O CORDEL DA ESTRELA JANIS JOPLIN
Autor:
Moisés Monteiro de Melo Neto
Havia o Lago Sabine
na cidade onde nasceu
Janis
Joplin era seu nome
em Port Arthur ela cresceu
e foi tanto sofrimento
que cantou e então morreu
A Realidade era petróleo
a poluição no ar
violência em cada esquina
segregação até no bar
lá o garoto era ensinado
a cara do outro quebrar
O calor era tão grande
os mosquitos tão ferozes
assim era ali, no Texas
terra de muitos algozes
arrogância e poucos livros
eram desgraças atrozes
No bar só cerveja e vinho
outros só em clube social
e só com mais de vinte e um
que beber era legal
mas Janis cruzava o rio e
na
Louisiana não era mal
Era certinho ou odiado
Quem não seguisse a tradição
mulher pra ser professora
e homem pra ser machão
trabalhar com o petróleo
era essa a lição
Nada lá era complexo
tudo simples de doer
que Deus salve a Casa Branca
a igreja e o poder
o pai de Janis, engenheiro
ajudou a Texaco a crescer
Ela é de quarenta e três
no hospital Santa Maria
Nasceu Janis de manhã
Menina normal, mãe diria
Canta em casa e na igreja
Lia tanto... optou por fantasia
O pai lhe deu fantoches
chupou dedo até os oito anos
era gorda, sardas no rosto
começavam os desenganos
não racista, foi xingada
Sofreu mais que imaginamos
Rebelde, não era bonita
assim, foi hostilizada
percebiam seu lado
"homem"
não foi fácil esta parada
ela se feminizou
parecia até disfarçada
A mãe a amava de longe
queria filha preparada
para enfrentar a vida
que era dura a estrada
do ostracismo social
assim ela foi educada
O rosto tão cheio de acne
que precisou ser lixado
mais depressão e conflito
isso era anunciado
mistura a falta de beleza
e o cenário estava armado
Juntou-se com cinco jovens
Quebravam muitos modelos
Liam livros diferentes
Entregou-se sem zelos
Muita cerveja rolou
Sem namorado, seguiu os apelos
Era o bobo da corte?
Mas queria ser aceita
com barulho e palavrões
Estudava e pintava, satisfeita
usava roupas extravagantes
jogavam coisas nela, a “eleita’
Viajou pra Nova Orleans
sem consentimento dos pais
ouviu bandas na rua Bourbon
daquilo não esqueceu jamais
bateu com o carro da família
boatos foram fatais
Isso foi aos dezesseis
Tornou-se
moça "falada"
beirando
a ingenuidade
já com sua sina marcada
inventaram mais histórias
ela estava era enrascada.
Deslocada e barulhenta
cafajestes a cercavam
tímida
escandalosa
as aventuras não paravam
a maioria
a odiava
mas houve os que aí a amaram
Os
professores a perseguiam
em lanchonete e teatro trabalhou
era no tempo
dos Beatniks
vendeu
quadros que pintou
começou a
cantar
o rio Neches
a escutou.
Foi a um
psiquiatra
Depois de farras
homéricas
crazy universitária
sob as
luzes feéricas
Beaumont,
Houston, que fosse
crueza das Américas.
Estava matando aulas
Vivia atormentada
garota
triste sozinha
sob sol negro estressada
dentro uns demônios mexiam
não podia ficar parada
Parou de pintar quadros
assim não seria a maior
morou com tia em Los Angeles
Foi telefonista, na pior
mudou para a praia, Venice
pra San Francisco, melhor
Se sentiu sofisticada
usou pele de carneiro
um casaco bem estranho
misturou canto e berreiro
os dezoito anos chegaram
munição, tiro certeiro
Sessenta e dois foi a vez
cantou em público, a moça
quem tiver olhos, que veja
quem gosta de blues, ouça
foi num Réveillon, em Beaumont
Não sentiu ali muita força
Gravou reclame de banco
volta a Port Arthur, a fera
tentou ficar assim normal
mas vulcão era o que era
ia sempre a Louisiana
perdia o controle, quimera
Numa das farras, a moça
capotou com o carro três vezes
o ambiente Beatnik
farra de anos eram esses
mas que para Janis Joplin
foi assim por muitos meses
A branca topava tudo
voz de uísque, tanto beber
perdeu muito da voz assim
e daí? O que fazer...
aguentar tanto revés
é pra quem pode assim ser
Só pensava no momento
Farra e vulgaridade
isso ela esbanjava
qualquer que fosse a cidade
uma garota da pesada
de curta felicidade
Fazia com que a aturassem
fumo e peyote não deram
a ela um papo firme
as coisas, às vezes eram
comprimidos com bebida
perdoem-me se não toleram
Grasnava como um corvo
ria como uma louca
de fato pra tal menina
a vida parecia pouca
só gostava de cantar
cantar até ficar rouca
Na Universidade do Texas
veio mais humilhação
o “homem mais feio do campus”
eles lhe chamaram então
foram assim tão desumanos
com ela, preste atenção
Partiu para San Francisco
em busca de outra história
um
Quasímodo às avessas:
viria um dia a vitória?
A cabeça latejava
sangue quente, luta inglória
Depois de poeira e estrada
cantou zonza num Café
ganhou catorze dólares
primeira vez, deu-se fé
podia lucrar com seu canto
boa da cabeça ao pé
Meia três, Beat enfraquecia
poetas, jazz, pintores
americana boemia
San Francisco e suas cores
Janis reinventava o passado
tantas alegrias e dores
Ela semeava desastres
foi isso que aconteceu
questionou as relações
até o ponto que doeu
em Nova York cantou
blues-folk então
seu deu
Meia
quatro, San Francisco
ela queria ser aceita
traficou anfetaminas
não sabia ser
"direita"
estava entusiasmada
era a verdade eleita
Lia Nietzsche, lia Hess
doida pela “verdade”
muitos livros, pá de coisas
até no hospício da cidade
disseram não era doida
era coisa da idade
Culpava os outros por tudo
a coisa era bem assim
contra o sinal vermelho
acelerou até o fim
jovem, segurou a onda
mas mais tarde foi... ruim
Seus "casos"? nenhum
ficou
ela com quarenta quilos
quis para casa voltar
seus pais tão intranquilos
por não serem mais atentos
ninguém vai querer puni-los
Estudou Sociologia
Faculdade de Lamar
Se vestiu sobriamente
Dava até pra acreditar
que ela tomara juízo
pensou então em casar
Mas professores cismaram
era inquieta demais
fez vestido de noiva
mas foi embora o rapaz
nunca "Deus,
perdoai-me"
disso nunca foi capaz
Obsessiva e insaciável
por amor ela gemia
como criança de colo
gente até se enternecia
mas se fosse tirar onda
via o que recebia
Veio então sessenta e seis
e o big brother apareceu
era banda pro sucesso
e foi o que sucedeu
da danada da menina
a estrela se acendeu
Ambição virou seu nome
quando na banda entrou
viu logo a sua chance
a ninguém mais se igualou
era o salto para o alto
e a moça se engajou
Quatro, junho, meia meia
o Zodíaco falou
oráculo disse seu nome
e a Joplin detonou
San Francisco, maravilha
tudo então se iluminou
Abaixo a política,
cobiça, autômato, inveja
viva as boas vibrações!
Flowerpower nos
proteja
porque com a turma de Janis
Hell
Angels que nos seja
Pobre, racismo, poluição
Os E.U.A se mostravam
preconceito era tamanho
Até dos que se lombravam
vem o Blues e canta tudo
Todos que não se amavam
O Vietnã explodiria
na Coreia houve mais
tudo era tão imoral
moral é não ser capaz
de ver que na exploração
a hora é a gente que faz
Janis contra o supérfluo
deste mundinho cruel
chega de mediocridade
separemos Mel e Fel
os hippies de San Francisco
queriam na terra o céu
Medrosa, crua, teimosa
na agenda botava tudo
não gritassem contra ela
estrela em
céu de veludo
do brilhar ao fazer colares
mistério não fica mudo
Tudo corria pra canção
que no palco renascia
comunidade de hippies
com certa sabedoria
na união com o universo
era assim o dia a dia
Estilo alta voltagem
Janis assim se agigantou
Ottis Redding foi um cara
que muito a influenciou
assim como Tina Turner
tudo isso ela juntou
E num caldeirão quente
a mistura borbulhava
queria ser uma Star
a máquina a ajudava
casa em Hollywood
tudo isso a aguardava
Um namorado disse
"tchau"
ela disse “tudo OK!”
era mais um que fugia
ela disse "disso eu
sei"
fazer o quê? Declarou:
"de homens e roupas
mudei"
Colocava tudo à prova
homem, mulher coisa e tal
muitas vezes se encontrou
frente a frente com mal
corta essa, minha amiga
esse jogo é fatal
Humilhada tantas vezes
mas sabia triunfar
nesse jogo de sinuca
ou rodadas mil num bar
num estádio, num teatro
riso e choro de amargar
O bairro que ela morava
foi refúgio do “pecado”
assim diziam os
"santinhos"
que o rock era atacado
Haigh-Ashbury era
nome
melhor é ficar calado
Prostituição e drogas
tráfico a se aproveitar
eram muitas as histórias
vamos só imaginar
não era pra ficar rico
era ganhar e gastar
Junho de meia sete,
Monterey
Pop
pintou
Janis foi a grande estrela
Jimi Hendrix arrasou
Ninguém vira coisa assim
Sua fama se alastrou
Era o "Verão do
Amor"
isso se evidenciava
a revolução de Aquarius
novas ela anunciava
litoral da Califórnia
no mapa se destacava
Conheceu Albert Grossman
o homem que a fez estrela
ele a respeitava muito
e gostou de conhecê-la
no meio do festival
ele fascinou-se ao vê-la
Foi dali até a morte
seu mais fiel defensor
o homem era poderoso
de Bob Dylan, produtor
sem nenhuma hipocrisia
em comercialismo doutor
Veio então o desabrochar
meia sete ela arrasou
nunca fora tão feliz
ficou grávida, abortou
isso foi bem sinistro
muito a prejudicou
Ela ficou rigorosa
Antes não era bem assim
Exibicionista também
a dois anos para o fim
indiscernível até aí
do show bizz o carmim
Verdadeiro carrossel
sua carreira a girar
alcançado o estrelato
Janis ia arrepiar
o jeito Nova Orleans
logo ia superar
Nos olhos dela uma dor
era fácil perceber
olho azul acinzentado
que fazia estremecer
nervos tão à flor da pele
pareciam transparecer
"Velha" aos vinte e
cinco anos
assim ela se achou
era uma moça nova
que a vida estragou?
B.B. King abriu a noite
O Big Brother deu show
Era um teatro antigo
Nova York apreciou
O som daqueles meninos
a plateia empolgou
com seus berros e gemidos
a Janis incendiou
Tinha garra na garganta
ofegante estava
num fulgor alucinante
Janis dramatizava
fio terra em Nova York
ela assim eletrizava
“A banda de Janis”
(deu no New York Times)
Primeira foto dela
que entrou para os anais
a imprensa anunciava:
“essa cantora é demais!”
Frege espasmódico se viu
bem ali no turbilhão
a Big Apple pirou
nunca vira tal ação
Janis era o prato do dia
mais quente da estação!
Com preto aveludado
vestido bem curtinho
gata em teto de zinco quente
foi chegando de mansinho
a imprensa se curvou
tão heavy o seu jeitinho
A
imprensa delirou
todos queriam um pedaço
performance de Janis Joplin
foi tremendo estardalhaço
pois ela chegou completa
ocupando todo o espaço
Disse logo à tal imprensa:
“Já me maltrataram tanto
eu sou alma e sensação
isso é o blues que eu canto!”
ela reagiu ao sucesso
com prazer infantil, espanto
Parecia satisfeita
mas tocando neste fato
Já podemos deduzir
não duraria este ato
era tão insaciável
mas deu o pulo do gato
Tranquilizantes e álcool
pra aguentar a correria
a texana agitada
não parava, não podia
criticaram o Big Brother
mas a Janis ascendia
Era uma Salomé
de glamour toda enfeitada
ela só dava dentro
topava qualquer parada
a boca no microfone
parecia lambida ou dentada
Ela atraiu paixões
nesta jornada infernal
logo no lance mais forte
garantiu tanto jornal
as revistas a imploravam
mais de Janis não faz mal
Declarações absurdas
À imprensa a moça fez
gravou disco na CBS
era o segundo, essa vez
expectativa tão grande
neste jogo de xadrez
Vieram novas depressões
teve então que se virar
entre ela e o grupo
não reinasse o azar
brigou até com Jim Morrison
como isso ia acabar?
Ele puxou o cabelo dela
ela deu-lhe uma garrafada
ficou nesse um a um
Salomé, Jim Batista de nada
na capa do Cheap Thrills
Crumb a desenhou abusada
Mãos ao alto, rapazes!
Não curto política
dizer isso em meia oito
isso atraiu a crítica
dá uísque pros meninos
e deixa dessa titica!
Vendida como símbolo foi
no mercado americano
Alienação? Não sei
talvez diga o tarô cigano
claras emoções de Janis
na frente e atrás do pano
Sua risada demente
difícil de decifrar
seus fantasmas esquisitos
mistérios a encantar
era uma Afrodite
no Mundo Pop a rosnar
Homem que não a quisesse
isso era intolerável!
sua vingança terrível
“um impotente detestável !”
era o que ele espalhava
tal Morrison, não aceitável!
Ser sexy, ela amava
era o que fazia crer
mas de fato a texana
Buscava mesmo o prazer
mascarava
a ferida
mais amor queria ter
Uma coisa pela outra
ela fingia confundir
não queria o compromisso
parecia até fugir
paliativo ou não
não podia reprimir
Ir pra casa com alguém
a faria bem melhor
o sexo como uma arena
fazia tudo pior
aumentava o desespero
dó maior ou dó menor
No palco fantasiava
Essa busca doida, assim
não era o que queria
a tal torre de marfim
queria ser conquistada
mas não foi até o fim
À tragédia libertina
impôs impulso e vigor
escondida a menina
muito triste o horror
com moça: falava baixo
com homem: sax tenor
Homem ela confrontava
com mulher mais à vontade
Mas no fundo nossa Janis
só queria liberdade
e cantou isso bem alto
nem tudo era vaidade
Desinibida estava ali
no verão de meia oito
mas "ai" do cabra
safado
que se metesse a afoito
temia a homofobia
sem recheio seu biscoito?
Não tinha um cara fixo
Escondia o homossexo
Desse jeito a durona
ocultava um complexo
a diva tinha fraquezas
isso é meio desconexo?
Provocava fantasias
em muito homem e mulher
a tal da Janis Joplin
faca, garfo e colher
aproveitou sem limites
pense você o que quiser
Falavam de mil casos
o número era menor
era um terço que contava?
a mentira era melhor
seu talento era bem grande
A lenda ficou maior
Aventuras de uma noite
torturada
solidão
superestrela
esquisita
causava hesitação
naqueles que a viam durona
mas parte era encenação
A fama era o seu pretexto
pensavam era personagem
que criou pra se defender
apareceu na reportagem
no fundo era uma criança
mas isso não foi vantagem
As pressões da profissão
Seguiram estranho caminho
a gente quer ser perfeito
esquece que bom é carinho
técnica e carisma
outro modo? é ser sozinho
Melodramatismo dela
o Big Brother se desfez
uns acusaram-na: traição!
mas pro alívio teve vez
Joplin sofreu...sabemos
pouco ou muito, talvez
Começou na heroína
se sentia destacada
era a onda da droga
o equilíbrio da parada
por mais que almejasse tanto
queria ser controlada
Muitas as contradições
nela poderíamos ver
Muitos viam só bebida
o resto era esconder
ganhou casaco de lince por
uísque Southern Comfort beber
Propagandas deste uísque
nas fotos estão aí
é um líquido docinho
para jovens atrair?
há algo esquisito nisso
a América a ruir?
Em Washington: corrupção
no Vietnã, uma "guerra"
os ianques fazem isso
não em casa, noutra terra
é assim, que o capital
(a danada grana) opera
Calça de cetim vermelha
Marca lhe dá casaco de arrasar
E no Max´s Kansas City
Foi depois se mostrar
provar que era importante
realmente Superstar
Por que se conter, ali?
a envelhecer, continuar?
desse tipo de atitude
ia se distanciar
quis assim a vida a mil
sem velhice pra chegar
No teatro viu a peça
"Hair"
musical sensacional
gostou, aplaudiu de pé
era um sucesso mundial
reviu com o Big Brother
para levantar o astral
O rompimento com o grupo
foi também com o amadorismo
no Show Business é assim
não permite comodismo
crítica diz: maquiagem?
pintar voz de preto é cinismo
Ela achava justo sofrer
castigo e rejeição
a imprensa malhou seu disco
Cheap
Thrills virou fogão
A comida se queimando...
mas vendeu pra geração
Pensou não saber cantar
alma frágil porcelana
e a vida tripudiou
daquela tal texana
que mesmo com seus defeitos
Cantou muito a alma humana
Feroz animal ferido
ela assim reagia
não "cabeludos" nem
"quadrados"
era outra a teoria
era parte Revolução
com a qual ela se unia
Seu "oi" era uma
pergunta
e o sem "alô",
também
cordas vocais de aço
até a hora de ir pro além
música até nos pés dançantes
Ela sabia ser
"alguém"
Então ficou bem doente
foi ao New York Hospital
foi no tal Hotel Chelsea
ela estava muito mal
foi uma bronquite aguda
poderia lhe ser fatal
Foi barrada no Hotel Hilton
No hospital não tinha vaga
mas apesar disso tudo
começou a ser bem paga
vem a autodestruição
e numa sucção lhe traga
Como computador monstro
assim opera a imprensa
diminui e multiplica
não há muita diferença?
Então ela virou comida
de desconhecida à excelência
O pastiche virou robô
Ela se fez mesmo assim
era tão fosforescente
sua pele, tal marfim
e o público a devorar
tão guloso e tão chinfrim
Conhecida e amada
só que por gente demais
pelo frenesi e doidice
talento e muito mais
uma deusa num Olimpo
de resultados fatais
A garrafa de uísque
na sua jaula infernal
meia nove chegou assim
com esse jeito animal
ano do "Kozmic
Blues"
novo álbum sem igual
Aí ela criou
“Pearl”
personagem que adotou
ria e topava todas
muita gente
adorou
vieram outras
turnês
na Europa ela
arrasou
Ela veio ao Brasil
a passeio, assim rolou
expulsa do hotel, no Rio
que o top less
não aprovou
transou mil e uma aqui
até na Bahia parou
Queria largar o vício
mas não tinha mais maneira?
heroína por Metadona
não era coisa certeira
barrada no carnaval
pro carioca foi bobeira
Comprou casa nos States
enfim ela teria um “lar”
e pra completar o quadro
novo disco foi gravar
o último dessa estrela
prestes a se apagar
O nome do disco é “Pearl”
tão gostoso de ouvir
tem “Me and Bobby McGee”
O um
no Top ia atingir
Mas
veio o dia fatal
Da
morte não ia fugir
Foi
num hotelzinho barato
que o
encontro fatal se deu
nem a
última música gravar
a
morte lhe concedeu
o
blues engoliu a moça
e
Janis Joplin morreu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário