LINGUAGENS S U B M E R S A S s s s s s s s s
relendo SÔNIA BIERBARD
Volátil toda inocência com velhos
achaques, remorsos.
Resistimos como flores de
go la das pelo
reino desencantado.
Que país continua sendo
este,
imaginário e submerso?
Mais interrogações. Menos
eleitores confiantes.
Nossa
vertigem solidária
com o instante germinal?
Aceitemos amorosidade: só
isto nos reinventa?
Qualquer ausência
despovoa-nos de
futuros prometidos.
Alegria
insólita
desejando-se desnorteadora.
O
amanhecer sem auroras pretéritas.
Liberdade
para este gesto antigo
de existir:
resistir? consistir? acender
abismos?
A chave do tempo em que nos faremos errantes?
Nossos olhos em vendaval
paralisam
o tempo sufocante.
Eleitores (em
transe) inconformistas.
Outras deusas e deuses de incertezas em
volúpia verdejante.
O
Brasil é nosso abismo. Onde reinventar
o nervo cintilante das palavras?
Jamais esquecer a perplexidade
das
pessoas, times, partidos, eleições.
Nossa transpiração. Nosso silêncio voraz.
Outros abismos brasilíricos.
Aceitemos
o inusitado
e suas temerosas mediunidades.
Jomard Muniz de Britto Recife, setembro de 2018
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