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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

PAIXÃO DOS GUARARAPES 2018



Há quatro anos, Geraldo Dias, diretor e ator teatral, dirige no Pátio da Bandeira do Monte dos Guararapes, a céu aberto, a Paixão dos Guararapes. São 120 trabalhadores voluntários envolvidos, divididos entre 40 e 45 atores, e 80 figurantes que se revezam para auxiliar a produção. O evento acontece entre os dias 29 e 31 de março, a partir das 19h. A entrada é franca.
Anualmente, são três mil pessoas, por dia de apresentação, para conferir a adaptação dos últimos momentos, segundo a liturgia, de Jesus Cristo. O Monte dos Guararapes foi o local escolhido por todo contexto histórico do local e estrutural para realizar o espetáculo. “A nossa interpretação é em cima do viés revolucionário. Como ele mesmo diz, foi o Cristo que não veio trazer a paz, e, sim, a espada. Ele rompia com a sociedade da época para trazer as mensagens de amor, caridade e paz”, explica Geraldo.
A produção para o espetáculo tem início no final de novembro, quando ainda estão sendo realizadas as parcerias para apoios e patrocínios. O cenário é quase todo construído artesanalmente com materiais recicláveis. “Utilizamos isopor, saco de cimento, cola, grude, etc. Evitamos que, o que seria lixo, esteja espalhado pelas ruas para transformar em objetos cenográficos”, justifica. Os tronos, paredes, mesas, espadas e até enxertos de cena, são arquitetados. Para a montagem, são necessários 30 dias de trabalho.

História

Há cinco anos, Geraldo foi convidado para dirigir a Paixão numa cidade da Mata Norte, mas pela proximidade do evento, não achou viável. No ano seguinte, resolveu realizar no seu próprio município, mas a falta de aporte financeiro faz com que o grupo caminhe, anualmente, uma via crucis coletiva.
“A Paixão custa R$ 196 mil reais. Temos apoios institucionais que auxiliam, mas não é suficiente ainda. A Prefeitura dá todo apoio institucional de sonorização, iluminação, limpeza do terreno e segurança. Este ano fizeram uma engenharia elétrica para poder levar os olhos do público apenas aos pontos de encenação”, explica.


Parte do elenco d' A PAIXÃO DOS GUARARAPES 2018: Marcelino Dias, Moisés Monteiro de Melo Neto, Boás Ribeiro, Álvaro Heleno, Patrick Nogueira, Neemias Dinarte, João Lobo, Douglas Duan, Ana Montarroyos, Márcia Baade, Inailza Alves, Nildo Barbosa são alguns dos nomes que compõem a experiente equipe da PAIXÃO DOS GUARARAPES 2018 



Moisés Neto (Pilatos, Marcelino dias (Judas) e parte do elenco de  PAIXÃO DOS GUARARAPES 

Billé Ares interpretou, até 2017, Herodes e Moisés Monteiro de Melo Neto (Moisés Neto) PAIXÃO DOS GUARARAPES 2018


Moisés Monteiro de Melo Neto (Moisés Neto) interpreta Pilatos e Madá é Mulher de Herodes, na PAIXÃO DOS GUARARAPES 2018




PAIXÃO DOS GUARARAPES 2018




Parte do elenco masculino da PAIXÃO DOS GUARARAPES 2018



O Texto É assinado por Albemar Araújo, com direção Geral e produção de Geraldo Dias, coreografias de Valeria Ferreira. A peça será encenada ao ar livre nos dias 29, 30 e 31 de março de 2018, nos Montes Guararapes (Pátio das Bandeiras, subida do Quartel (em frente à estação do Metrô Montes dos Guararapes), às 19hentrada francaO mês de março é repleto de simbolismo, sobretudo para os cristãos. Nesse período, é celebrada a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Para dar vida a essa história secular, são realizadas encenações, chamadas de “Paixão de Cristo”, uma das mais conhecidas é a Paixão dos Guararapes. São cerca de 100 pessoas trabalhando, entre atores, figurantes e produção. Haverá nove cenários, além de show pirotécnico. Este ano houve mudanças no figurinos e nos cenários e mais uma cena foi incluída: a de João Batista. O autor do texto busca sintetizar os últimos dias de Cristo de forma dinâmica. Albemar Araújo tem experiência dramatúrgica de mais de 30 anos de alquimia cênica; o autor busca dar um lado mais humano a figuras históricas como Pôncio Pilatos, governador da província romana da Judeia do ano 26 d.C. até o ano 36 ou começo do 37 d.C.a figura de Pilatos, que conhecemos pelo evangelho, é a de uma personagem indolente, que não quer se enfrentar com a verdade e prefere contentar a multidão; Sua presença no Credo é de muita importância porque nos lembra que a fé cristã é uma religião histórica e não um programa ético ou uma filosofia. Pilatos caiu em desgraça, junto ao Imperador romano Calígula e, cometeu suicídio por volta de 37 d. C. Por outro lado, não se sabe ao certo como ocorreu sua morte porque, conforme o apócrifo do Novo Testamento “Atos de Pilatos” (conhecido como Evangelho de Nicodemos, escrito provavelmente no séc. IV) a responsabilidade sobre a condenação de Jesus recai sobre os judeus e, o papel de Pilatos é minimizado. Por causa de tal escrito, nas igrejas Ortodoxa e Ortodoxa Etíope ocorreu uma reabilitação de Pilatos, conduzida ao ponto de sua canonização, juntamente com sua esposa, Claudia Prócula; 

PAIXÃO DOS GUARARAPES 2018: Cena de Jesus Cristo diante de Pilatos



Pilatos executou grandes obras na época e teve seu nome gravado na história como pivô da trama que resultou na morte do líder do Cristianismo. Pilatos seria o único que poderia ter salvado Jesus; sua mulher Cláudia, interpretada pela atriz paranaense Márcia Baade, aderiu à causa cristã, a cena entre os dois é uma das mais inquietantes do espetáculo; é neste cenário que acontece a flagelação do Rei dos Reis. Outra cena de grande impacto é a da Bacanal de Herodes, cheia de dança e cor, com uma impressionante coreografia cheia de efeitos. A peça promete ser uma atração para toda a família e irá relembrar a trajetória de Jesus Cristo nos seus últimos dias. 

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