por JOMARD
MUNIZ DE BRITTO
Nossos carnavais não desejam
curtir a palavra que se tornou
palavrão.
Sejamos foliões apesar das
três mil sílabas: PRO PI NA.
Esqueçamos portanto a crueldade dos
profissionais da po-li-ti-ca-ria: que nos ameaça e chega a nos confundir e
talvez consumir.
Sejamos outros: entre desejos e desafios antes e depois das
carnavalizações.
A imagem de Naná Vasconcelos com seu berimbau no Marco Zero do
Recife nos convida para uma saudável carnavália.
Apesar de tudo. Nossas ruas
esburacadas.
Nossos políticos profissionais do sorriso: antes e depois e sempre em
eleitoreiras Campanhas.
Recife
não pode ser melhor nem pior do que Paris,
Salvadolores ou do Rio quase sempre violentador.
Sem rimas.
Sem
conformismos.
Sem
viseiras nem vistorias.
Sejamos todos foliões
de olhos abertos para o futuro do
indicativo. Presenças.
Jamais
esqueceremos o RSI de nossas
folias psicanalíticas.
Real/Simbólico/Imaginário.
Pelo R, além
do riso fácil, queremos o mais revolucionador.
Revelando múltiplos desafios
para nossas tradições machistas, masculinistas ou transgressoramente
pansexuais.
R sem realezas. S de
múltiplas saudades permanentes.
Sal da terra, dos mares, dos afetos.
I do nosso
imaginário que sabe dançar, brincar,
brilhar por e para todos, as.
Sejamos novos foliões.
Outros, as.
Do Bloco do NADA ao GALO das MADRUGADAS.
Sejamos
atrevidamente foliões.
Recife, carnaval de 2018.
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