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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

UM PANORAMA VISTO DA PONTE: peça de Arthur Miller chega ao Recife

UM PANORAMA VISTO DA PONTE
De Arthur Miller
Direção Zé Henrique de Paula
 Com
 Antonio Salvador, Bernardo Bibancos, Gabriel Mello,
Gabriella Potye, Patricia Pichamone e William Amaral

Sexta a domingo no Teatro Raul Cortez – Fecomércio

Clássico do teatro marca o encontro de duas gerações de grandes atores em temporada de 4 meses em São Paulo e turnê nacional em 2019

Arthur Miller (1915-2005) é considerado um dos maiores dramaturgos de todos os tempos. Ao longo de sua extensa carreira escreveu diversas peças que foram premiadas, analisadas e montadas em todo o mundo. Peças que revelam insights profundos e humanos que marcaram toda a sua obra dramática. Um Panorama Visto da Ponte é uma peça em dois atos escrita inicialmente em 1955 e reescrita em 1956. Recebeu recentemente, em 2016, premiadas montagens de sucesso em Nova Iorque e Londres. Com direção de Zé Henrique de Paula tem sua segunda montagem no Brasil, para temporada de 4 meses no Teatro Raul Cortez – Fecomércio em São Paulo, com mais 48 apresentações, todas seguidas de bate papo entre elenco e plateia. Em 2019, a peça segue em turnê nacional.
Assim como em outras peças de Miller, o texto aborda a sociedade moderna ao mesmo tempo em que oferece uma visão crítica do modo de vida desta sociedade. Ao tema da imigração, da solidariedade social, da fidelidade a um código de honra, se entrelaça o da intolerância. A peça foi saudada como obra-prima e montada em Londres, Paris e São Paulo, numa montagem histórica no Teatro Brasileiro de Comédia, em 1958, que trazia Leonardo Villar, Miriam Mehler, Nathália Timberg e Sérgio Britto no elenco.
A ação se passa em Nova Iorque e, narrada pelo advogado Alfiere, a peça conta a história de um casal de imigrantes italianos – Eddie Carbone, um trabalhador das docas do Brooklyn, e a dona de casa Beatrice. Os dois criam a sobrinha órfã de Beatrice, a jovem Catherine. O conflito se estabelece quando a família recebe dois primos italianos de Beatrice, Marco e Rodolfo, que estão imigrando ilegalmente para os Estados Unidos. A partir deste encontro o “sonho americano” fica ameaçado e todas as emoções antes camufladas começam a eclodir. Eddie então tomará uma atitude que marcará a sua vida e de todos que o rodeiam.
Em cena duas gerações de atores consagrados, Rodrigo Lombardi e Sérgio Mamberti, em um grande texto do teatro. Unido ao carisma de consagrados atores um texto de excelência com a sofisticação e profundidade, defendidas por Arthur Miller, de um teatro acessível ao grande público, que disperta emoções comuns a todos. Independentemente de condição social ou intelectual, suas peças tocam profundamente quem as assiste. “Clássico é o texto que resiste ao tempo, que permanece atual e capaz de nos fazer refletir e perceber que, bem ou mal, somos falhos, somos frágeis e somos humanos”, comenta Rodrigo Lombardi. Sergio Mamberti relembra, “acompanhei a montagem e assisti à peça no TBC. Foi um acontecimento, um marco no teatro, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro. Sempre tive convicção de que precisávamos remontá-la”.
O teatro de Miller transmite ao seu espectador a convicção de que há uma verdade a ser investigada e descoberta e de que isto só é possível mediante o mergulho analítico nas experiências históricas e coletivas do passado. “Os clássicos são obras perenes não por acaso. Em geral, seus temas reverberam por muito tempo no seio da sociedade, independente de época e lugar. As peças de Arthur Miller são dessa lavra – falam das nossas paixões primais, da atualíssima ideia de delação, das delicadas questões de imigração, de identidade nacional e, acima de tudo, da pulsão de amor e morte que já foi o motor do teatro em inúmeras épocas da História. Dirigir Um Panorama Visto da Ponte é um privilégio para qualquer diretor. Minha abordagem é estripar a peça de sua casca naturalista e ir ao âmago da tragédia, transformando o palco numa arena para as ideias tão brilhantemente urdidas por Miller, colocando a palavra em primeiro plano e dando forma a uma história que se passa nas docas de Nova York em meados do século XX, mas que poderia ser muito bem a história da família de cada um de nós”, afirma Zé Henrique de Paula.
Sobre a Vivo e o Teatro
A Vivo, líder em telecomunicações no Brasil, acredita no teatro como elemento de conexão entre as pessoas. Ao longo dos últimos 14 anos, mais de 1 milhão de espectadores em todo o País, prestigiaram os projetos patrocinados pela empresa.  Por meio do Teatro Vivo, em São Paulo, sua principal frente de apoio à cultura brasileira, a empresa oferece ainda um espaço de qualidade, com programação variada, criativa e independente. Um palco que acolhe tanto atores já consagrados como novos artistas.
“(…) a vida tem significado e é função do drama desvendá-lo e fazer as pessoas descobrirem que suas preocupações, esperanças e anseios, por mais pessoais que possam ser, também são compartilhados por outras pessoas.” Arthur Miller

Ficha Técnica

Texto: Arthur Miller
Tradução: José Rubens Siqueira
Direção: Zé Henrique de Paula
Assistente de direção: Ines Aranha
Elenco:
Rodrigo Lombardi (Eddie Carbone)
Sergio Mamberti (Alfiere)
Antonio Salvador (Marco)
Bernardo Bibancos (Rodolfo)
Gabriel Mello (Oficial da imigração)
Gabriella Potye (Catherine)
Patricia Pichamone (Beatrice)
William Amaral (Louis)
Cenário: Bruno Anselmo
Figurinos: Zé Henrique de Paula
Iluminação: Fran Barros
Trilha Original: Fernanda Maia

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Professor Moisés Monteiro de Melo Neto diante do original do último quadro de Frida Kahlo, Viva la Vida, na casa dela em Coyaocan, Cidade do México




Professor Moisés Monteiro de Melo Neto diante do original de Frida Kahlo, Viva la Vida, na casa dela em Coyaocan, Cidade do México




Natureza morta: viva a vida (52 centímetros x 72 centímetros ) é uma pintura deFrida Kahlo . A data de criação é de 1954. A obra é do gênero natureza morta com estilo primitivista . Está localizada no Museu Frida Kahlo, Casa de Frida, Casa Azul. Suas medidas são: 52 centímetros de altura e 72 centímetros de largura. Esta obra é normalmente entendida como a última realizada por Kahlo. Oito dias antes de sua morte, nela escreveu: "Coyoacán 1954 - México - Frida Kahlo". Também com a inscrição ela escreveu a legenda do quadro: "VIVA A VIDA". Há questionamentos sobre a data de realização do quadro, no entanto; pode ter sido realizado em 1952, apenas com a inscrição ocorrendo em 1954. A pintura representa um conjunto de melancias em uma superfície escura e sob um fundo azulado. Algumas frutas estão completas; outras, cortadas. Faz parte de um conjunto de naturezas-mortas realizadas por Kahlo, a primeira delas em 1924.No quadro, percebem-se os sintomas das doenças que afligiram Kahlo, num estilo simbólico que é característico da pintora: as frutas são cada vez menos bem definidas, com rasgos. Chris Martin, o vocalista da banda inglesa Coldplay, em sua segunda visita ao México, em março de 2007, e, ao conhecer o quadro, decidiu que o nome de seu álbum seguinte seria justamente "Viva a vida". A homenagem refere-se, segundo Martin, à força de Kahlo: "Ela passou por muitas coisas e, apesar disso, pintou um quadro em sua casa chamado 'Viva a vida'. Adorei a coragem disso.