TERROR
E HORROR: SUAS DIFERENÇAS, NOMES MARCANTES E O QUE SE REPETE
João Batista da Silva
Moisés Monteiro de Melo Neto
RESUMO Uma análise dos subgêneros literários
terror
e horror, De forma mais estendida, buscamos analisar suas diferenças, sua
expressão
na obra de nomes marcantes, tal qual inferimos algumas repetições
constantes
nos subgêneros. Para isso,a princípio, buscamos realizar um caminho,
atravessando
um pouco pela conceituação dos subgêneros, voltando nosso olhar
algumas
obras contemporâneas, explanando suas relações com o gótico,
apresentando
um pouco da biografia dos autores escolhidos e, enfim, analisando as
repetições
presentes.
Palavras-chave: Terror e
horror, Diferenças, Autores.
INTRODUÇÃO
Uma
vez que estamos a tratar de terror e horror, se faz necessário sabermos de
seus
contextos histórico e cultural de surgimento. Uma obra que contextualiza de
forma
concisa, simples e didática a origem do horror é ‘O Horror sobrenatural em
literatura’
de Howard Phillips Lovecraft, que além de ser um teórico essencial para
esta
análise, também é um autor marcante, do qual falaremos e utilizaremos sua obra
como
objeto de análise. Na obra, o contexto que é dado para o surgimento do horror
é
descrito da seguinte maneira:
O
terror cósmico aparece como ingrediente do mais remoto
folclore
de todos os povos, cristalizado nas mais arcaicas baladas,
crônicas
e textos sagrados. Na verdade, foi feição proeminente da
complexa
magia cerimonial, com seus ritos de conjuração de trasgos e
demônios,
que floresceu desde os tempos pré-históricos e alcançou seu
máximo
desenvolvimento no Egito e nos países semitas. Fragmentos
como
o Livro de Enoque e
as Claviculae de
Salomão ilustram bem o
poder
do fabuloso na mentalidade oriental antiga, e sobre coisas como
essas
fundaram-se sistemas e tradições duradouras cujos ecos
obscuramente
estendem-se ao presente. (LOVECRAFT 1973)
Quanto
ao terror, de modo específico, é tido como objeto de estudo de David
Simpson
em ‘States of terror: history, theory, literature’. Na obra, o autor dedica-se
a
analisar
o terror em história, teoria e sua reflexão na literatura. Não deixa, de forma
alguma,
de falar sobre o terror no seu aspecto político-social como vemos no
seguinte
trecho:
Ao
contrário do terrorismo, fruto neólogo do terror que veio ao mundo em 1794, o
terror
tem sido durante séculos um atributo de vários homens e deuses ameaçadores ou
vingadores.
No século XVIII, tornou-se a peça central de uma experiência estética e
altamente
considerada como a essência do sublime. Depois de 1794, assumiu uma identidade
predominantemente
política e foi inicialmente considerado um componente-chave do poder
do
Estado e, depois, algo que os agentes não-estatais dirigiam ao próprio Estado.
Tem sido o
leitmotiv
dos movimentos de libertação nacional e o bicho-papão dos interesses do Estado
que
procuram denegrir esses mesmos movimentos. Em todos os momentos, foi algo que
vem
de
fora e, ao mesmo tempo, o sentimento ou emoção interior que essas forças
externas
despertam
em nós. (SIMPSON 2019)
Pouquíssimo
se fala acerca de terror e horror no ambiente escolar, uma vez
que
se trata de um tema altamente polêmico. Durante a história da humanidade, o
medo
e o pavor sempre foram segregados no mundo acadêmico, ainda que sempre
estivessem
presentes, de uma forma ou de outra, no dia a dia das diversas
comunidades
que formaram e ainda formam a população global. Isso se deve, de
fato,
a uma série de preceitos e preconceitos perante os subgêneros literários terror
e
horror,
que a cada dia que se passa mostram-se como uma ampla fonte de estudos.
DESENVOLVIMENTO
Diferença entre o terror e o horror
O
horror é um gênero que explora mais da violência extrema, da carnificina, do
grotesco.
O
horror também se aprofunda nas profundezas da psique humana, explorando medos
primordiais
e desconhecidos. Além da violência extrema, ele aborda temas como o
sobrenatural,
o
desconhecido e a vulnerabilidade, despertando emoções intensas e reflexões
sobre o lado
sombrio
da existência.
O
terror é o desconhecido, coisas que não podemos explicar. Isto é, o medo em sua
própria
representação. É a trama sombria que se tece entre a imaginação e a realidade,
desvendando
os recantos mais obscuros da mente humana e revelando os segredos enterrados na
obscuridade
da existência.
Observe
a citação a seguir:
“O
terror é a dança das sombras, onde a mente se perde nos corredores do
desconhecido, e
somente
através do medo descobrimos o que verdadeiramente nos assombra”
-
Edgar Allan Poe
-
Essa
citação de Edgar Allan Poe destaca como o terror está ligado à exploração do
desconhecido
e da mente humana. A metáfora dos "corredores do desconhecido" sugere
uma
jornada
assustadora, e a menção do medo revelando nossos verdadeiros temores ressalta a
natureza
psicológica do horror. Poe captura a ideia de que o terror não é apenas sobre
eventos
assustadores,
mas também sobre confrontar os aspectos mais profundos e assombrosos de nós
mesmos.
Agora,
observe o próximo texto, no qual se mostra uma citação de Stephen King:
"O
terror é o eco do desconhecido, reverberando nos cantos mais escuros da
imaginação,
enquanto
o horror é a expressão visceral do medo que nos prende, desvendando nossos
receios
mais profundos diante do inexplicável." - Stephen King
Essa
citação de Stephen King evoca a ideia de que o terror reside no desconhecido,
ecoandonas
profundezas da imaginação. Comparativamente, o horror é apresentado como a
manifestação
concreta do medo, revelando os receios mais profundos quando confrontados
com
o inexplicável. Ambos, Poe e King, exploram a interseção entre a mente, o
desconhecido
e
o medo, mas enquanto Poe destaca a jornada interna, King enfatiza a
manifestação tangível
do
terror na realidade.
O ponto de encontro entre o terror e o horror
Nas
narrativas, a interseção entre terror e horror ocorre ao explorar profundamente
nossos
medos. O terror instiga o medo ao sugerir m elementos assustadores, enquanto o
horror
busca provocar reações intensas por meio de eventos impactantes. Juntos, esses
elementos
contribuem para histórias que mergulham nas complexidades dos nossos temores,
seja
de maneira psicológica ou por meio de momentos visceralmente impactantes.
Stephen
King é um mestre em explorar os dois gêmeos juntos. Em obras renomadas
como
“It: A Coisa” e “O Iluminado” o autor mergulha de maneira detalhada no horror e
no
terrror,
construindo uma trama complexa que além de provocar sustos intensos, também
desafia
a psique do leitor, revelando os medos ocultos nos recantos mais sombrios da
imaginação
humana.
O terror e o horror como subgêneros em expansão
É
de consenso que subgêneros terror e horror estão se expandindo para novas
mídias.
Para
checar isso, basta olharmos para games, videoclipes, séries televisivas,
filmes, músicas,
entre
diversos outros. Há anos, o terror e o horror deixaram de ser puramente
literários.
O terror e o horror nos games
Os
jogos, sejam eles de console, mobile ou desktop, têm ampliado sua relação
com
a literatura. Temos exemplos como Castlevania, que trás, em sua história um dos
mais
populares vampiros da literatura: Drácula. Realizado por idealizadores
japoneses,
Castlevania
trás um pouco do terror e do horror. Para exemplos de games mais focados no
horror,
temos games como Assistente de Necrotério, que trata sobre momentos
horrizantes
na vida de uma estagiária no necrotério da fictícia River Fields, onde a
personagem
jogável se depara com o sobrenatural, fora o horror físico dos embasamentos.
Já
um game que se abre de forma academicamente interessante para o terror é o premiado
Little
Nightmares (em tradução livre, Pequenos Pesadelos), que trata da aventura de
uma
pequena
garota denominada Six, em tentar fugir da Bocarra, uma embarcação misteriosa
e
preenchida de criaturas bizarras, ao que o jogador sente certa imersão através
dos
quebra-cabeças
do game.
Figura 1 - Drácula
em Castlevania
Fonte: Wikipedia,
2023
Junji Ito: o horror nos mangás
Observando
o cenário atual da literatura japonesa e ocidental, é marcante o quanto
os
mangás estão ocupando cada vez mais espaço, deixando de se tornar uma mídia
marginalizada,
estando cada vez mais próximo ao centro literário. E os mangás de terror e
horror
estão a cada dia tomando mais espaço dentro da literatura de terror e horror,
como
é
o caso das obras do mestre do horror japonês: Junji Ito.
Ito
é conhecido por sua arte excêntrica e bizarra, baseada no horror. Através de
hachuras
e linhas longínquas, Ito tece histórias que brincam com o estranho, o
amedrontador
e o desconhecido. Algumas de suas obras mais populares são Tomie e
Uzumaki,
conhecidas pelo visual macabro e por seu desenvolvimento do horror.
Figura 2 - Página da
obra Uzumaki - A Espiral do Horror, de Junji Ito
Fonte: Uzumaki,
1999
O terror e o horror nos videoclipes musicais
Os
videoclipes musicais não escaparam da influência expansiva do terror e do
horror.
Michael Jackson, em seu famoso videoclipe Thriller, estabeleceu um modelo a se
seguir
quando se ousa misturar o audiovisual musical e os subgêneros terror e horror.
Dirigido
por John David Landis, também diretor do filme ‘Um lobisomem americano em
Londres’,
Thriller embarca no terror e no horror de maneira profunda.
Figura 3 - Michael
Jackson em Thriller
Fonte: A União,
2022
O terror para Stephen King
Em
1981, Stephen King lançou seu décimo livro de não ficção, dessa vez, saindo
um
pouco de sua rotina monótona de narrar histórias tenebrosas. O amigo e editor
do
autor
sugeriu que o mesmo escrevesse uma obra que explorasse o gênero do terror em
várias
formas, incluindo literatura, cinema, quadrinhos e televisão. No início, a
ideia
assustou
King, mas logo se tornou um desafio que ele ficou intrigado a cumprir. O livro
oferece
percepções sobre o papel do medo na sociedade e examina como o horror
reflete
e molda os temores coletivos.
O
volume intitulado “Dança Macabra” proporciona uma análise abrangente do
gênero
do horror, explorando os componentes fundamentais e as manifestações do medo
em
diversas formas artísticas. Além disso, King investiga a relevância cultural e
psicológica
do gênero, oferecendo insights sobre o seu papel na expressão de ansiedades
sociais
e individuais, proporcionando assim uma compreensão aprofundada do impacto
do
horror na cultura popular.
O horror de Clive Barker
Clive
Barker, renomado no universo do horror, destaca-se como um mestre da
narrativa
que transcende as fronteiras convencionais do gênero. Sua marca registrada é a
capacidade
de criar mundos extraordinários e surreais, onde o sobrenatural se entrelaça
com
elementos fantásticos de maneira visceral.
O
horror de Barker não se limita a provocar apenas o medo, mas também a
explorar
a complexidade dos desejos humanos, mergulhando nas profundezas da psique
humana.
Suas histórias desafiam as expectativas, muitas vezes incorporando elementos
grotescos,
eróticos e filosóficos, criando assim uma tapeçaria narrativa rica em nuances.
"Evangelho
de Sangue" é uma das obras icônicas de Barker, onde ele apresenta
contos
que mergulham nas sombras da imaginação, explorando territórios
desconhecidos
do macabro e do surreal, frequentemente mesclando o horror visceral
com
elementos de fantasia e um toque de erotismo.
Psicose e sua influência no gênero horror
"Psicose",
dirigido por Alfred Hitchcock, deixou uma marca indelével no
gênero
de horror, transformando as expectativas cinematográficas da audiência. Lançado
em
1960, o filme ousou desafiar convenções ao explorar a psicologia humana como
uma
fonte
primária de terror. A reviravolta impactante em torno do personagem Norman
Bates,
com sua complexa relação com a mãe, redefiniu a narrativa de suspense,
influenciando
gerações de cineastas.
Hitchcock
demonstrou maestria ao criar uma atmosfera de tensão, não apenas
por
meio de elementos visuais, mas também ao explorar a trilha sonora de Bernard
Herrmann
como uma ferramenta essencial na construção do medo. A música marcante
tornou-se
um padrão de referência para futuros filmes de horror.
Ao
desafiar expectativas narrativas e explorar os recônditos da psique humana,
"Psicose"
abriu caminho para uma abordagem mais psicológica e complexa no horror
cinematográfico.
Figura 4: Anthony
Perkins como Norman Bates, em Psicose
Fonte:
Thought Catalog, 2017
O
gótico
É
de suma importância tratar sobre o gótico quando se está tratando com terror
e
horror, uma vez que foi este movimento que resolveu, de vez, adotar o terror e
o
horror
como parte integrante de sua literatura.
A
gótico tem sua origem com os povos godos, povos de origem germânica,
nascidos
por volta do século II a.C. A palavra gótica se referiu a primeira língua
escrita
desses
povos. Os godos, através das fontes históricas conseguidas através do tempo,
tiveram
a imagem associada a de um povo atrelado à superstição e à guerra. Não eram
bem
vistos pelos romanos, que os consideravam um povo bárbaro.
O
gótico, como movimento artístico, se deu por volta do século XII, como
uma
forma de definir um estilo arquitetônico marcante da época. Gárgulas, vitrais e
arcos
ogivais são algumas das características mais marcantes desse estilo
arquitetônico
que
pode ser observado em igrejas principalmente, mas também em outros tipos de
construções.
A popular Catedral de Notre-Dame de Paris é sem dúvida um dos maiores
exemplos
de arquitetura gótica, sendo extremamente popular e um dos pontos turísticos
parisienses.
Figura 4 - fachada
ocidental da Catedral de Notre-Dame de Paris
Fonte: Wikipedia,
2013
É
importante denotar que o gótico marcou-se como um movimento artístico
importantíssimo
no fim da idade média. A arte gótica passou a referir-se à arte dos
godos,
que vinha em contraponto aos ideais romanos.
A
literatura gótica veio surgir com o Iluminismo, na Imglaterra, mais como
uma
reinvenção dos princípios neoclássicos, mais ainda como uma reação ao
racionalismo
neoclássico que negava todo e qualquer tipo de manifestação do
sobrenatural.
Sendo assim, na segunda metade do século XVIII, o gótico irá encontrar
seu
protagonismo no romance.
Edgar
Allan Poe, Arthur Conan Doyle e Howard Phillips Lovecraft: uma breve
introdução
Edgar
Allan Poe nasceu nos Estados Unidos, em 1809. Conhecido por seu
poema
O Corvo, que foi traduzido para o português por Fernando Pessoa e Machado de
Assis,
é um dos mestres do horror, explorando a psique humana e se tornando um dos
maiores
contistas da história da humanidade. Ficou popular por contos como O gato
preto,
O coração delator e A máscara da morte vermelha.
Conhecido
por seu detetive, Sherlock Holmes, Arthur Conan Doyle, teve seus
momentos
de foco no terror e no horror, através de contos como O gato brasileiro e O
caso
de Lady Sannox. Uma característica clara de Doyle é a de ter explorado o
sobrenatural
numa época em que o gótico se mantinha vigente. Outra característica
marcante
é o fato de sua obra ter sido muito afetada por sua fé no Espiritualismo.
Howard
Phillips Lovecraft, conhecido mais apenas como H. P. Lovecraft, é um
claro
mestre do horror. Muito parecido com Poe quando se refere à questão estética,
criou
o Horror Cósmico, uma teoria estética baseada na monstruosidade, em criaturas
horripilantes.
De grande versatilidade intelectual, Lovecraft ficou conhecido por obras
como
A cor que caiu do céu.
O que se repete nas obras de terror e horror
O
felino (o sobrenatural e o místico)
O
felino é uma representação marcante do sobrenatural e do místico em várias
obras
de terror e horror. Aqui, o termo “o felino” não veio apenas para representar o
que
trás
de literal, mas sim tudo aquilo envolvido com o sobrenatural e o místico, como
lobisomens
vampiros, entre outros. A explicação para os felinos servirem, em muitas
obras
de terror e horror, como indicação do sobrenatural como acontece em O gato
preto
de
Edgar Allan Poe e O gato brasileiro de Arthur Conan Doyle, é folclórica. Em
algumas
partes do mundo, acreditou-se que os gatos, especialmente os pretos, eram
espíritos
de bruxas presos na Terra. Até hoje, ainda há essa correlação entre bruxas e
gatos.
Lovecraft fala sobre a relação entre o horror e o sobrenatural em sua obra, ‘O
Horror
Sobrenatural Em Literatura’:
Bruxas,
vampiros, lobisomens e duendes incubaram ominosamente na tradição oral dos
menestréis
e das vovós, e não precisaram muita incitação para num passo final transporem a
fronteira
que divide a ode e a cantiga da composição literária formal. No Oriente o conto
místico
tendeu
a assumir um colorido suntuoso e picaresco que quase o transformou em fantasia
pura. No
Ocidente,
onde o místico teutão descera da sua negra floresta boreal e o celta recordava
sinistros
sacrifícios
em bosques druídicos, ganhou uma intensidade extrema e uma atmosfera de
seriedade
convincente
que dobrou a força dos horrores parte expressos e parte sugeridos. LOVECRAFT
(1973)
O
cientificismo
Cientificismo
refere-se a uma teoria que afirma que a ciência é superior a
qualquer
outro tipo de conhecimento humano. Está muito presente nas obras de Edgar
Allan
Poe e H. P. Lovecraft. Um claro exemplo é A verdade sobre o caso do senhor
Valdemar
de Poe.
O
conhecimento enlouquecedor
Sendo
uma característica marcante da obra de H. P. Lovecraft, o conhecimento
enlouquecedor
se refere a uma verdade dilacerante, que enlouquece ou leva o
personagem
ao suicídio.
A
monstruosidade humana
Uma
das maiores características do horror é a de que ele busca explorar o
pior
do ser humano, o que há de mais cruel em cada um, até que ponto o ser humano
pode
chegar. Essa característica é bastante presente em obras como O gato preto e O
barril
de Amontillado, ambos os contos sendo da autoria de Poe.
O
papel crucial da ambientação
Na
maior parte das obras de terror e horror, a ambientação é essencial para
um
contexto que gere maior medo, que aterrorize. Edgar Allan Poe confirma isso em
sua
obra ‘Filosofia da composição’:
Determinei,
então, colocar o amante em seu quarto - num quarto para
ele
sagrado, pela recordação daquela que o freqüentara. O quarto é
apresentado
como ricamente mobiliado, isso na simples continuação
das
idéias, que eu já tinha explanado, a respeito da Beleza como a
única
verdadeira tese poética. POE (1846)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em
síntese, explorar o terror e o horror revela um panorama intrigante de emoções
e
reflexões.
Autores como Poe e King habilmente costuram histórias que vão além do simples
susto,
adentrando os medos mais profundos da mente humana. Esses subgêneros não apenas
entretêm,
mas também servem como espelhos que refletem nossos temores mais universais,
proporcionando
uma experiência literária e cinematográfica que ecoa além do momento presente.
Concluímos,
então, que o desenvolvimento de estudos para a área dos subgêneros de terror
e
horror são essenciais para o conhecimento literário não somente atual, mas
também do passado.
Explorar
o horror e o terror é explorar o medo humano e, naturalmente o desconhecido.
Sendo
importante
sempre denotar que é no desconhecido que se encontram as novas descobertas que
mudam
não só o dia a dia da humanidade, como também a humanidade de forma intrínseca.
REFERÊNCIAS
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Stephen. Dança Macabra. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.
COSTA,
Leandro Carlos da. (2010). "A construção do medo: literatura de horror e
cinema de
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Editora InterSaberes.
BESSONE,
Yasmine K. (2009). "A representação do terror na literatura e no
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POE,
Edgar Allan. “A Filosofia da composição”. In: BARROSO, Ivo (org.). “O Corvo” e
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traduções.
Rio de Janeiro: Lacerda Editores, 2000 (2ª edição).
LOVECRAFT,
Howard Phillips. O horror sobrenatural na literatura. Rio de Janeiro: Francisco
Alves,
1987.
PEREIRA,
Rita de Cássia Mendes; LIMA, Maiane Paranhos de. Considerações sobre o gótico e
seus
reflexos na sociedade: uma leitura de Drácula, de Bram Stoker. R. Letras,
Curitiba, 2018.
FRANÇA,
Júlio. O gótico e a presença fantasmagórica do passado. Anais eletrônicos do XV
encontro
da ABRALIC 1, 2016..
KING,
Stephen. O Iluminado. Editora Nova Cultural: São Paulo, 1987.
KING,
Stephen. It: a coisa. Editora Suma: 1° ed. São Paulo, 2014.
BLOCH,
Robert. Psicose. Editora Darkside: São Paulo, 2013.
BARKER, Clive.
Evangelho de sangue. Editora Darkside: São Paulo, 2016.