O Capital Inicial fez show, ontem, em Nova York. Antes de cantar Que País é Esse?, do Legião Urbana, Dinho deu seu recado sobre o governo do Brasil."O poder corrompe e o Brasil é maior e melhor que seus representantes. O que o Temer fez, foi corromper o direito à democracia. Sempre antes de cantar essa música, tenho de dedicar a alguém. Dedico então a ele", falou Dinho, citando o nome do Presidente novamente.
Pesquisar este blog
domingo, 29 de outubro de 2017
quarta-feira, 25 de outubro de 2017
Madonna ajoelha-se no Brasil, beija Caetano Velos e diz que o ama
RISOS E SISOS Madonna, que mora em Portugal, por questões de "segurança", veio para uma festa e reverenciou o baiano. enquanto o tropicalista é acusado de pedofilia por Alexandre Frota, ator de última classe, de se casar com Paula, com quem tem dois filhos, já adultos ( quando ela tinha 13 anos);
“Me sinto honrada de apresentar o Caetano. Não conversem, não comam…”, durante o casamento da modelo brasileira Michelle Alves e o empresário Guy Oseary.
“Me sinto honrada de apresentar o Caetano. Não conversem, não comam…”, durante o casamento da modelo brasileira Michelle Alves e o empresário Guy Oseary.
segunda-feira, 23 de outubro de 2017
SOBRE VEREDA DA SALVAÇÃO (PEÇA DE JORGE ANDRADE)
E
estas personagens, hein? Se o autor chega até o âmago ou desliza em viés
sociológico imantando certo realismo
problemático a ponto de descambar quase na sugestão de um enigmático
expressionismo, caberia assim ao diretor, com o seu ponto de vista,
conseguir a unidade e o equilíbrio necessários para uma encenação segura ao reproduzir o texto no palco, enfrentando o
contraste com o óbvio panfletarismo (que neste caso parece kamikasi). A fronteira do incesto, RELIGIÃO E POLÍTICA FAMÍLIA,
associações explosivas para detonar rotina e acomodação. É possível mostrar o poético,
a ansiedade de qualquer direção cênica de materializar todas as hipóteses que
poder ser sugeridas por um trabalho engajado
nessa hora tão complicada de bancadas ruralista ganhando direito ao trabalho
escravo no Brasil, em troca de votos aos corruptos que tomaram o Brasil de
assalto (!)com a febre política que deveria dominar também o teatro (que está
entorpecido por AUXÍLIOS GOVERNAMENTAIS, dos editais (amordaçadores ) da
cultura? o teatro Como secar texto e trabalhar
a veracidade humana dessa peça? nessa presença
de gente no palco.usar Stanislavski (como actor´s studio norte-americano); buscar “naturalidade” desconstruir visão
marxista ingênua com propósitos utilitaristas da arte; analisar acirramentos de
posições ideológicas da vida brasileira, agora e de então (anos 50) (como um
todo) ; traçar estratégias de autodefesa
diante de cobranças extra-artísticas, hoje e sempre; procurar expressão cênica própria
do CIT, intuir o processo; se a violência policial é pouco mostrada realmente
no palco durante a peça: isso vai ser ampliado ou o drama tem outro foco? Isso é
“ defeito”; como trabalhar aí o realismo sabendo que o palco é tudo(?) (im)pura
convenção, como “representar” o que a realidade inspirou? Incitar os
intérpretes a um verismo absoluto, na
criação de uma atmosfera tensa entre
palco e plateia ? ameaçar a plateia tendo em vista a situação de pré-fundamentalismo
e retrocesso mental que se espalha pelo Brasil/ Mundo? Erguer-se contra as
misérias do cotidiano? E esse massacre pela polícia de um grupo de
trabalhadores rurais; comemoração da
Semana Santa, conduzido pelo líder messiânico (Joaquim)... (?)
Cabe
Jerzy Grotovski, Peter Brook, Artaud, no meio de alegorias entrançadas e
destroçadas nas mãos de um dramaturgo que via o GRITO munchiano de forma tão
corrosiva? Podemos falar assim para representar Dolor?
As regiões da memória do paulista Jorge Andrade , ao
enfocar rastros da nossa cultura do meio rural traz dos grotões da terra uma
força descomunal e ao mesmo tempo fraca em suas restrições fanáticas,
mergulha-as em estranho primitivismo que as universaliza sem cristalizá-las,
mantendo-as em fricção de terror e êxtase (como na Santa Tereza de Bernini); estudar suas profundas observações nos faz
lembrar a maior parte de suas criações, inclusive
quando o foco é gente de dinheiro, em ruína
(ou não) como em A moratória
(que aborda a ruína de uma família proprietária de cafezais no interior do
estado de São Paulo, em decorrência da crise financeira e da produção cafeeira,
por volta dos anos de trânsito da década de 1920 para a 1930)
(Manoel),
(Artuliana), (Ana),(Geraldo), (Onofre), (Durvalina), (Conceição), (Germana), (Pedro),
(Daluz): um xadrez que vai se resolvendo dramaturgicamente...
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
UM MINUTO PARA DIZER QUE TE AMO: Peça sobre o Mal de Alzheimer estreia em Recife. Dirigida por Rudimar Constâncio, com texto de Luiz Navarro e dramaturgismo de Moisés Monteiro de Melo Neto, a peça é produzida por Matraca Grupo de Teatro
Abordando de forma poética e contemporânea o Mal de Alzheimer, com um enredo que coloca em cena um homem velho com o seu filho e uma mulher e sua cuidadora, separados pela doença, o espetáculo “Um minuto pra dizer que te amo” estreia nesta quarta-feira (18) no palco do Teatro Marco Camarotti, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. Dirigido por Rudimar Constâncio, a montagem, mais uma produzida pela Matraca Grupo de Teatro, do Sesc Piedade, ficará em cartaz até o dia 21 deste mês, sempre às 19h30. Os ingressos custam R$ 15 (comerciário, dependente e meia) e R$ 30 (público em geral).
Amor, amizade, dedicação e companheirismo são alguns dos sentimentos que permeiam o universo de duas mulheres: a mãe de Lúcio e Amélia, uma cuidadora contratada, que, por meio da música, criou pontes capazes de trazer de volta as lembranças da mãe de Lúcio. Ao mesmo tempo, acontece o encontro de pai e filho, no mesmo espírito de amor e respeito. As cenas se consolidam em uma trajetória de vida, memória, narrativa e morte.
“Os personagens embarcam numa aventura lúdica em busca das melhores lembranças e se deparam com conflitos e com a certeza de que só um amor incondicional é capaz de transformar todas as adversidades que a doença lhes impõe. Na peça, destacamos a poeticidade da vida e de sentimentos comuns aos seres humanos, independente de possuir ou não o Mal de Alzheimer”, explica o diretor Rudimar Constâncio.
A montagem foi produzida em um processo colaborativo com o método Viewpoints, envolvendo seis pessoas com diferentes pontos de vista sobre a peça. O trabalho resultou na escolha de 12 cenas. O texto é de Luiz de Lima NAvarro, em criação colaborativa com os atores e ainda as inserções e debates com o dramaturgo Moisés Neto.
“Trouxemos para o palco não somente a abordagem sobre a doença, mas uma discussão conceitual em relação à memória e à narração, em seus vários aspectos, o que foi essencial para a formação desse espetáculo”, afirma Constâncio. Os atores vêm se dedicando há 10 meses ao processo de criação de seus personagens e cenas. O elenco é composto por Carlos Lira, Célia Regina, Vanise Souza, Edes di Oliveira, Douglas Duan e Lucas Ferr. O grupo presta homenagem aos 40 anos de carreira do ator Carlos Lira (foto).
Serviço:
Espetáculo “Um minuto pra dizer que te amo”
Data: 18 a 21 de outubro
Horário: 19h30
Local: Teatro Marco Camarotti, Sesc Santo Amaro, Rua 13 de maio, nº 455.
Ingressos: R$ 15 (comerciário, dependente e meia) e R$ 30 (público em geral)
Informações: (81) 3216.1616
“Trouxemos para o palco não somente a abordagem sobre a doença, mas uma discussão conceitual em relação à memória e à narração, em seus vários aspectos, o que foi essencial para a formação desse espetáculo”, afirma Constâncio. Os atores vêm se dedicando há 10 meses ao processo de criação de seus personagens e cenas. O elenco é composto por Carlos Lira, Célia Regina, Vanise Souza, Edes di Oliveira, Douglas Duan e Lucas Ferr.
o
Amor, amizade, dedicação e companheirismo são alguns dos sentimentos que permeiam o universo de duas mulheres: a mãe de Lúcio e Amélia, uma cuidadora contratada, que, por meio da música, criou pontes capazes de trazer de volta as lembranças da mãe de Lúcio. Ao mesmo tempo, acontece o encontro de pai e filho, no mesmo espírito de amor e respeito. As cenas se consolidam em uma trajetória de vida, memória, narrativa e morte.
Moisés Monteiro de Melo Neto, Luiz Navarro, Rudimar Constâncio, Samuel Lira, artistas e técnica no ensaio geral da peça UM MINUTO PARA DIZER QUE TE AMO: A linguagem fica entre o expressionismo alemão e o surrealimo. E isto pode ser percebido na movimentação corporal, nos pigmentos do cenário
Rudimar destaca o texto desta estreia, de autoria do pernambucano radicado em Goiás, Luiz de Lima Navarro, em criação colaborativa com os atores, além de discussões com o dramaturgo Moisés Monteiro de Melo Neto - que escreveu intertextos e mais dois personagens, o pianista e o espectro; a peça busca traçar um panorama poético e atual sobre o Mal de Alzheimer - uma doença que está ligada a outros temas, como vida, morte, narrativa e memória
"A linguagem fica entre o expressionismo alemão e o surrealismo. E isto pode ser percebido na movimentação corporal, nos pigmentos do cenário", ressalta Rudimar Constâncio.
Dirigida por Rudimar Constâncio, com texto de Luiz Navarro e dramaturgismo de Moisés Monteiro de Melo Neto, a montagem é produzida por Matraca Grupo de Teatro.
“Os personagens embarcam numa aventura lúdica em busca das melhores lembranças e se deparam com conflitos e com a certeza de que só um amor incondicional é capaz de transformar todas as adversidades que a doença lhes impõe. Na peça, destacamos a poeticidade da vida e de sentimentos comuns aos seres humanos, independente de possuir ou não o Mal de Alzheimer”, explica o diretor Rudimar Constâncio.
A montagem foi produzida em um processo colaborativo com o método Viewpoints, envolvendo seis pessoas com diferentes pontos de vista sobre a peça. O trabalho resultou na escolha de 12 cenas. São elas: “O silêncio de Deus ou fim que vira começo”, “À espera da barca…”, “Maria Guida, hoje e amanhã”, “O menino”, “A elevação do Alzheimer”, “Reminiscência”, “Morrendo a cada segundo, ou o voo dos vaga-lumes”, “Delírio e morte”, “A barca da vida”, “Delírio e mentira”, “Das estrelas ou preciso de um céu”
Serviço:
Espetáculo “Um minuto pra dizer que te amo”
Data: 18 a 21 de outubro
Horário: 19h30
Local: Teatro Marco Camarotti, Sesc Santo Amaro – Rua Treze de Maio, nº 455
Ingressos: R$ 15 (comerciário, dependente e meia) e R$ 30 (público em geral)
Informações: (81) 3216.1616
DEPOIMENTOS:
Alessandra Nilo: coração? "Um Minuto para dizer que te amo" e eu chorando uma hora e vinte, do início ao fim, me dando conta de que mesmo com uma vida tão intensa, talvez eu também morra sem memórias. Porque pode acontecer com qualquer um, comigo inclusive. E se eu esquecer tudo? E se eu perder minha história? E se eu ficar vazia e deixar de fazer sentido para mim mesma? E se eu revelar meus segredos, em meio aos delírios? Que medo. Só quem vive isso sabe. Eu não sei. E quem adivinha o futuro, afinal? Só sei que saí do Teatro mais disposta a declarar amores, a chutar o pau da barraca, a fazer as pazes, a abraçar mais forte, a mergulhar mais fundo. E decidi escrever um diário, para tornar alguns momentos de fato inesquecíveis. Comecei ontem mesmo, antes que esquecesse tudo isso e a vida voltasse ao normal. A arte nos faz refletir tanto... Grata
DEPOIMENTOS:
Alessandra Nilo: coração? "Um Minuto para dizer que te amo" e eu chorando uma hora e vinte, do início ao fim, me dando conta de que mesmo com uma vida tão intensa, talvez eu também morra sem memórias. Porque pode acontecer com qualquer um, comigo inclusive. E se eu esquecer tudo? E se eu perder minha história? E se eu ficar vazia e deixar de fazer sentido para mim mesma? E se eu revelar meus segredos, em meio aos delírios? Que medo. Só quem vive isso sabe. Eu não sei. E quem adivinha o futuro, afinal? Só sei que saí do Teatro mais disposta a declarar amores, a chutar o pau da barraca, a fazer as pazes, a abraçar mais forte, a mergulhar mais fundo. E decidi escrever um diário, para tornar alguns momentos de fato inesquecíveis. Comecei ontem mesmo, antes que esquecesse tudo isso e a vida voltasse ao normal. A arte nos faz refletir tanto... Grata
Jomeri Pontes: Para o artista, teatro é pesquisa, estudo, esforço, concentração, dedicação, seriedade, comprometimento, assiduidade, pontualidade, abdicação, criatividade, inovação, união, brodagem, preparação, dureza, ralação, acima de tudo profissionalismo. Quem acha que dar pintas - seja lá em que sentido for - é fazer teatro, pegou o ônibus errado. Um exemplo de bom teatro, o teatro bem feito, sério, bem dirigido, bem encaixado, assentado nos pilares do teatro-pesquisa de extremo profissionalismo e bom gosto, pode ser conferido, neste momento, no Recife, com a peça "Um minuto pra dizer que te amo". A montagem em cima do excelente texto de Luiz de Lima Navarro, que retrata com maestria, muita poesia e amor as agruras e o desespero de quem sofre com alzheimer, tem um belíssimo trabalho de dramaturgia de Moises Neto, direção magistral de Rudimar Constâncio e um elenco competentìssimo em cena, encabeçado por ninguém menos queCarlos Lira, em mais uma de suas inesquecíveis atuações. Dão cores ao excelente espetáculo, ainda, as atrizes Célia Regina Siqueira (uma monstra em cena) e Vanise Souza, e os atores Edes di Oliveira, Douglas Duan e Lucas Ferr (prestem atenção neste rapaz, dono de um talento impressionante). A música do espetáculo é ao vivo, muito bem executada e cantada por todos os atores. O cenário é um charme à parte, que se descortina, literalmente, para a plateia. Esta, extasiada, aplaude efusivamente de pé ao final porque feliz com o que acaba de ver. Como é bom sair do teatro satisfeito, com a sensação de que valeu a pena ir assistir a um espetáculo. E é assim com "Um minuto para dizer que te amo". Todos de parabéns! Recomendo!
Breno Fittipaldi "Um Minuto Pra Dizer Que Te Amo", sensível trabalho que precisa ser visto. Elenco de amigos queridos com interpretações que arrebatam. Recomendo demais. Viva o amor. Mil beijos doces
segunda-feira, 16 de outubro de 2017
MANIFESTO DA POESIA ILUSIONISTA DO RECIFE
Queremos
uma ação poética de consumo; não escreveremos mais sobre temas e sim sobre fatos (externos ou emocionais), exploraremos
significados e contradições possíveis e atuantes observando elementos que
confiram a suas realidades e,
claro, existência(s);
Depois
de ter o vocabulário (da área, não o do
autor), partiremos para a sintaxe de manipulação (do vocabulário) numa pragmática que parta do vocabulário até
o (pré) texto;
Incentivaremos
o leitor a praticar tal processo;
Nosso poema será
autocentrado, mas submetido à realidade social, sem perder a subjetividade lírica!?
Daremos
vez também ao poema autobiográfico,
mesmo anárquico, afinal desejo e memória terão, em nossa poesia, um viés de experimentalismo que envolva o caráter
público-político, tal autocentramento (auto-espelhamento?) exporá
o objeto poético à verdade (pós-kantianamente falando: o que é o Real? Translacanianamente o que é o simbólico
e enfim: o imaginário?) do grupo e, claro do sujeito poético (kkkkkkkkkk);
Propomos
a fragmentação do discurso, o fluxo de consciência, a intertextualidade
intensa!
Somos o
cotidiano, a auto-ironia, o existencial, o social e (oh!) o...político!
Nossas
obras são (im)puras fragmentação e deglutição;
Queremos
justapor imagens em enunciação meio caótica, louvando e destruindo a
rebeldia através da intervenção na problemática do cotidiano;
Queremos
mais vida, corpo, cultura em sentido bem mais amplo, louvando e destruindo,
simultaneamente, a indústria cultural!
Queremos
refletir o jogo do século XXI, seu atrito, tensão (não apenas na linguagem
poética, mas no nosso visual , nossos corpos, sexos, jeito de comer e falar,
sempre!
Guerrilha,
de novo! Pela gozo do CIBERDESEJO, já!
Sim à
linguagem fragmentada das cibernéticas passeatas/ cruzadas, com suas POSTAGENS
-relâmpago, em CIBERRETÓRICA descentralizadora;
Propomos
a revolução do conhecimento, a dissolução regenerativa de qualquer possível
consciência política!
Queremos
uma revolução não só formal, mas o estilhaçar da própria gênese de todos os fenômenos;
retrabalharemos signos, metáforas, símbolos; queremos o poeta como imperador e
escravo colonial, no CIBERCOLISEU, espaço poético virtual em que a vida possa
se cumprir SATILIRICAMENTE;
Tela-praça,
portátil/fixa, doa em quem doer (é bom que seja no outro, não em você!);
Luta e
fúria: viver é guerra!
Viva o poemas
esgrimista! Touché!
Propomos
INTERSECCIONADAS coexistências, isto é:
o CRUZAMENTO: tempo VERSUS poesia:
presença versus eterna ausência antifreudiana materna da pátria ou do ser que
pariu o poeta e/ou o leitor.
Urgência
no COLAR dos fragmentos da INESPERADAMENTE NUA unidade!
Que o
corte recupere sua autonomia: Poesia–cirurgia!
Pela invencionice destabocando o papai e mamãe
pós-marxista!
Contra o
tratamento da elegância e delicadeza,
sim à exploração da eterna e trágica solidão do homulher luciferinos,
pré-edênicos nesta vida tão cheia de... palavras, olhares de cobiça!
Pelo
desnudamento total da verdade, pois a mentira triunfou até agora de qualquer
modo através da linguagem áspera dos tribunais populares e eruditos!
Se você
disser que é mentira será mentira sua...
Malvados,
tremei! KKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Recife, dezembro de 2012
Moisés Monteiro de Melo Neto
sábado, 14 de outubro de 2017
O Manifesto Regionalista faz 90 anos. Ainda fez sentido?
Olhando para esta foto de Ariano e Chico fiquei aqui pensando:
Num mundo cada vez mais misturado e embalado em redes, vale a pena falar de Nordeste independente? Pãos ou pães: questão de opiniães, diz o peculiar Guimarães (regionalista universalizante e cheio de além) Rosa. Ah! Saudade do Futuro, eu juro. Vamos rasurar fronteiras ou deixo logo de besteira? Não fique magoado, vou falar do passado. Em 2016, o Manifesto Regionalista do Recife completou 90 anos. Este Movimento, nas palavras de Mauro Mota: teve e tem uma filosofia, tais as vigências dos seus métodos a de suas diretrizes.
Por mais que, sob o domínio de facciosismos interestaduais, alguns historiadores sociais ou literários o excluam ou reduzam em comentários e até citações, o "Movimento Regionalista de 1926" no Recife, comandado pelos estudos de Gilberto Freyre (que a esquerda ainda não perdoa e nós arregalamos também os olhos para o que ele fez no período 1964-79) e por Gilberto Freyre em pessoa, significou o início de uma fase nova na cultura brasileira, aí tida, não em termos de localização geográfica ou cronológica, mas em termos do espírito mais autenticamente brasileiro, que ganharia espaço, tempo e seguidores nas diversas regiões brasileiras, sem perda das características de cada uma.
Em nota de 1952, o autor do "Manifesto do Movimento de 1926" define o Regionalismo, como criação pura no que assumiu de complexo em suas combinações novas de idéias porventura velhas, sistematização brasileira, realizada por um grupo de homens do Recife, não só de novos critérios regionais de vida, de estudo e de arte como de vagas e dispersas tendências para-regionalistas já antigas no Brasil, mas quase sempre absorvidas pelo caipirismo ou deformadas em aventuras de pitorescos ou cor local, está, de modo geral, para a cultura brasileira, que libertou dos excessos de centralização, como o Federalismo está, em particular, para a vida política do país, descentralizada, embora sob alguns aspectos erradamente descentralizada pelo ideal da República. Essa definição corresponde a uma realidade, a que o Movimento deu corpo, vida, expressão e expansão. A esta altura, além de estudá-lo nas origens, seria de mais interesse estudá-la nas conseqüências, através do levantamento de território e implicações. Um dos mais importantes domínios é o domínio sobre o tempo. Enquanto nem se fala mais em outras tentativas renovadoras ou assim apresentadas, vale perguntar: a chama de 26 continua acesa diante das novas gerações?
Ariano Suassuna encontra Chico Science no Recife
Num mundo cada vez mais misturado e embalado em redes, vale a pena falar de Nordeste independente? Pãos ou pães: questão de opiniães, diz o peculiar Guimarães (regionalista universalizante e cheio de além) Rosa. Ah! Saudade do Futuro, eu juro. Vamos rasurar fronteiras ou deixo logo de besteira? Não fique magoado, vou falar do passado. Em 2016, o Manifesto Regionalista do Recife completou 90 anos. Este Movimento, nas palavras de Mauro Mota: teve e tem uma filosofia, tais as vigências dos seus métodos a de suas diretrizes.
Por mais que, sob o domínio de facciosismos interestaduais, alguns historiadores sociais ou literários o excluam ou reduzam em comentários e até citações, o "Movimento Regionalista de 1926" no Recife, comandado pelos estudos de Gilberto Freyre (que a esquerda ainda não perdoa e nós arregalamos também os olhos para o que ele fez no período 1964-79) e por Gilberto Freyre em pessoa, significou o início de uma fase nova na cultura brasileira, aí tida, não em termos de localização geográfica ou cronológica, mas em termos do espírito mais autenticamente brasileiro, que ganharia espaço, tempo e seguidores nas diversas regiões brasileiras, sem perda das características de cada uma.
Em nota de 1952, o autor do "Manifesto do Movimento de 1926" define o Regionalismo, como criação pura no que assumiu de complexo em suas combinações novas de idéias porventura velhas, sistematização brasileira, realizada por um grupo de homens do Recife, não só de novos critérios regionais de vida, de estudo e de arte como de vagas e dispersas tendências para-regionalistas já antigas no Brasil, mas quase sempre absorvidas pelo caipirismo ou deformadas em aventuras de pitorescos ou cor local, está, de modo geral, para a cultura brasileira, que libertou dos excessos de centralização, como o Federalismo está, em particular, para a vida política do país, descentralizada, embora sob alguns aspectos erradamente descentralizada pelo ideal da República. Essa definição corresponde a uma realidade, a que o Movimento deu corpo, vida, expressão e expansão. A esta altura, além de estudá-lo nas origens, seria de mais interesse estudá-la nas conseqüências, através do levantamento de território e implicações. Um dos mais importantes domínios é o domínio sobre o tempo. Enquanto nem se fala mais em outras tentativas renovadoras ou assim apresentadas, vale perguntar: a chama de 26 continua acesa diante das novas gerações?
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
Professor Moisés Neto visitou a PEDRA DO REINO
A
pedra do Reino e o massacre Sebastianista No Sertão de Pernambuco encontramos a
cidade de São José do Belmonte (a 473 Km de Recife, acesso pela BR-232) que tem
como principal atrativo a Pedra do Reino, formação rochosa de granito no
formato de duas torres, sendo que uma possuí certa de 30 e a outra 33 metros de
altura. A região onde se localiza e curiosa Pedra do Reino seria palco de um
dos eventos mais controversos da história brasileira. Pedra do Reino, palco da
matança ocorrida entre os dias 14 e 17 de maio de 1838, começa pelo menos 270
anos antes, em Portugal, quando D. Sebastião é declarado rei aos 14 anos, em
1568.O espírito aventureiro, explosivo, religioso e também belicoso do rei, o
faz cometer inúmeros atos questionáveis. O maior, no entanto, é aquele em que
perde a vida, lutando contra os mouros na Batalha de Alcácer-Quibir, na África.
D. Sebastião num acontecimento simbólico: um dia ele voltaria para libertar e
trazer de volta a felicidade ao seu povo; o messianismo político-religioso de
Portugal do século XVI ressurge deturpado e violento no interior de Pernambuco,
três séculos depois.Em nome de Dom Sebastião, auto-proclamados profetas
formaram comunidades que aguardavam a sua ressurreição. Os adeptos a este
movimento esperavam a ressurreição do santo sob a crença de que os males seriam
convertidos em alegrias, o mal se tornaria bom, o velho se tornaria jovem, e
assim por diante; na Serra Formosa, em São José do Belmonte os sebastianistas
da Serra Formosa fundaram uma espécie de reino, que os dava direito a uma coroa
feita de cipós.Também manipulavam uma bebida à base de ópio e jurema. O
primeiro rei foi João Antônio. Ele dizia que o rei havia lhe aparecido para
mostrar-lhe um tesouro.Bem a direita dessa imagem é possível avistar a formação
rochosa
João Antônio portava um folheto de Cordel e duas pedras preciosas , dizendo tê-las encontrado na Lagoa Encantada, situada na área da Pedra Bonita, o folheto funcionava como uma bíblia sebastianista e as pedras, eram usadas para atrair a atenção da população. Através disso João consegue casar-se com Maria, moça que lhe foi negada por seus pais anteriormente e consegue angariar dinheiro e demais riquezas, prometendo que estas seriam pagas quando o reino desencantasse após a vinda de D.SEBASTIÃO Nas suas pregações, era auxiliado por todos os membros de sua família e outros adeptos, que percorriam as áreas circunvizinhas da região. Instalava-se assim, o Primeiro Reinado da Pedra Bonita, reinado este que foi marcado por pregações fanáticas e idéias socialistas. O sofrimento desses visionários e o ódio contra o poder e a propriedade. Desencadeando a rivalidade com os proprietários locais que através do Padre Francisco Correia de Albuquerque conseguiu dissuadir o Rei João Antônio, a abandonar a região e fugir para o Ceará. Com a fuga de João Antônio seu o cunhado, João Ferreira, acabou assumindo seu lugar e tornando-se um "rei" louco, cruel e sanguinário.Vivendo nos moldes de um reinado, João Ferreira fazia pregações e mantinha o controle de todos os hábitos e atos dos seus seguidores, impondo as regras em nome de D. Sebastião. Nas suas pregações o número de seguidores aumentava, fazendo com que a comunidade-seita chegasse a contar com 300 membros, entre homens, mulheres e crianças. A comunidade mantinha alguns hábitos e normas peculiares. Os homens podiam casar-se com várias mulheres, a higiene pessoal não era permitida, nem a lavagem de roupa e o trabalho não era necessário; também comiam pouco, bebiam em abundância, rezavam e dançavam esperando o grande acontecimento: a vinda de D. Sebastião.João Ferreira fez as pessoas crerem que Dom Sebastião estaria "encantado" na Pedra e só retornaria, realizando todas as promessas feitas àquele povo, quando o lugar fosse lavado com sangue.No dia 14 de maio de 1838, após embriagar a muitos membros da comunidade, o "rei" comunica a todos que D. Sebastião estava em profundo desgosto para com eles, pois eram homens incrédulos, fracos e falsos e não tinham coragem de regar o campo encantado, nem de lavar as duas torres da catedral do reino, com o sangue necessário para quebrar o encantamento e dar a todos uma oportunidade de vida melhor.
João Antônio portava um folheto de Cordel e duas pedras preciosas , dizendo tê-las encontrado na Lagoa Encantada, situada na área da Pedra Bonita, o folheto funcionava como uma bíblia sebastianista e as pedras, eram usadas para atrair a atenção da população. Através disso João consegue casar-se com Maria, moça que lhe foi negada por seus pais anteriormente e consegue angariar dinheiro e demais riquezas, prometendo que estas seriam pagas quando o reino desencantasse após a vinda de D.SEBASTIÃO Nas suas pregações, era auxiliado por todos os membros de sua família e outros adeptos, que percorriam as áreas circunvizinhas da região. Instalava-se assim, o Primeiro Reinado da Pedra Bonita, reinado este que foi marcado por pregações fanáticas e idéias socialistas. O sofrimento desses visionários e o ódio contra o poder e a propriedade. Desencadeando a rivalidade com os proprietários locais que através do Padre Francisco Correia de Albuquerque conseguiu dissuadir o Rei João Antônio, a abandonar a região e fugir para o Ceará. Com a fuga de João Antônio seu o cunhado, João Ferreira, acabou assumindo seu lugar e tornando-se um "rei" louco, cruel e sanguinário.Vivendo nos moldes de um reinado, João Ferreira fazia pregações e mantinha o controle de todos os hábitos e atos dos seus seguidores, impondo as regras em nome de D. Sebastião. Nas suas pregações o número de seguidores aumentava, fazendo com que a comunidade-seita chegasse a contar com 300 membros, entre homens, mulheres e crianças. A comunidade mantinha alguns hábitos e normas peculiares. Os homens podiam casar-se com várias mulheres, a higiene pessoal não era permitida, nem a lavagem de roupa e o trabalho não era necessário; também comiam pouco, bebiam em abundância, rezavam e dançavam esperando o grande acontecimento: a vinda de D. Sebastião.João Ferreira fez as pessoas crerem que Dom Sebastião estaria "encantado" na Pedra e só retornaria, realizando todas as promessas feitas àquele povo, quando o lugar fosse lavado com sangue.No dia 14 de maio de 1838, após embriagar a muitos membros da comunidade, o "rei" comunica a todos que D. Sebastião estava em profundo desgosto para com eles, pois eram homens incrédulos, fracos e falsos e não tinham coragem de regar o campo encantado, nem de lavar as duas torres da catedral do reino, com o sangue necessário para quebrar o encantamento e dar a todos uma oportunidade de vida melhor.
São muitos os relatos de mortes voluntárias (com pessoas se jogando do alto da Pedra) e involuntárias (a maioria era decapitada, incluindo crianças) ocorridas entre os dias 14 e 17 de maio.Cinquenta e três pessoas foram sacrificadas nos três dias da matança, incluindo a mulher do "rei", a rainha Izabel.Tal ato despertou a ira do cunhado, Pedro Antônio, que mesmo de longe conseguiu falar com os discípulos, dizendo-lhes que Dom Sebastião precisava também do sangue do próprio rei, João Ferreira. Conta-se, que esse teria morrido com requintes de crueldade.O major Manoel Pereira da Silva, outro conhecido personagem da história, soube do ocorrido e foi com suas tropas conter a verdadeira chacina provocada pelos reis da Pedra Bonita (que Ariano Suassuna, em seu romance, chamou de Pedra do Reino).
domingo, 8 de outubro de 2017
Disco novo dos Rolling Stones, em dezembro de 2017 (anos 60, de volta ao futuro)
Ano passado assisti ao show dos Rolling Stones
no Maracanã (Turnê OLÉ!): UM DOS MELHORES DA MINHA VIDA. Uau! E agora vejo que
a banda inglesa mais que cinquentenária (!) vai lançar novo álbum: "On
Air" (anunciado nesta sexta-feira, 06).
Capa do CD ON AIR, dos Stones, traz músicas gravadas em 1960 que foram restauradas especialmente para este projeto.
Moisés Neto, Sabrina Serpa e Fernando Cordeiro no show dos Stones, RIO 2017
Está chegando o novo CD dos Rolling Stones!
Vai ser em dezembro, no dia primeiro, e será em vários
formatos, inclusive, uma versão especial em vinil. Nas redes sociais, junto com
um vídeo promocional, a banda crava que o disco: "Oferece uma visão única sobre os dias
de formação da banda. Este é o Stones de onde tudo começou, tocando a música
que eles amavam muito: Blues, R&B e até mesmo o country. Cada faixa foi
restaurada pela Audio Source Separation e vocês poderão perceber a
impressionante diferença que isso fez em cada uma delas".
segunda-feira, 2 de outubro de 2017
Tiros na plateia de um festival de música no hotel Mandalay Bay, Estados Unidos
Triste pelas 50 pessoas que morreram e pelas outras 200 que ficaram feridas no tiroteio durante um show em Las Vegas.
ONDE TODO TEMPO por JMB
É mínimo mas pode ser múltiplo em todo e
qualquer lugar. Onde Sonia
esteja nos liberando. Poemas
autografados
na floresta dos signos e avenidas
com sinais fechados para
travessias.
Sem acadêmicas prosopopeias.
Desde sempre Sonia devassando enigmas
cotidianos que nos
arrebatam sem atormentar. A releitura em pesquisa de outros PROVENÇAIS do tempo além e aquém de outras idades e
perversidades (relidas no livro de Dione Barreto) ouvindo LIGNINA pela Banda do SERTA: Serviço de Tecnologia
Alternativa. De Pedro Celso e
Arion Santos arriscando-se para nos co-mover entre mares, rios, janeiros e
outubros. Onde todo tempo nos alimenta e talvez de-sen-vol-va sem medo das temeridades. Quem poderia esquecer do livro DO AMOR E SUAS PERVERSIDADES? Quem sabe da PROVANZA para dançar? Permitir novos
aromas reinventando palavras com Z. Ouvir
os outros por inteiro. Vivenciando outra Itália com sabores e saberes. Sem
dissabores.
Antes e depois do agora e do amanhã. No lugar da imaginação ZERANDO o
medo. Antecipando emoções e compromissos além de nós mesmos e outros desejos.
Recife/outubro/2017
Assinar:
Postagens (Atom)