RECIFE AINDA MELHOR DO QUE PARIS?
Entre reticências e inter-rogações
continuamos per-correndo avenidas mal
iluminadas e sempre esburacadas.
Nossos políticos profissionais não andam
pelas calçadas. Preferem automóveis.
Por isso temos dificuldade em votar.
Apesar de revoltarmos graças a nossas
duas Padroeiras: Nossa Senhora do Carmo
bem dentro do centro e Nossa Senhora da
Conceição vislumbrando belezas do mais
alto morro de Casa Amarela.
O belo, a beleza, o esplendor do NADA
continuam a nos entusiasmar e confundir.
Tão singular e pluralmente.
Nossos dois rios – Capibaribe e Beberibe
se aglutinam reinventando O C E A N O S.
Atlânticos e Pacíficos: Duas rimas mais
do que senhoras de nossa MISÉRIA global.
Os impossíveis leitores desse ATENTADO
não devem relembrar a pobreza de uma
VELHA SENHORA chamada RECIFERIDO:
apesar de felicíssimo por todos os
carnavais.
Nossa cidade é assim mesmo: porque temos
AMORES DE CHUMBO e nossa cineasta
TUCA SIQUEIRA reinventou horizontes.
O cinema, além de ser pernambucano,
tornando-se reinvenção de olhares e
pulsações. Pelo Sal da educadora SALETE
e pelos sóis de nossa solidão sempre
compartilhada em SOLidariedade.
AMORES DE CHUMBO é muito mais do que
um filme devassado pelo belo Cinema São
Luiz
de nossa fervente província.
Recife, 2018
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