indústria bélica, os interesses dos milionários, a inconsequência dos homens em suas mais terríveis obstinações e obsessões.
Nada muda na alma humana, coo um todo e o que se vê é o apogeu de uma tecnologia que disfarça de maneira caricatural nosso primitivismo e ódio, nosso egoísmo e intolerância.
A raiz do mal é a ganância, a indústria bélica, os interesses dos milionários, a inconsequência dos homens em suas mais terríveis obstinações e obsessões.
Nada muda na alma humana, coo um todo e o que se vê é o apogeu de uma tecnologia que disfarça de maneira caricatural nosso primitivismo e ódio, nosso egoísmo e intolerância.
A guerra contra o Estado Islâmico é tema controverso
exige reflexão profunda
Esta imagem na capa do jornal francês Charlie Hebdo, hein?
Que acham da seguinte manchete:
"Eles têm armas, nós temos champanhe"
Ah, meu Deus...
Passeando pelas ruas do Rio de Janeiro, hoje, bateu uma saudade superável das várias coisas que já fiz aqui. Quando me apresentei em palcos locais, palestras que proferi, curtições mil e até alguns lances meio estranhos.
O Rio é uma cidade em obras, em alguns locais parece uma cidade depois de um ataque, de uma guerra.
Desta vez estou aqui para me apresentar com o espetáculo A ÚLTIMA NOITE DE KAFKA, logo mais.
O Rio é uma cidade em obras, em alguns locais parece uma cidade depois de um ataque, de uma guerra.
Desta vez estou aqui para me apresentar com o espetáculo A ÚLTIMA NOITE DE KAFKA, logo mais.
Moisés Monteiro de Melo Neto no espetáculo
A ÚLTIMA NOITE DE KAFKA
texto Cláudio Aguiar
direção José Francisco Filho
foto: Sayonara Freire
domingo, 15 de novembro de 2015
Dramaturgia, filosofia, política... Cláudio Aguiar lança livro com suas peças teatrais: A ÚLTIMA NOITE DE KAFKA : lançamento, com representação nos dias 18 e 19 de novembro de 2015, no auditório do PEN CLUBE, Praia do Flamengo, Rio de Janeiro, às 17:30
por Moisés
Monteiro de Melo Neto*
Qual a
relação do escritor com a política, com a literatura, com o teatro? É a relação
do escritor com o mundo democrático. Não permitir o silêncio do pensamento analítico
e ao mesmo tempo atuar no mundo. Falar de políticos, por exemplo, é falar sempre
de mãos sujas? Falar de liberdade e
da quase impossibilidade de fuga em relação a isto, exceto para a alienação,
fugir às responsabilidades. Daí a necessidade do engajamento. O papel dos intelectuais, do povo, na definição de
políticas públicas. O papel do pensador democrata. O texto politizado mostrando ao
cidadão sua análise mais apurada do ser no mundo, resistindo a qualquer domínio
tirânico.
Vivemos hoje, segunda década do século XXI, um
clima muito quente de incertezas geladas pelas não-modificações necessárias que deveriam ter sido feitas há muito
tempo e nós não as fizemos de modo radical, nem de modo algum.
Fronteiras,dinheiro, sexo, afetos, evolução mental não-tecnológica etc. O que aconteceu em Paris na sesta-feira 13 de
novembro de 2015 é apenas um pedaço da ponta do iceberg descolado da calota
polar pela alta temperatura dos fatos. A crise de identidade que o Brasil
atravessa, estereotipando em vez de aprofundar estudo sobre nosso caráter de
negociação com a corrupção desde 22 de abril de 1500, em nome da permanência no
Poder.
O neocolonialismo praticado há um século por
Hollywood é só um pequeno exemplo, a indústria de armas, o domínio cibernético “inquestionável”,
o comunismo agonizante será enterrado vivo levando momentaneamente o seu
enigma.
Precisamos de textos politizados que não rompam com
questão da ética, desmascarem sempre a má-fé, nos seus conchavos egoístas sem
se preocupar com os outros.não temos o direito de despolitizar nada, nem
sempre a ironia ou o excesso de “seriedade”
, separados pelo ódio ou amor (?) são
suficientes para combater a opressão.
Nossa luta deve passar pelo prazer coletivo, pela
exposição das nossas mazelas também no texto dramatúrgico. Como o dramaturgo
Cláudio Aguiar o faz em várias das suas obras, como Suplício de Frei Caneca, A Última Noite de Kafka, e tantas outras agora lançadas neste livro
de quase mil páginas que reúne sua dramaturgia completa. Pernambuco é cenário-
Ágora em boa parte do Teatro aguiariano; sobre isto ele afirma: “os
cenários geográficos de minhas histórias, via de regra, estão ligados à região
onde nasci: o Nordeste do Brasil. Ceará e Pernambuco congregam o maior número
de personalidades e situações elegidas por mim como referências fundamentais de
meus livros. Se, por um lado, eu creia que esse requisito não seja decisivo
para a eleição de temas abordados em livros, por outro, sou de opinião que ele
não deve ser desprezado. A vivência em determinados locais parece sempre
concorrer para se compreender melhor a experiência de tipos e personagens,
embora eu entenda que tal afirmação não deva constituir regra geral. Ao
escritor cabe uma responsabilidade de pensar livremente sobre todos os aspectos
da humanidade e do próprio mundo, revisitando-os quando lhe aprouver. Da mesma
forma, o localismo e o regionalismo não podem ser tomados como uma espécie de
guarda-chuva obrigatório para abrigá-lo de chuvas ou temporais. Esse foco não
poderá, nunca, abandonar a dimensão universal, que, aliás, pode ter como ponto
de partida ou de chegada a própria aldeia.”
Produzindo um texto que é, também, ética (que deve
perpassar a política e até os afetos). Não o heideggeriano ser para a morte, angustiado,
e sim o partir para a ação, sartriano. Nem sempre o inferno são os outros. Sempre podemos mudar tudo, ou pelo menos
questionar e propor algo. Isso se liga ao caráter
trágico do não podermos fechar uma
ideia definitiva sobre nenhuma pessoa até o momento da morte dela.
Albert Camus, argelino afrancesado, e Jean-Paul
Sartre, além de outras áreas, penetraram a seara
da dramaturgia engajada com alguns textos, digamos assim, inquietantes. O
Calígula de Camus é ímpar.
Abaixo o cartaz da peça de Cláudio Aguiar:
Abaixo o cartaz da peça de Cláudio Aguiar:
Escritor tcheco, Franz Kafka, tem sua última noite dramatizada
peça é escrita em versos
por Cláudio Aguiar
finalista do Prêmio Jabuti
É inescapável: a ação vai nos definir (o não agir,
também) . Não combater a alienação é fortalecê-la! Temos que pensar a política trabalhar
novelhos meios de unir teatro, filosofia, ética, democracia, comédia, drama,
tragédia.... o que vier.
O resto é silêncio que precede tempestades...
Simone Beauvoir, Sartre e Guevara, Cuba 1960: a problemática do engajamento do escritor
Paris desgraçada: 129 mortos e um planeta em xeque!
Uma sexta-feira 13 de arrepiar fazer pensar em como reagir de modo mais eficaz a este estado de coisas, não?
Há quanto tempo o Estado islâmico vem ditando as cartas do jogo?
Formam um grupo de oposição ao capital do Ocidente, mas estas táticas estão ultrapassadas e eles deviam buscar novos métodos de protesto, é óbvio.
Novamente Paris.
Lembro uma vez, quando eu estava lá, tinha havido uma greve geral e até as lixeiras foram isoladas e /ou retiradas das ruas pela polícia.
A Revolução Francesa de 1789, foi um alerta ao mundo de que naquele lugar há um potencial de indignação incrível, daí parte da sua "luz".
Agora esta porcaria toda.
Temos que lutar contra o poder e a ganância burguesa?
Cada um que procure suas melhoras, mas pensar o coletivo me parece bem fundamental.
O jogo França contra Alemanha, o desastre no Bataclan (!), toda esta maldita confusão...
129 mortos e um planeta em xeque
"Isto é pela Síria!" (um líder do EI foi morto lá), foi o que os terroristas disseram ao matar inocentes.
Ah! Então devemos permitir que os senhores ajam impunemente?
Sei bem dos interesses do capitalismo na Síria e em outros territórios, mas o capitalismo nos dá chances democráticas (digamos assim).
Há quanto tempo o Estado islâmico vem ditando as cartas do jogo?
Formam um grupo de oposição ao capital do Ocidente, mas estas táticas estão ultrapassadas e eles deviam buscar novos métodos de protesto, é óbvio.
Novamente Paris.
Lembro uma vez, quando eu estava lá, tinha havido uma greve geral e até as lixeiras foram isoladas e /ou retiradas das ruas pela polícia.
A Revolução Francesa de 1789, foi um alerta ao mundo de que naquele lugar há um potencial de indignação incrível, daí parte da sua "luz".
Agora esta porcaria toda.
Temos que lutar contra o poder e a ganância burguesa?
Cada um que procure suas melhoras, mas pensar o coletivo me parece bem fundamental.
O jogo França contra Alemanha, o desastre no Bataclan (!), toda esta maldita confusão...
O horror...
"Isto é pela Síria!" (um líder do EI foi morto lá), foi o que os terroristas disseram ao matar inocentes.
Ah! Então devemos permitir que os senhores ajam impunemente?
Sei bem dos interesses do capitalismo na Síria e em outros territórios, mas o capitalismo nos dá chances democráticas (digamos assim).
terça-feira, 10 de novembro de 2015
domingo, 8 de novembro de 2015
Cláudio Daniel, em A escritura como tatuagem, vem com um lance meio pós-moderno tipo assim:
“o neobarroco não é uma vanguarda; não se
preocupa em ser novidade. Ele se apropria de fórmulas anteriores, remodelando-as,
como argila, para compor o seu discurso; dá um novo sentido a estruturas
consolidadas, como o soneto, a novela, o romance, perturbando-as. O ponto de
contato entre o neobarroco e a vanguarda está na busca de vastos oceanos de
linguagem pura, polifonia de vocábulos. No lugar da mímesis aristotetélica,
do registro preciso, fotográfico da paisagem exterior, esta é recriada e
retalhada como objeto de linguagem, numa reinvenção da natureza mediante o
olhar”.
Tudo se recicla... ou não?
Em entrevista recente ao Jornal do Commercio (Recife), a escritora ANA MIRANDA detonou esta:
Não gosto
desta história de fazermos as mulheres de vítimas, as mulheres sempre foram uma
grande força, sempre foram longevas, bem dotadas, perceptivas, sensitivas,
intuitivas, cruéis, magnânimas, sedutoras, uma força da natureza, claro, a
natureza precisava preservar a espécie dotando de força de sobrevivência e
resistência as que carregavam a cria no ventre e a alimentavam. E, como disse a
Virginia Woolf, as mulheres geraram e criaram toda a humanidade. Além disso, eu
custei a perceber que os homens mandavam em alguma coisa, porque nasci numa
casa repleta de mulheres, meu pai sempre fora de casa, trabalhando, quem
mandava na casa era a minha mãe, quem mandava nas escolas eram as professoras e
diretoras. E tive uma educação libertária, minhas irmãs e eu não fomos educadas
para nenhuma restrição pessoal. A voz feminina nos meus livros foi se impondo
na medida em que eu fui me aprofundando e me construindo literariamente. Porque
eu sou mulher.
Capa do novo livro da autora
Revisitando Gregório de Mattos Guerra
sábado, 7 de novembro de 2015
Loucuras em BALADAS
Jomard Muniz de Britto, jmb
Não se assustem pessoas com
a primeira palavra do texto.
Sem ofender qualquer gênero:
Um. Alguns. Nem uns. Outros.
Somos errantes do por vir.
Loucuras não pertencem aos deuses
ou nossos cotidianos demônios.
Pensemos em artes poéticas, jamais
proféticas, prolixas e promissoras.
Literatura no terra a terra
dos mais telúricos e transcendentes.
Esqueçamos adjetivos.
Porque Baby do Brasil se reinventou
na sin-cro-ni-ci-da-de
do cosmos até o caos da CAOSMOSE.
Com os pés sofrendo nas pedras.
Caminhar é nossa destiNAÇÃO entre
fluxos, perdas, ambições, delírios.
Errantes caminhantes.
Nosso POR VIR não deveria ser ainda
mais cruel em desumanização.
Todos os sons do universo.
Todos desejos polimórficos.
Toda IGNORÂNCIA autosuperável.
Se o Brasil continua sendo nosso
ABISMO por todos os focos,
onde encontraremos
“metafísicas canibais”,
“estado de poesia”, ex-tudo
na complexidade dos caminhosssssss?
O que ainda ler e compreender?
Para melhor contradizer:
- salvadores fundamentalismos?
- dialéticas da negatividade?
- teoremas sempre indagando
que horas são? seriam?
- bipolaridades entre a modernidade
e o Pós-Tudo para nada salvar em delações?
Entre a paulicéia desvairada e
as imperiosas nordestinações
nossa BALADA no presente do por vir.
Pelos IS de Marcelino Freire e Miró
A DEUS, deuses e demônios por todos.
Recife, novembro de 2015.
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