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segunda-feira, 9 de maio de 2016

Brasil: chegamos a mais um ponto crucial: Maranhão revoga sua própria decisão



SURPRESA, SURPRESA! 

A delicada equipotência entre os poderes chega ao ponto de quase ruptura. Mesmo tendo vivenciado o choque de observar  que mesmo com indícios insuficientes, exceto a quase falência de alguns setores do país (lojas, restaurantes, pequenas empresas: até que ponto?), o que não constitui um crime, a presidente brasileira seria afastada do Poder e julgada, foi com surpresa que tomei conhecimento de que Waldir Maranhão (com mais de 70% da  casa contra ele, que disse que agia desse modo "pela Democracia") tomou a decisão de anular a decisão parlamentar pelo pedido de impeachment de Dilma Rousseff e da repercussão deste fato ao redor do mundo. O The New York Times “sentenciou” que esta decisão "criou o maior tumulto da história no meio da luta pelo poder no maior país da América Latina". Outros jornais internacionais bombardearam: "legislatura para o caos"; "jogo de cena", " dúvidas sobre se essa decisão pode ser tomada de maneira retroativa". "isso dificilmente salvará o posto de Dilma Rousseff", "é um rumo inesperado", é uma "nova e surpreendente reviravolta na crise política brasileira". A confusão sobre o futuro de Rousseff é, na verdade, sobre todo o sistema político do país! É como se não tivéssemos autonomia, fôssemos bonecos nas mãos de gente mais capacitada. O caminho entre a cozinha e o gabinete está tumultuado por demais, é certo, mas somos nós que devemos ter maturidade de salvar a pátria de uma catástrofe que parece estar no desfecho desta peleja. 
Separemos o joio do trigo. Quem dá aos pobres, empresta a Deus; então podemos dizer que Nosso Senhor não está endividado. As elites continuam esbanjando saúde no jet set de Pindorama e adjacências. 
Nem sempre um novo caminho é a solução, o que precisamos, talvez, seja um novo jeito de caminhar. 
Espero, sinceramente, que seja dado ao povo a chance de manifestar sua opinião através de um plebiscito (com um tempo maior para reflexão, afinal tirarmos e colocarmos pessoas no poder não pode se transformar de um momento para o outro num jogo de interesses) e  gostaria que os juristas desse país nos poupassem de tantos vexames. 
Outra COISA QUE DEVEMOS OBSERVAR COM CAUTELA É ESSA QUANTIDADE DE PARTIDOS POLÍTICOS. PARA QUE TANTOS? São 35 com mais 20 "em estabelecimento".
Ao assistir na segunda -feira (com a mais estranha chuva que vi sobre Recife) a sessão no Senado, ouvi depoimentos coerentes, mas o fator cultural ainda falou mais alto, ali estava o fantasma dos clichês sobre nossa personalidade-mor (que vocês sabem qual é, suponho). 
A seguir recebo a notícia: Maranhão revogou a própria decisão. Parece brincadeira com a Democracia, mas há algo mais sério pairando sobre tudo como uma ave de rapina faminta.
Esperamos agora o parecer do Senado sobre Delcídio Amaral, que com certeza terá o seu mandato cassado, taçlvez por unanimidade. Na quarta seria sobre Dilma.
O Brasil hoje é uma esfinge a devorar os que não conseguirem entendê-lo. 



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