Pesquisar este blog

domingo, 19 de julho de 2020

Dom Casmurro e as novas leituras do livro






É um livro com provas e anti provas do adultério, contado e prestado pelo próprio Bentinho. Há de ser extremo Puritano (quase um seminarista) e, acreditar que Capitolina não traiu assim Dom Casmurro. No entanto não começo esse escrito dizendo que tem ou não o termo estraga-prazeres em inglês: o famoso "spoiler".
- Era o próprio, o exato, o verdadeiro Escobar. Antes de terminar a xícara de café, terminei de ler Dom Casmurro, na minha visão o Magnus Opus de Machado. Voltando, a dissimulada que envolve qualquer cena - desde o muro rabiscado ao debruçar das janelas... Alguns vão mencionar "como confiar em um livro com narrador em primeira pessoa?". Os relatos cegos de ciúmes, o desprezo pelo não culpado do fato; como sofreu Ezequiel acontecido ou não a traição.
O complicado de analisar a obra é que há um ou dois momentos a sós de Capitu e Escobar e nunca narrados, a não ser de uma forma póstuma. Como o dinheiro guardado e a tarde de que Escobar passou pela casa sem a presença de Bentinho. O choro e o olhar fixo apaixonado da oblíqua aos olhos de ressaca no caixão. Lembremos que Dom Casmurro teve uma oportunidade intimista com Sancha; desde o aperto de mão à viuvez.
A peça de Otelo que Bentinho assistiu e que inspirou o romance, o ato controverso e romântico de se matar. Têm coisas que é ditas nas entrelinhas, como uma fotografia e a culpa sempre julgada fora da adúltera e o investimento somado ao sofrimento da dissimulada. A discussão nem teóricos resolveram e a maioria do público sempre julgará que apenas é uma história de amor jovial com final trágico. E a solidão com outras mulheres que um velho advogado teve. "a terra lhes seja leve! Vamos à História dos Subúrbios. (João Victor Filgueira)

Nenhum comentário:

Postar um comentário