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terça-feira, 23 de junho de 2020

Sobre o romance "ESSA GENTE", de Chico Buarque. Crítica de Moisés Monteiro de Melo Neto






Com margens largas, poucas páginas e letra grande, o saudosista da malandragem carioca lança mais um romance. Acabei de ler. Numa exegese repetitiva e rala calcada nos gêneros epístola, diário e similares o que temos é uma insistente metalinguagem a percorrer os labirínticos caminhos das classes sociais com preguiça e uma forçada sofreguidão, que lembra seus livros anteriores, como 'Estorvo'. As personagens flutuam na superficialidade do densrenredo onde Orfeu enfrenta uma Eurídice- Medusa. O desfecho é de dar dó. Ainda acrescenta umas páginas em branco que, suponho, seja para o leitor completar o livro que o autor-personagem deixou inconcluso. Para a critica feminista é prato cheio. Gosto muito do Chico de 'Leite Derramado', mas de 'Essa Gente'? Eu esperava mais. Bom para se ler em pouco tempo. Gosto de Chico Buarque, herói da nossa gente.

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