Difícil fazer uma
crítica a um filme de, mas Magic in the moonlight que muito diz da produção
deste judeu norte-americano. Woody
Allen. Os personagens fazem piada com a frase de Nietzsche: “Deus está morto” (Mr.
Nietzsche já esclareceu), ou soltam (sobre os mistérios do universo pérolas
como essa “ o peixinho dourado não sabe quem troca a água do aquário...”).
A vidente é uma
farsa? O mágico gosta dos truques dela? Vale a prece interrompida de um ateu?
Novamente o autor/
diretor nos leva à década de 20 (28), dessa vez na Europa, França, Alemanha...
ao som de um delicioso jazz.
Colin Firth (o
mágico) exagera no tom dramático e quase entorna o caldo, a atriz que
interpreta a vidente também não está cheirando nem fedendo no papel da mocinha
(no limite de idade para o casting) que confunde o título de uma peça de
Shakespeare com uma frase de Dickens. Sim, são burgueses e agregados juntos,
como Allen gosta, é materialismo mesclado a crítica social humorada e
sarcástica. Os letreiros iniciais e finais em preto e branco ao som do jazz
fazem-nos pensar que algo é imutável nesse mundo caótico digital de hoje. A obra
em si é mais um abraço de Woody que nos coloca em seu delicioso caramanchão
capitalista, de modo envolvente, reconfortante e com uma ponta de inquietação
neurótica, sempre. E daí?
As falhas na
encenação, direção de arte fraca, os buracos no roteiro, a fotografia com gosto
de quero mais, nada tira o prazer de encontrar com esse mestre uma vez por ano
através desses seus filmes!
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