Cinema perde Marco Hanois
Publicado pelo Jornal do Commercio, em 19.11.2007
Publicado pelo Jornal do Commercio, em 19.11.2007
Moisés Monteiro de Melo Neto (assistente de direção do último filme de Hanois: INCENSO), Jamysson Marques, Ivonete Melo e o diretor Marco Hanois
O artista plástico e realizador de cinema e vídeo
Marco Hanois, 42 anos, morreu, ontem pela manhã, na casa onde morava com os
pais, em Candeias, Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife, vítima de esclerose
lateral amiórtica (ELA), doença degenerativa que atinge os músculos. O enterro
aconteceu ontem à tarde, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, Região
Metropolitana do Recife (RMR).
Dentre as obras de Hanois, estão Cassino
Americano, de 1992, filme curta-metragem com o qual foi premiado no
Festival de Vídeo de Tóquio, diálogos de Moisés Monteiro de melo Neto, no
Japão, e Objeto Abjeto, de 2005, que
venceu o prêmio de roteiro do Festival de Cinema do Recife. Atualmente, Hanois
estava finalizando o filme Incenso,
filmado em outubro de 2006 e com a participação dos pernambucanos Bruno Garcia,
Tuca Andrada, Aramis Trindade, Mônica Feijó, entre outros. A obra é baseada na
obra de Ascenso Ferreira.
“Marco Hanois tinha uma importância cultural grande em Pernambuco. Era
um diretor e roteirista reconhecido e premiado devido a sua enorme competência
e dedicação com o trabalho”, afirmou o jornalista Pedro Celso, amigo de Hanois
e que participa de Incenso como
diretor de produção.
Com o estágio progressivo da doença, estava tetraplégico e dirigia os
filmes sentado em uma cadeira de rodas. “Foi uma grande perda”, disse Pedro
Celso.
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