Recebi esse post de um aluno:
"O jogo do Brasil contra o Chile , hoje, foi marcado pela vontade de não querer gente quebrando tudo na rua nem a fingir que a culpa é dos políticos, por isso a alegria com esse jogo ineficiente.
A Pátria das chuteiras vai cedendo a vez a outras atividades e paixões mais complexas e aproxima-se o outubro mais estranho da nossa história, acho.
O Recife, ainda lama e caos, está marcado pela falta de educação da maior parte da população que não se integra e apedreja o coletivo em nome de uma solidariedade que só funciona na propaganda.
O Brasil ainda é Rio e São Paulo, mesmo em plena era digital.
Os carros entopem as ruas e os ônibus são sujos, caros, escassos e cheios.
Ler agora parece que só se dá por resumos, na maior parte das vezes.
O ouro negro move máquinas esfomeadas e só nos resta a esperança."
Procurei tranquilizá-lo com uma resposta otimista e cheia de vigor.
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sábado, 28 de junho de 2014
Relendo grandes autores
Pitágoras...
Platão
Aristóteles
Euclides de Alexandria
Santo Agostinho
São Tomás de Aquino
Padre Antônio Vieira
Leibniz
Schopenhauer
Jacques Maritain
Giambattista Vico
Tocqueville
Hannah Arendt
com esses a me sufocar
todos
só Carl Gustav Jung ficou ao meu lado
quando veio a tempestade, hoje...
Platão
Aristóteles
Euclides de Alexandria
Santo Agostinho
São Tomás de Aquino
Padre Antônio Vieira
Leibniz
Schopenhauer
Jacques Maritain
Giambattista Vico
Tocqueville
Hannah Arendt
com esses a me sufocar
todos
só Carl Gustav Jung ficou ao meu lado
quando veio a tempestade, hoje...
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Revisitando Stanley Kubrick
Um dos cineastas que mais admiro é Kubrick. Desde que vi sua adaptação para A Laranja Mecânica, Lolita e O Iluminado fiquei impressionado com a sua verve, seu enfoque, sua técnica impressionante. Filmes como Barry Lyndon são de tirar o fôlego, mas considero os três primeiros que citei simplesmente incríveis.
Deixo-os com esse documentário sobre ele:
https://www.youtube.com/watch?v=Bo447TqA5Nw
terça-feira, 24 de junho de 2014
Gregório de Mattos em filme
http://www.youtube.com/watch?v=o4f06EBKjpI
Gregório de Mattos, mais que uma lenda, gênese da poesia e da literatura, foi um dos maiores poetas brasileiros. No tempo de um dia desse homem falastrão, inteligente, perigoso e lúdico, acompanhamos Gregório (magistralmente vivido por Wally Salomão) pelas vielas coloniais de Salvador, nos idos de 1600. Seus pensamentos se expandem. Seus poemas tornam-se diálogos nos encontros das esquinas. Dividimos com ele, cronista da cidade, seus delírios espirituais e eróticos. O filme é poesia pura. Intacta como há 400 anos.
domingo, 22 de junho de 2014
sábado, 21 de junho de 2014
Moda masculina à milanesa
Não sou especialista em moda, isso fica muito distante dos meus propósitos, mas achei bem interessante essa tendência que vem da Itália, terra dos meus bisavós.
Algo da Espanha, em Dolce Gababana... calças mais curtas e apertadas, jaqueta bordada (algo dos toureiros).
Isso deveria ser para todos, não só para burgueses
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Atriz holandesa Nicolette Van Dam dá vexame
No frigir dos ovos: uma embaixadora (Unicef)
renuncia depois de fazer piadinha com jogadores colombianos
Trata-se da atriz holandesa Nicolette Van Dam renunciou nesta quinta-feira
ao cargo de embaixadora (Unicef) por causa de uma fotomontagem postada no
Twitter (dois jogadores da seleção colombiana cheirando cocaína na Arena da
Copa). A Unicef pediu as "mais sinceras desculpas" aos jogadores
colombianos Radamel Falcão García e James Rodríguez, retratados na fotomontagem.
Ela, embaixadora da Unicef desde 2010, pediu aos colombianos que aceitassem
"suas honestas e sinceras desculpas".
Perder o cargo, mas não perder a piada. Nem tudo vale a pena quando a alma
é pequena: patética.
O rei está vivo, viva o novo rei!
Felipe VI é o novo rei da Espanha (fez juramento à
Constituição), aos 46 anos, assume o trono no lugar do pai( 39 anos de
reinado, iniciados após a morte do ditador Francisco Franco) : "Juro
desempenhar fielmente minhas funções, cumprir e fazer cumprir a
Constituição e as leis e respeitar os direitos dos cidadãos e das Comunidades
Autônomas”, disse. Ele tem fé na unidade
da Espanha (alguns querem a independência da Catalunha e mais...). Os escândalos
abalaram a família real e a crise econômica é amu sinal. Ele diz oferecer a
monarquia "íntegra e transparente” e a recuperação da confiança em suas “instituições”.
Sua irmã Cristina e seu cunhado Iñaki Urdangarin, estão indiciados por
corrupção. Há que se pensar nos vínculos que unem a Espanha e a América Latina.
Sua esposa, Letizia, ex-apresentadora de jornal, e suas duas filhas, Leonor e Sofia presenciaram
Felipe receber de Juan Carlos a faixa de capitão-general das Forças
Armadas, no Palácio da Zarzuela, residência oficial do rei.
Ah! Olha só: nenhuma
família real europeia ou líder estrangeiro foi convidado para a cerimônia em
Madri. No mesmo dia os espanhóis sofriam com a humilhante eliminação de
sua seleção na Copa 2014. Milhares de pessoas se reuniram nas ruas da capital
espanhola para acompanhar a passagem do novo rei. No Palácio da Zarzuela
houve festança para mais de 2.000 convidados. E... a Prefeitura de Madri
distribuiu 100.000 bandeirolas aos seus fiéis súditos.
Copa alegórica
O Japão com sua calma e civilidade, o Uruguai com seu jogador que mesmo com o joelho recém-operado insiste na vitória, o Brasil que o ano passado invadiu as ruas na mistura entre paz e terror, a Inglaterra, inventora do futebol, Espanha, atual campeã do Mundo... desclassificadas na primeira fase: a vida é representada na Arena...
Enquanto isso, há protesto em Copacabana: cartão vermelho para a FIFA
Brasil do contra
quinta-feira, 19 de junho de 2014
Pano rápido: penetrando Lolita, de Nabokov: um tortuoso resumo
Sabemos pelo prefácio de certo Dr. John Ray, que o
autor da narrativa Lolita, morreu na cadeia, em 1952:
"Lolita,
ou A confissão de um viúvo de cor branca: era esse o duplo título das estranhas
páginas recebidas pelo autor da presente nota. "Humbert Humbert", que
as escreveu, morrera na prisão de uma trombose coronária, em 16 de novembro de
1952, poucos dias antes da data marcada para o início de seu julgamento. Ao
pedir que eu revisasse o manuscrito, seu advogado - meu bom amigo e parente
Clarence Choate Clark, que atualmente milita no foro do distrito de Colúmbia -
baseou-se numa cláusula do testamento de "H. H." que deixava a
critério de meu eminente primo todas as providências necessárias à publicação
de Lolita.
Provavelmente pesou na decisão do sr. Clark o fato de que o revisor por ele escolhido havia pouco recebera o Prêmio Poling por uma modesta obra (Será que os sentidos fazem sentido?), na qual haviam sido estudadas certas perversões e estados mórbidos.
Minha tarefa revelou-se mais simples do que ambos tínhamos previsto. Exceto pela correção de óbvios solecismos e pela cuidadosa eliminação de uns poucos mas obstinados pormenores que, malgrado os próprios esforços de "H. H.", ainda subsistiam no texto, como placas de estrada e lápides tumulares (lembrando lugares ou pessoas que caberia ocultar por bom gosto e poupar por compaixão), essas notáveis memórias são apresentadas sem retoques. O singular cognome do autor é de sua própria lavra; e, naturalmente, essa máscara - através da qual parecem cintilar dois olhos hipnóticos - não poderia ser removida segundo a vontade de seu portador. Embora Haze apenas rime com o verdadeiro sobrenome da heroína, seu primeiro nome está por demais entrelaçado com as fibras profundas da obra para que se possa pensar em alterá-lo - o que, como o leitor verá por si mesmo, de todo modo não é necessário. As mentes curiosas encontrarão referências ao crime de "H. H." nos jornais de setembro e outubro de 1952; mas sua causa e seu propósito seriam ainda um mistério absoluto se por acaso essas memórias não tivessem vindo pousar sob minha lâmpada de leitura.
Em favor dos leitores da velha-guarda, que gostam de acompanhar o destino das pessoas "reais" depois de encerrada a "verdadeira" história, podem-se oferecer alguns pormenores fornecidos pelo sr. "Windmuller", de "Ramsdale", desejoso de manter-se no anonimato a fim de que "a longa sombra desse sórdido e lamentável caso" não atinja a comunidade à qual se orgulha de pertencer. Sua filha, "Louise", está atualmente cursando o segundo ano de uma universidade. "Mona Dahl" estuda em Paris. "Rita" casou-se recentemente com o dono de um hotel na Flórida. A sra. "Richard F. Schiller" morreu ao dar à luz uma menina natimorta no Natal de 1952, em Gray Star, um povoado nos confins do Noroeste. "Vivian Darkbloom" escreveu uma autobiografia a ser publicada brevemente, Minha deixa, considerada como seu melhor livro pelos críticos que tiveram acesso ao manuscrito.
Os guardas dos diversos cemitérios envolvidos na história não registram a aparição de nenhum fantasma.
Visto simplesmente como um romance, Lolita trata de situações e emoções que, caso houvessem sido abrandadas por meio de chavões insossos, teriam permanecido irritantemente obscuras aos olhos do leitor. A verdade é que a obra não abriga um único termo obsceno; de fato, o impávido filisteu, condicionado pelas convenções modernas a aceitar sem repugnância uma ampla exibição de palavras chulas nos romances mais banais, ficará chocado com sua ausência nesta obra.
Se, no entanto, para não ofender essa paradoxal pudicícia, um revisor tentasse diluir ou suprimir as passagens que certo tipo de gente poderia chamar de "afrodisíacas" (ver, a esse respeito, a monumental decisão proferida a 6 de dezembro de 1933 pelo meritíssimo juiz John M. Woolsey com relação a outro livro, muito mais ousado), forçoso seria abandonar de vez a publicação de Lolita, pois os episódios que se poderiam tolamente acusar de possuir uma existência sensual própria são funcionalmente imprescindíveis ao desenvolvimento de um relato trágico que se encaminha, de modo inexorável, rumo a verdadeira apoteose moral. Os cínicos talvez digam que a pornografia comercial faz idêntica reivindicação; os eruditos poderão argumentar que a apaixonada confissão de "H. H." é uma tempestade num tubo de ensaio, pois ao menos doze por cento dos adultos americanos do sexo masculino - "numa estimativa por baixo", segundo a dra. Blanche Schwarzmann (comunicação verbal) - desfrutam anualmente, de uma forma ou de outra, da experiência especial que "H. H." descreve com tamanho desespero; dirão ainda que, se nosso ensandecido memorialista houvesse procurado um psicólogo competente no fatídico verão de 1947, o desastre teria sido evitado - mas, nesse caso, tampouco este livro teria existido.
Que se desculpe este comentarista por aqui repetir o que vem enfatizando em seus livros e palestras, isto é, que não raro a palavra chocante serve apenas como sinônimo de incomum, e que toda grande obra de arte é sempre algo necessariamente original, devendo por isso mesmo provocar uma reação de surpresa mais ou menos chocante. Não tenho a menor intenção de glorificar "H. H.". Trata-se, sem dúvida, de uma pessoa horrível e abjeta, notável exemplo de lepra moral, que assume um tom entre feroz e jocoso talvez para esconder o mais profundo sofrimento, mas que não inspira qualquer simpatia.
É cansativo em suas idiossincrasias. Muitos de seus comentários incidentais sobre o povo e a paisagem deste país são ridículos. A sinceridade desesperada que permeia sua confissão não o absolve dos pecados de uma astúcia diabólica. É um ser anormal, nada tem de gentleman. Mas com que acordes mágicos seu violino evoca uma ternura, uma compaixão por Lolita que faz com que nos sintamos fascinados pelo livro embora abominando seu autor! Como caso clínico, Lolita por certo será visto como um clássico nos meios psiquiátricos. Como obra de arte, transcende seu aspecto expiatório. Todavia, mais importante do que sua relevância científica ou valor literário é o impacto ético que o livro deve exercer sobre o leitor sério, pois nessa dolorosa trajetória pessoal transparece uma lição de cunho genérico: a criança desobediente, a mãe egotista, o maníaco ofegante não são apenas vívidos personagens de um drama excepcional. Eles nos advertem sobre tendências perigosas, apontam para gravíssimos males. Lolita deveria fazer com que todos nós - pais, educadores, assistentes sociais - nos empenhássemos com diligência e visão ainda maiores na tarefa de criar uma geração melhor num mundo mais seguro.
John Ray, Jr., doutor em filosofia, Widworth, Massachusetts (5 de agosto de 1955)
Provavelmente pesou na decisão do sr. Clark o fato de que o revisor por ele escolhido havia pouco recebera o Prêmio Poling por uma modesta obra (Será que os sentidos fazem sentido?), na qual haviam sido estudadas certas perversões e estados mórbidos.
Minha tarefa revelou-se mais simples do que ambos tínhamos previsto. Exceto pela correção de óbvios solecismos e pela cuidadosa eliminação de uns poucos mas obstinados pormenores que, malgrado os próprios esforços de "H. H.", ainda subsistiam no texto, como placas de estrada e lápides tumulares (lembrando lugares ou pessoas que caberia ocultar por bom gosto e poupar por compaixão), essas notáveis memórias são apresentadas sem retoques. O singular cognome do autor é de sua própria lavra; e, naturalmente, essa máscara - através da qual parecem cintilar dois olhos hipnóticos - não poderia ser removida segundo a vontade de seu portador. Embora Haze apenas rime com o verdadeiro sobrenome da heroína, seu primeiro nome está por demais entrelaçado com as fibras profundas da obra para que se possa pensar em alterá-lo - o que, como o leitor verá por si mesmo, de todo modo não é necessário. As mentes curiosas encontrarão referências ao crime de "H. H." nos jornais de setembro e outubro de 1952; mas sua causa e seu propósito seriam ainda um mistério absoluto se por acaso essas memórias não tivessem vindo pousar sob minha lâmpada de leitura.
Em favor dos leitores da velha-guarda, que gostam de acompanhar o destino das pessoas "reais" depois de encerrada a "verdadeira" história, podem-se oferecer alguns pormenores fornecidos pelo sr. "Windmuller", de "Ramsdale", desejoso de manter-se no anonimato a fim de que "a longa sombra desse sórdido e lamentável caso" não atinja a comunidade à qual se orgulha de pertencer. Sua filha, "Louise", está atualmente cursando o segundo ano de uma universidade. "Mona Dahl" estuda em Paris. "Rita" casou-se recentemente com o dono de um hotel na Flórida. A sra. "Richard F. Schiller" morreu ao dar à luz uma menina natimorta no Natal de 1952, em Gray Star, um povoado nos confins do Noroeste. "Vivian Darkbloom" escreveu uma autobiografia a ser publicada brevemente, Minha deixa, considerada como seu melhor livro pelos críticos que tiveram acesso ao manuscrito.
Os guardas dos diversos cemitérios envolvidos na história não registram a aparição de nenhum fantasma.
Visto simplesmente como um romance, Lolita trata de situações e emoções que, caso houvessem sido abrandadas por meio de chavões insossos, teriam permanecido irritantemente obscuras aos olhos do leitor. A verdade é que a obra não abriga um único termo obsceno; de fato, o impávido filisteu, condicionado pelas convenções modernas a aceitar sem repugnância uma ampla exibição de palavras chulas nos romances mais banais, ficará chocado com sua ausência nesta obra.
Se, no entanto, para não ofender essa paradoxal pudicícia, um revisor tentasse diluir ou suprimir as passagens que certo tipo de gente poderia chamar de "afrodisíacas" (ver, a esse respeito, a monumental decisão proferida a 6 de dezembro de 1933 pelo meritíssimo juiz John M. Woolsey com relação a outro livro, muito mais ousado), forçoso seria abandonar de vez a publicação de Lolita, pois os episódios que se poderiam tolamente acusar de possuir uma existência sensual própria são funcionalmente imprescindíveis ao desenvolvimento de um relato trágico que se encaminha, de modo inexorável, rumo a verdadeira apoteose moral. Os cínicos talvez digam que a pornografia comercial faz idêntica reivindicação; os eruditos poderão argumentar que a apaixonada confissão de "H. H." é uma tempestade num tubo de ensaio, pois ao menos doze por cento dos adultos americanos do sexo masculino - "numa estimativa por baixo", segundo a dra. Blanche Schwarzmann (comunicação verbal) - desfrutam anualmente, de uma forma ou de outra, da experiência especial que "H. H." descreve com tamanho desespero; dirão ainda que, se nosso ensandecido memorialista houvesse procurado um psicólogo competente no fatídico verão de 1947, o desastre teria sido evitado - mas, nesse caso, tampouco este livro teria existido.
Que se desculpe este comentarista por aqui repetir o que vem enfatizando em seus livros e palestras, isto é, que não raro a palavra chocante serve apenas como sinônimo de incomum, e que toda grande obra de arte é sempre algo necessariamente original, devendo por isso mesmo provocar uma reação de surpresa mais ou menos chocante. Não tenho a menor intenção de glorificar "H. H.". Trata-se, sem dúvida, de uma pessoa horrível e abjeta, notável exemplo de lepra moral, que assume um tom entre feroz e jocoso talvez para esconder o mais profundo sofrimento, mas que não inspira qualquer simpatia.
É cansativo em suas idiossincrasias. Muitos de seus comentários incidentais sobre o povo e a paisagem deste país são ridículos. A sinceridade desesperada que permeia sua confissão não o absolve dos pecados de uma astúcia diabólica. É um ser anormal, nada tem de gentleman. Mas com que acordes mágicos seu violino evoca uma ternura, uma compaixão por Lolita que faz com que nos sintamos fascinados pelo livro embora abominando seu autor! Como caso clínico, Lolita por certo será visto como um clássico nos meios psiquiátricos. Como obra de arte, transcende seu aspecto expiatório. Todavia, mais importante do que sua relevância científica ou valor literário é o impacto ético que o livro deve exercer sobre o leitor sério, pois nessa dolorosa trajetória pessoal transparece uma lição de cunho genérico: a criança desobediente, a mãe egotista, o maníaco ofegante não são apenas vívidos personagens de um drama excepcional. Eles nos advertem sobre tendências perigosas, apontam para gravíssimos males. Lolita deveria fazer com que todos nós - pais, educadores, assistentes sociais - nos empenhássemos com diligência e visão ainda maiores na tarefa de criar uma geração melhor num mundo mais seguro.
John Ray, Jr., doutor em filosofia, Widworth, Massachusetts (5 de agosto de 1955)
Tal
narrador, Humbert, conta sua infância na Europa, sua vida de professor e seu
amor adolescente por uma tal Annabel, morta jovem, o que o levara a querer garotinhas,
e sua obsessividade o levou às instituições. Esse professor escritor chega aos
EUA, à casa da viúva Charlotte Haze (névoa, trote) e apaixona-se por sua filha,
Lolita, garotinha com pouco mais de doze anos. Ele casa-se com Haze para obter
sua Lolita.
Pensa
em matar Haze, mas fica só nisso, ela é atropelada e, numa viagem ele faz sexo
com a menina no motel "O Caçador Encantado" e daí viajam durante um
ano. Ele a ameaça com um orfanato se ela não cumprir suas exigências (sexuais,
também). Ela não é inocente e some com um homem. Depois de três anos, aparece
casada, grávida e pede dinheiro a Humbert que pensa em matar o marido dela.
Quando ele os visita, descobre que seu raptor fora Clare Quilty, e não o atual
pai do filho dela, por quem Lolita estava apaixonada. Quilty a deixou por ela
se recusar a participar de filmes (pornografia infantil).
Humbert,
em busca frenética, surtado, elimina Quilty e é preso, então escreve essas suas
“memórias” do cárcere. A propósito: Lolita morre de parto naquele mesmo Natal
no qual reencontrou seu professor-amante-padrasto.
A
escrita majestosa de Nabokov encanta também pelo poder de desnudar o pensamento
do opressor.
Agora vamos a alguns trechos do livro:
1
Lolita, luz de minha vida, labareda em minha carne.
Minha alma, minha lama. Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três saltos
pelo céu da boca para tropeçar de leve, no terceiro, contra os dentes. Lo. Li.
Ta.
Pela manhã ela era Lô, não mais que Lô, com seu metro e quarenta e sete de altura e calçando uma única meia soquete. Era Lola ao vestir os jeans desbotados. Era Dolly na escola. Era Dolores sobre a linha pontilhada. Mas em meus braços sempre foi Lolita.
Será que teve uma precursora? Sim, de fato teve. Na verdade, talvez jamais teria existido uma Lolita se, em certo verão, eu não houvesse amado uma menina primordial. Num principado à beira-mar. Quando foi isso? Cerca de tantos anos antes de Lolita haver nascido quantos eu tinha naquele verão. Ninguém melhor do que um assassino para exibir um estilo floreado. Senhoras e senhores membros do júri, o item número um da acusação é aquilo que invejavam os serafins - os desinformados e simplórios serafins de nobres asas. Vejam este emaranhado de espinhos.
Pela manhã ela era Lô, não mais que Lô, com seu metro e quarenta e sete de altura e calçando uma única meia soquete. Era Lola ao vestir os jeans desbotados. Era Dolly na escola. Era Dolores sobre a linha pontilhada. Mas em meus braços sempre foi Lolita.
Será que teve uma precursora? Sim, de fato teve. Na verdade, talvez jamais teria existido uma Lolita se, em certo verão, eu não houvesse amado uma menina primordial. Num principado à beira-mar. Quando foi isso? Cerca de tantos anos antes de Lolita haver nascido quantos eu tinha naquele verão. Ninguém melhor do que um assassino para exibir um estilo floreado. Senhoras e senhores membros do júri, o item número um da acusação é aquilo que invejavam os serafins - os desinformados e simplórios serafins de nobres asas. Vejam este emaranhado de espinhos.
2
Nasci em Paris, em 1910. Meu pai, pessoa meiga e
tolerante, era uma salada de genes raciais: cidadão suíço, descendente de
franceses e austríacos, com uma pitada de Danúbio nas veias. Daqui a pouco vou
fazer passar de mão em mão alguns lindos cartões-postais em que o céu está
sempre banhado de um azul fulgurante. Ele era dono de um hotel de luxo na
Riviera. Seu pai e seus dois avós haviam sido, respectivamente, negociantes de
vinho, de jóias e de seda. Aos trinta anos casou-se com uma moça inglesa, filha
de Jerome Dunn, o alpinista, e neta de dois clérigos de Dorset especializados
em assuntos deveras obscuros, respectivamente paleopedologia e harpas eólias.
Minha mãe, mulher muito fotogênica, morreu em insólito acidente (um piquenique,
um raio) quando eu tinha três anos e, exceto por um nicho de ternura em meio às
trevas do passado, nada subsiste dela nos vales e grotões da memória sobre os
quais - caso vocês ainda suportem meu estilo (estou escrevendo sob observação)
- se pôs o sol de minha infância: certamente, todos conhecem aqueles restos de
dia, com seus olores e mosquitos suspensos sobre uma sebe em flor, ou
subitamente penetrados pelo caminhante que passa ao pé da colina no lusco-fusco
de uma tarde-noite de verão - um calor de veludos, insetos dourados.
A irmã mais velha de minha mãe, Sybil, que se casara com um primo de meu pai e fora por ele depois abandonada, servia em nossa casa como uma espécie de governanta não remunerada. Alguém me disse mais tarde que ela era apaixonada por meu pai, do que ele se aproveitara tranqüilamente num dia de chuva - para esquecer de tudo quando o sol voltou a brilhar. Eu gostava muitíssimo dela, apesar da severidade - a funesta severidade - de algumas de suas normas. Talvez ela quisesse fazer de mim, no devido tempo, um viúvo melhor do que meu pai.
Tia Sybil tinha olhos de um azul-celeste, com orlas rosadas, e a pele cor de cera. Fazia versos e era poeticamente supersticiosa. Disse-me que sabia que ia morrer logo depois que eu fizesse dezesseis anos, e morreu mesmo. Seu marido, que rodava o mundo vendendo perfumes, acabou por fixar-se nos Estados Unidos, onde abriu uma firma e comprou imóveis.
Criança feliz e saudável, cresci num mundo luminoso de livros ilustrados, areias alvas, laranjeiras, cachorros fiéis, panoramas marinhos e rostos sorridentes. O esplêndido Hotel Mirana girava em torno de mim como uma espécie de universo privado, um cosmo caiado de branco dentro daquele outro, azul e maior, que refulgia lá fora. Da lavadora de pratos em seu avental de algodão ao potentado no terno de flanela, todos gostavam de mim, todos me mimavam. Velhas senhoras americanas, apoiadas em bengalas, inclinavam-se sobre mim qual torres de Pisa. Princesas russas arruinadas, que não tinham meios de pagar a meu pai, compravam-me caros bombons. Ele, mon cher petit papa, levava-me para passear de barco ou de bicicleta, ensinava-me a nadar, mergulhar e andar de esqui aquático, lia-me Dom Quixote e Os miseráveis - e eu o adorava e respeitava, sentindo-me feliz por ele quando por acaso ouvia a criadagem comentar suas várias amizades femininas, belas e meigas criaturas que me devotavam grande atenção, derramando preciosas lágrimas sobre minha alegre orfandade.
Eu frequentava uma escola inglesa a poucos quilômetros de casa, e lá jogava tênis, tirava notas excelentes e mantinha um ótimo relacionamento tanto com os colegas quanto com os professores. Antes de fazer treze anos (isto é, antes de conhecer minha pequena Annabel), só me recordo de dois episódios de natureza claramente sexual. O primeiro foi uma conversa casta, solene e puramente técnica sobre as surpresas da puberdade que tive no jardim de rosas da escola com um garoto americano, filho de uma então famosa estrela do cinema que ele raramente via no mundo tridimensional. O segundo foram algumas interessantes reações orgânicas diante de certas fotografias, pérola e penumbra, com reentrâncias corporais infinitamente macias, no suntuoso álbum de Pichon, La beauté humaine, que eu surrupiara na biblioteca do hotel de sob uma montanha de revistas Graphics com encadernações imitando mármore. Mais tarde, no seu delicioso estilo bonachão, meu pai transmitiu-me tudo o que, a seu juízo, eu necessitava saber sobre o sexo; isso se passou no outono de 1923, pouco antes que eu fosse mandado para um lycée em Lyon (onde deveríamos passar três invernos). Mas - pobre de mim - naquele verão ele estava viajando pela Itália com a mme. de R. e sua filha, e eu não tinha ninguém com quem me lamentar, ninguém a quem pedir conselhos."
A irmã mais velha de minha mãe, Sybil, que se casara com um primo de meu pai e fora por ele depois abandonada, servia em nossa casa como uma espécie de governanta não remunerada. Alguém me disse mais tarde que ela era apaixonada por meu pai, do que ele se aproveitara tranqüilamente num dia de chuva - para esquecer de tudo quando o sol voltou a brilhar. Eu gostava muitíssimo dela, apesar da severidade - a funesta severidade - de algumas de suas normas. Talvez ela quisesse fazer de mim, no devido tempo, um viúvo melhor do que meu pai.
Tia Sybil tinha olhos de um azul-celeste, com orlas rosadas, e a pele cor de cera. Fazia versos e era poeticamente supersticiosa. Disse-me que sabia que ia morrer logo depois que eu fizesse dezesseis anos, e morreu mesmo. Seu marido, que rodava o mundo vendendo perfumes, acabou por fixar-se nos Estados Unidos, onde abriu uma firma e comprou imóveis.
Criança feliz e saudável, cresci num mundo luminoso de livros ilustrados, areias alvas, laranjeiras, cachorros fiéis, panoramas marinhos e rostos sorridentes. O esplêndido Hotel Mirana girava em torno de mim como uma espécie de universo privado, um cosmo caiado de branco dentro daquele outro, azul e maior, que refulgia lá fora. Da lavadora de pratos em seu avental de algodão ao potentado no terno de flanela, todos gostavam de mim, todos me mimavam. Velhas senhoras americanas, apoiadas em bengalas, inclinavam-se sobre mim qual torres de Pisa. Princesas russas arruinadas, que não tinham meios de pagar a meu pai, compravam-me caros bombons. Ele, mon cher petit papa, levava-me para passear de barco ou de bicicleta, ensinava-me a nadar, mergulhar e andar de esqui aquático, lia-me Dom Quixote e Os miseráveis - e eu o adorava e respeitava, sentindo-me feliz por ele quando por acaso ouvia a criadagem comentar suas várias amizades femininas, belas e meigas criaturas que me devotavam grande atenção, derramando preciosas lágrimas sobre minha alegre orfandade.
Eu frequentava uma escola inglesa a poucos quilômetros de casa, e lá jogava tênis, tirava notas excelentes e mantinha um ótimo relacionamento tanto com os colegas quanto com os professores. Antes de fazer treze anos (isto é, antes de conhecer minha pequena Annabel), só me recordo de dois episódios de natureza claramente sexual. O primeiro foi uma conversa casta, solene e puramente técnica sobre as surpresas da puberdade que tive no jardim de rosas da escola com um garoto americano, filho de uma então famosa estrela do cinema que ele raramente via no mundo tridimensional. O segundo foram algumas interessantes reações orgânicas diante de certas fotografias, pérola e penumbra, com reentrâncias corporais infinitamente macias, no suntuoso álbum de Pichon, La beauté humaine, que eu surrupiara na biblioteca do hotel de sob uma montanha de revistas Graphics com encadernações imitando mármore. Mais tarde, no seu delicioso estilo bonachão, meu pai transmitiu-me tudo o que, a seu juízo, eu necessitava saber sobre o sexo; isso se passou no outono de 1923, pouco antes que eu fosse mandado para um lycée em Lyon (onde deveríamos passar três invernos). Mas - pobre de mim - naquele verão ele estava viajando pela Itália com a mme. de R. e sua filha, e eu não tinha ninguém com quem me lamentar, ninguém a quem pedir conselhos."
domingo, 15 de junho de 2014
Abertura pífia e jogos cobiçados: Brasil
Muita polêmica: no Recife: o Cais José de estelita continua alvo de protestos por causa de um projeto ousado que pretende erguer moradas caríssimas e tomar posse de um dos cartões postais da cidade.
Lá perto também inauguraram na sexta-feira treze, parte da Via Mangue, uma invasiva estrada que retalha cada vez mais o que já foi invadido pela especulação há muito tempo.
O prefeito da cidade e a presidente da República dividiram o palanque na Abertura dessa obra lenta e incompleta.
Enquanto isso a Seleção brasileira começou com um gol contra e um cartão amarelo para o astro principal da equipe (Neymar).
Novidades de Gregório de Matos e Guerra
Saindo do forno nova edição dos poemas de Gregório de Matos e Guerra (1663-1699);
são cinco volumes tirados do códice"Asensio-Cunha" (manuscrito nos pergaminhos com as páginas unidas num livro), reunido no século XVIII.
Alguns poemas de Gregório são descritos
como Letras para cantar. (já as sátiras eram jogadas nas brechas das portas, à
noite, e/ou coladas em lugares públicos).
Dentre as curiosidades: Gregório teria zombado dos
índios dizendo que seus pênis seriam pequenos (talvez para atingir os descendentes
de Diogo Álvares e sua esposa Catarina Paraguaçu, louvados posteriormente no poema épico Caramuru, de Santa Rita Durão, que haviam recebido títulos de nobreza
da Coroa?).
quinta-feira, 12 de junho de 2014
ENTRE O GABINETE E A COZINHA: A COPA
A curta distância entre o público e o privado é óbvia no Brasil desde os tempos coloniais.
Faz-se clara também a intimidade aparente entre as classes sociais, o que não corresponde nem de longe a um sistema justo de distribuição de renda, claro. Mas tudo fica na cervejinha, no futebol, carnaval, novela, ou pelo menos era assim até há algum tempo. Hoje temos a abertura da World Cup, com o apoio da Coca-Cola e outras empresas e o que parecia há um ano atrás que seria o apocalipse transforma-se em aposta de vitória tendo como ícone o Neymar, o Hulk, dentre outros.
Dilma não quer discursar? Deixa a bola rolar.
A era digital impressiona com seus novos aparelhos e as imagens multiplicam-se ferozmente.
Um amigo meu disse que preferia ficar em casa gravando, que ainda tinha imagens de outras copas.
Eu perguntei: para quê?
Bom, vou me preparar para ir a casa de amigos e aproveitar para relaxar um pouco.
O Brasil está de pernas para o ar há 514 anos. Gente nossa, vamos com força.
Faz-se clara também a intimidade aparente entre as classes sociais, o que não corresponde nem de longe a um sistema justo de distribuição de renda, claro. Mas tudo fica na cervejinha, no futebol, carnaval, novela, ou pelo menos era assim até há algum tempo. Hoje temos a abertura da World Cup, com o apoio da Coca-Cola e outras empresas e o que parecia há um ano atrás que seria o apocalipse transforma-se em aposta de vitória tendo como ícone o Neymar, o Hulk, dentre outros.
Dilma não quer discursar? Deixa a bola rolar.
A era digital impressiona com seus novos aparelhos e as imagens multiplicam-se ferozmente.
Um amigo meu disse que preferia ficar em casa gravando, que ainda tinha imagens de outras copas.
Eu perguntei: para quê?
Bom, vou me preparar para ir a casa de amigos e aproveitar para relaxar um pouco.
O Brasil está de pernas para o ar há 514 anos. Gente nossa, vamos com força.
domingo, 8 de junho de 2014
Eleições: guerra dos tronos
Presidente? Governador? Deputado? Quem dá mais?
Em Pernambuco surge uma rachadura que pode se alastrar: Marília Arraes lança críticas ao possível nepotismo no PSB (e critica a união com PMDB de Jarbas Vasconcelos e com o DEM), ela diz que foi criada para "combater" tais coisas.
Dia 13 inauguram um trecho da polêmica Via Mangue, no Recife, com presença de Dilma e talvez Lula. O prefeito Geraldo Júlio prepara-se para o cabo de guerra. A especulação imobiliária na Mauriceia Desvairada está atingindo um grau insuportável. Compram e se apossam de tudo com lucros astronômicos e pouca preocupação com a má distribuição de rendas. O caldeirão está prestes a explodir. (exagero meu...não é?).
O PSDB movimenta-se na oposição, mas para o PSB ele é comparável ao PT: 20 anos de poder conjunto.
Dias melhores virão?
Em Pernambuco surge uma rachadura que pode se alastrar: Marília Arraes lança críticas ao possível nepotismo no PSB (e critica a união com PMDB de Jarbas Vasconcelos e com o DEM), ela diz que foi criada para "combater" tais coisas.
Dia 13 inauguram um trecho da polêmica Via Mangue, no Recife, com presença de Dilma e talvez Lula. O prefeito Geraldo Júlio prepara-se para o cabo de guerra. A especulação imobiliária na Mauriceia Desvairada está atingindo um grau insuportável. Compram e se apossam de tudo com lucros astronômicos e pouca preocupação com a má distribuição de rendas. O caldeirão está prestes a explodir. (exagero meu...não é?).
O PSDB movimenta-se na oposição, mas para o PSB ele é comparável ao PT: 20 anos de poder conjunto.
Dias melhores virão?
quarta-feira, 4 de junho de 2014
O mais puro beijo entre mulheres: os mistérios do amor
Em 1959, A Bela Adormecida, de Disney, varreu o planeta e
agora vem Angelina Jolie, sob a direção de Robert
Stromberg, um neófito na direção, responsável pelos efeitos visuais em Piratas do Caribe e Jogos Vorazes, arrebatar até quem
não gostava dela, como eu, e nos levar ao reino
da fantasia, onde uma alegórica floresta serve de caramanchão para uma relação
de amor e ódio, vida e morte, amor entre fêmeas, uma adulta e uma jovem e onde
os homens surgem como intrusos dominados e abobalhados até na sua fúria.
Olhar para Angelina é pensar em seios extirpados, em
trabalho de caridade, em adoção de crianças em... propaganda de armas. Mas, ela é acima de tudo uma guerreira e dessa vez ela está em seu melhor momento. A cena em que Malévola desperta com as as asas cortadas é icônica.
Esqueça: entregue-se a Malévola. É caricato, é cheio de
clichês e, paradoxalmente, é um filme encantador, no mal sentido.
É caça-níquel? Talvez... Money makes the
world go round…
Arte é negócio. O produto é Americano. A ficha técnica é
de tirar o fôlego e no final tem até Lana Del Rey tirando uma casquinha com uma
coisa melosa do tipo sedativo que ela curte.
Na trama um exército invasor (humanos) vai invadir a
região de Malévola , rainha- protetora da região, vem um macho e com promessas
de amor trai essa mulher, pronto: instala-se o conflito inicial; seu coração puro
endurece. Ele corta-lhe as asas e
entrega-as ao rei moribundo a quem sucede pela vitória contra a “bruxa”. No
trono, casa-se e tem uma filha; para se vingar, Malévola amaldiçoa a
recém-nascida do malvado tirano, princesa Aurora (enquanto criança a princesa é interpretada pela filha da atriz).
Aguardem a cena do beijo que tira Aurora do sono lésbico
que a envolve...
domingo, 1 de junho de 2014
Golpe, guerra, festivais e copa no Recife:o mundo gira. Gota d' água pode transbordar a taça!
A Tailândia envolta num golpe militar ainda promove festivais de música, como o Half Moon ( música eletrônica, um dos mais famosos do mundo), e o turismo, para superar a "crise" faz promoções (ah! somos apenas humanos...). Incrível, não? Lembrei agora de Brigite Bardot no Brasil, Búzios, 1964, em pleno golpe militar, ela disse que foi uma revolução pacífica porque não houve derramamento de sangue. Que loura!
Enquanto isso a Síria em guerra (há 3 anos!) promove eleições e quer reeleger o mesmo líder!
Girando até ficar tonto: a Copa do Mundo chega ao Recife em clima de caos: saques, a principal avenida do centro da cidade (a Conde da Boa Vista) completamente fora de controle: camelôs por tudo que é canto impedindo a passagem de pedestres, derramando restos de óleo, frutas, vendendo espetinho, fígado (isso só para mencionar a calçada do Shopping Boa Vista (lembrando que os estabelecimentos são responsáveis pela ordem nas suas calçadas), é esgoto a céu aberto, mesmo; os órgãos competentes não dão a mínima. Uma loucura...
Enquanto isso as construtoras estão "lavando a burra", comprando por dez e vendendo por milhões, tomando tudo nessa terra de ninguém... Avança, Recife por que o mundo está buzinando e a gota d' água pode transbordar a taça!
Enquanto isso a Síria em guerra (há 3 anos!) promove eleições e quer reeleger o mesmo líder!
Girando até ficar tonto: a Copa do Mundo chega ao Recife em clima de caos: saques, a principal avenida do centro da cidade (a Conde da Boa Vista) completamente fora de controle: camelôs por tudo que é canto impedindo a passagem de pedestres, derramando restos de óleo, frutas, vendendo espetinho, fígado (isso só para mencionar a calçada do Shopping Boa Vista (lembrando que os estabelecimentos são responsáveis pela ordem nas suas calçadas), é esgoto a céu aberto, mesmo; os órgãos competentes não dão a mínima. Uma loucura...
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