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sábado, 16 de abril de 2022

CLARANÃ: O Teatro no Recife mostra sua força na Pesquisa e engajamento

 

                                                                             Prof. Dr. Moisés Monteiro de Melo Neto                                  (Universidade de Pernambuco, Universidade Estadual de Alagoas, ProfLetras Garanhuns, NEAB, Núcleo de Estudos sobre África e Brasil, Projeto TUPI de Extensão/, NEPEF Núcleo de Estudos Políticos, Estratégicos e Filosóficos)

 

   Da obra de Cida Pedrosa assisti, nesta sexta-feira da Paixão, um espetáculo teatral baseado em Claranã, encenado pelo grupo O poste Soluções Luminosas, dirigido pela caríssima Naná Sodré, uma carioca que mora no Recife há 26 anos, esposa do diretor Samuel Santos, pessoa cujo trabalho eu aprecio muito. Lançado em 2015, Claranã é uma obra toda metrificada, que bebe no canto lírico e na literatura de cordel, cujo nome evoca uma pedreira envolta em atmosfera mística, à sombra da Chapada do Araripe, que tanto povoou a imaginação de Cida Pedrosa durante sua juventude em Bodocó (da casa dela ela via o mencionado rochedo). 

   O grupo segue a linha da ANTROPOLOGIA TEATRAL (voz criativa- equivalência vocal focada nas potencialidades vocais de cada ator- pesquisador explorando diversidades culturais na criação de uma partitura vocal criativa. A interpretação segue as técnicas de Eugenio Barba e Jerzy Grotowski, estimulando assim a atriz no seu processo a pensar a interpretação através do corpo: energia, irradiação, contração, dilatação, oposições, ações e partituras físicas, estado de prontidão, transformação do corpo cotidiano em extra cotidiano, autonomia e dramaturgia criativa da atriz serão trabalhados dentro dos princípios de teatro físico e antropológico). 



Lázaro Ramos é um dos admiradores do trabalho do POSTE




   No elenco e trilha sonora está Luana Santos, filha de Samuel e Naná, uma estrela desde criança; com seu cello e apurada percussão e efeitos, a jovem deu um show de talento e simpatia. 


Agrinez Melo, Naná Sodré, João Augusto Lira, Luana Santos, Moisés Monteiro de Melo Neto e Kadydja Erlen (foto: Roger Bravo)



   Ao meu lado, na plateia estavam os atores Roger Bravo (que interpretou o meu Rimbaud no teatro) e João Augusto Lira. Essencial a fala de AGRINEZ MELO, atriz, educadora e pesquisadora do grupo O Poste, no debate após o espetáculo, sobre o olhara afropindorâmico.  O Poste dentro da sua pesquisa O CORPO ANCESTRAL DENTRO DA CENA CONTEMPORÂNEA cuja pesquisa se deu no terreiro de Matriz Africana baseado nos movimentos  dos  orixás . Muito bom o trabalho de Kadydja Erlen.


A atriz Kadydja Erlen, em cena do espetáculo





 

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