por Jomard Muniz de Britto (JMB)
Entre lutos e lutas continuamos sem saber os destinos e
desatinos de nosso País. Nós ainda desejamos ser e estar entre abismos de um território
ilimitado. Por que mataram MARIELLE
FRANCO? Por quem? Para sofrermos muito mais? Todas perguntas se confundem
com nossas temeridades de antes e agora. É preciso e urgentíssimo tremer absurdos incalculáveis. Ilimitados.
Nenhuma gramática, nenhum dicionário, todas as enciclopédias em silêncio. Ó poetas panorâmicos do
azul-vertigem neon-barroco-em transe: BRASILÌRICO. Como interpretar e
interpenetrar o cruel silêncio, barulhos e segredos de tantas vozes retóricas,
devoções e picardias? Continuemos rezando e talvez rogando pelos sacrifícios da
mais-valia do xangô sempre enquanto dança da vida dissonante. Nossas
antropologias se tornaram
antropofágicas entre festas e
fúrias.PSOLuar para todos os abismos. Rezemos ainda, roguemos se possível por nós cegos e desatados. Coautores de MARIELLE:
assassinados e famigerados. Porque o
Brasil não pode ser nosso País diante e
dentro de tamanhas AMARguras. Ó
poetas anônimos da cotidianidade. Ó leitores tão abissais
drummundanos! Tudo pelos mares, amores, esperanças que agora se chamam MARIELLE FRANCO. Salve-se quem souber
perder-se nos abismos da
politicidade em transe.
Recife, março-abril, 2018.
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