Pesquisar este blog

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

MAIS UMA ELEIÇÃO: cadê as novas propostas sobre a Cultura?





Sim, CULTURA E CONHECIMENTO são ferramentas da Cidadania na Educação, sempre deixados num plano secundário, escondidos sob clichês de saúde, educação e segurança, como se não formassem um sólido instrumento de paz e guerra na nossa sociedade. Até quando teremos que engolir esquematizações simplórias destes candidatos a deputados, senadores que só querem o poder numa escalada onde dinheiro seja o limite? Pois é, o conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais, passam de geração em geração, o mecanismo adaptativo está sempre em desenvolvimento, mas nossos representantes praticam um estranho ritual que joga a cultura na retaguarda das providências em orçamentos que privilegiam uma minoria que anda em círculo vicioso, mamando e frustrando expectativas. Boa parte de quem quer se eleger ou se reeleger, vê como coisa burocrática, fastidiosa e presa a modelos antigos e rançosos, onde as cartas já vem marcadas por alguns que se acham escolhidos para “julgar” projetos e ditar regras, que sempre terão que se enquadrar a modelos, predeterminados pela ideologia massacrante.  Ora, se a cultura é o conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou o comportamento natural, interpretação pessoal e coerente da realidade, destinada as posições suscetíveis de valor íntimo, argumentação,  aperfeiçoamento, e representa o saber experiente de uma comunidade, saber obtido graças à sua organização espacial, na ocupação do seu tempo, na manutenção e defesa das suas formas de relação humana (“alma cultural”: os ideais estéticos e diferentes formas de apresentação), como pode vir de baixo para cima a ordem do que é ou não digno de receber as ansiadas verbas públicas? Cadê propostas mais alongadas nos debates públicos para eleger candidatos? São sempre os mesmos minutos minguados ou projetos mesquinhos ou fantasiosos sobre projetos que só ficarão nos arquivos. 




Será que ensinar a pescar não será melhor do que dar o peixe para o almoço de amanhã a uns poucos suplicantes e deixar os outros que pensam fora dos padrões, à míngua? Clichês como: cultura brasileira é marcada pela boa disposição, rsistência, alegria:  Será? Vamos a cada música, partida de futebol, a cada carnaval, festa junina, novelas, funk (que vem dos EUA, anos 60, significando odor corporal), brega, praticando uma espécie de antropofagia cultural? Ou devemos exigir algo assinado onde se afirme que a linguagem, arte, hábitos e costumes devem ser levados em consideração sem nenhum tipo de hierarquia?  A cultura é um traço da natureza humana. Todos nós tendemos à comunicação, à interação social e à vida em comunidade, portanto somos naturalmente culturais.  As eleições estão aí, cadê uma proposta que se possa acreditar viável para a oxigenação dos padrões vigentes nos superáveis editais de cultura? Sempre a mesma conversa de última hora e o rio correndo para o mar, chover sobre o molhado ou louvar o momento em que o mandacaru “fulore” na indústria da seca. Estamos à míngua, esta é uma das verdades disponíveis.
 Moisés Neto

Nenhum comentário:

Postar um comentário