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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

SEJAMOS TODOS FOLIÕES, sem medo das propinas...


     
por  JOMARD MUNIZ DE BRITTO



Nossos carnavais não desejam curtir           a palavra que se tornou palavrão.     
Sejamos foliões apesar das três mil    sílabas: PRO PI NA.  
Esqueçamos portanto a crueldade dos profissionais da po-li-ti-ca-ria: que nos ameaça e chega a nos confundir e talvez consumir. 
Sejamos outros: entre desejos e desafios antes e depois das carnavalizações. 
A imagem de Naná Vasconcelos com seu berimbau no Marco Zero do Recife nos convida para uma saudável carnavália

Apesar de tudo. Nossas ruas esburacadas. 

Nossas avenidas precariamente iluminadas. 
Nossos políticos profissionais do sorriso: antes e depois e sempre em eleitoreiras Campanhas.                                                  
   Recife não pode ser melhor nem pior do que Paris, 
Salvadolores ou do Rio       quase sempre violentador.  
                          Sem rimas. 
Sem conformismos.             
    Sem viseiras nem vistorias.     
                     Sejamos todos foliões de olhos abertos    para o futuro do indicativo. Presenças.    
  Jamais esqueceremos o RSI de nossas          folias psicanalíticas.                                           Real/Simbólico/Imaginário.                           
  Pelo R, além do riso fácil, queremos o mais revolucionador. 
Revelando múltiplos desafios para nossas tradições machistas, masculinistas ou transgressoramente pansexuais.       
  R sem realezas. S de múltiplas saudades permanentes. 
Sal da terra, dos mares, dos afetos. 
 I do nosso imaginário que sabe dançar, brincar, brilhar por e para todos, as. 
      Sejamos novos foliões. 
Outros, as.              
Do Bloco do NADA ao  GALO das MADRUGADAS.             
              Sejamos atrevidamente foliões.


Recife, carnaval de 2018.                    





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