Noturno
O mar soprava sinos
os sinos secavam as flores
as flores eram cabeças de santos.
Minha memória cheia de palavras
meus
pensamentos procurando fantasmas
meus pesadelos atrasados de muitas noites.
De madrugada, meus pensamentos soltos
voaram como telegrama
e nas janelas acesas toda a noite
o retrato da morta
fez esforços desesperados para fugir.
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