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domingo, 19 de agosto de 2018

Moisés Monteiro de MELO NETO fala sobre o espetáculo infantojuvenil NOVA BRANCA DE NEVE

A concepção de José Francisco Filho em relação aos textos meus que ele já encenou me traz prazer estético. Ele é um homem que sabe o que quer e não se atrela a modismos ou falsas simplicidades à base de luzes natalinas ou pequenas travessias de barquinhos ou feiras artificiais, falsamente de raiz. O afogamento de assistente da Rainha, em , a visão performática do anão que fica ao lado da monarquia e do povo, operário sobre o muro, astucioso como um Macunaíma recifense, a interpretação bem dirigida da personagem feminina jovem atrevida sob a capa de um romantismo pós-retrô-vintage que o diretor iluminou para a interpretação de Ana Pereira, atriz tem tudo para causar na Nova Cena Teatral Recifense, tudo isso me dá prazer, ver Ricardo Vendramini, com seus olhares marcantes, sua voz metálica, suas atitudes/ gestual de nobre déspota em meio a corrupção de um reino em decadência, o jogo cênico de Flávio Freire Filho e Dênis Silva, ao lado do Mestre Buarque que (re)criou não só a personagem que fiz da Rainha Má, mas também seu figurino (Uau! Uma aula para certos neófitos que pensam que artista/ ator é só no palco; Mestre Buarque faz da vida uma extensão das suas ideias sobre o contexto sócio-hist´rico - cultural), isso me traz à voz vontade de pedir atenção à esta Montagem: José Francisco Filho, adorei! Ivonete Melo trabalhou corpo e coreografias, HC Matheus trouxe o auxílio luxuoso da sua música.
Resumindo? NOVA BRANCA DE NEVE, de forma tão orgânica que tudo se junta num jogo que une tradição e rupturas nas questões de gênero, identidade, rasurando fronteiras e mangando de quem se acha atual, simplesmente.



BUARQUE de Aquino, Ricardo Vendramini,Ana Pereira,  José Francisco Filho, Dênis Silva, Flávio Freire Filho e Moisés Neto: pré estreia de NOVA BRANCA DE NEVE

 Moisés Monteiro de Melo Neto

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