Encontro maravilhoso com gente que amo. Rose Quirino, Daniela Câmara, Telma Virgínia, Esli. Para assistir ALGUÉM PRA FUGIR COMIGO. (Moisés Neto)
ALGUÉM PRA FUGIR COMIGO? Não se trata de uma narrativa com começo, meio e fim, mas de vários fragmentos que têm como elo o olhar sobre a sociedade. É um trabalho não linear, que traz relatos de fatos verídicos e imaginários, ocorridos recentemente ou há décadas, no Brasil de hoje e na Europa do Séc. XIX, colocando no palco situações cotidianas – como a corrupção, o trabalho escravo, as vidas nas grandes cidades, a solidão, a discriminação.
“É um espetáculo sobre não ter lugar certo, sobre o massacre sofrido a cada novo dia, as injustiças, a democracia de fachada, a liberdade ferida, os séculos de escravidão perpétua. É sobre fugas e sonhos desejados. Sobre o poder de subversão do corpo, da voz, da vida que se nega a ceder aos ditames das oligarquias. Isso tudo com humor e coragem. Sem panfletos”, explica Quiercles Santana, que assina a encenação ao lado de Analice Croccia.
Histórico: A estreia no 23° Janeiro de Grandes Espetáculos, onde levou 5 prêmios APACEPE, incluindo Melhor Espetáculo de Teatro Adulto, foi o pontapé de uma longa jornada para o Alguém pra fugir comigo, do Resta 1 Coletivo de Teatro. De janeiro de 2017 até agora já foram três temporadas, participação em dois festivais internacionais, seleção para ocupação em dois teatros públicos, adaptação do espetáculo para teatro em casa, apresentação para comunidades quilombolas no agreste pernambucano e muitas trocas pelo caminho.
Nesta primeira metade de 2018, o Resta 1 tem se dedicado aos intercâmbios criativos com outros grupos, com vistas à pesquisa continuada e montagem de outros trabalhos, sempre em processo colaborativo. O primeiro deles, com o grupo português Gambuzinos com 1 pé de fora, resultou na montagem do segundo espetáculo do jovem coletivo recifense, intitulado A Mula, inspirado no Auto da Mula de Padre, texto de Hermilo Borba Filho, e também no convite para apresentar o Alguém pra fugir comigo em Portugal, no encerramento do Ao Teatro! 2018, com solicitação de sessão extra, tamanho interesse despertado. Logo no desembarque em Recife, outra troca, agora com o grupo mineiro Quatroloscinco Teatro do Comum, a convite do Festival Palco Giratório, cujo diálogo foi instigante e inspirador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário