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quarta-feira, 28 de março de 2018

ATENTADOS POÉTICOS DE JOMARD: MARIELLE FRANCO: 1979-2018


    
 por  Jomard Muniz de Britto (JMB)


Entre lutos e lutas continuamos sem saber os destinos e desatinos de nosso País. Nós ainda desejamos ser e estar  entre abismos de um território ilimitado.  Por que mataram MARIELLE FRANCO? Por quem? Para sofrermos muito mais? Todas perguntas se confundem com     nossas temeridades  de antes e agora.      É preciso e urgentíssimo tremer          absurdos incalculáveis. Ilimitados. Nenhuma gramática, nenhum dicionário, todas as enciclopédias em silêncio.             Ó poetas panorâmicos do azul-vertigem neon-barroco-em transe: BRASILÌRICO. Como interpretar e interpenetrar o cruel silêncio, barulhos e segredos de tantas vozes retóricas, devoções e picardias? Continuemos rezando e talvez rogando pelos sacrifícios da mais-valia do xangô sempre enquanto dança da vida dissonante. Nossas antropologias             se tornaram antropofágicas entre festas  e fúrias.PSOLuar para todos os abismos. Rezemos ainda, roguemos se possível    por nós cegos e desatados.                   Coautores de MARIELLE: assassinados   e famigerados. Porque o Brasil não pode   ser nosso País diante e dentro de       tamanhas AMARguras. Ó poetas anônimos da cotidianidade.                       Ó leitores tão abissais drummundanos! Tudo pelos mares, amores, esperanças    que agora se chamam              MARIELLE FRANCO.                          Salve-se quem souber perder-se             nos abismos da politicidade em transe.


Recife, março-abril, 2018.       


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